| 32 | I did nothing

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Desde o suicídio desnecessário da Arabella, a escola está repleta de câmeras. As pessoas têm olhado diferente para mim, estão começando a achar que eu sou a culpada, mas não estou dando a mínima para o que dizem, eu tenho minhas amigas e continuo popular.

Chego no meu armário e encontro minhas amigas mexendo em seus armários que ficam ao lado do meu

- Hey – digo sorrindo, porém, um sorriso pequeno. Todas responderam com um "oi" seco e desanimado

- Vá em frente. Conte a ela – disse a ruiva para a garota com um tom de pele mais escuro

- Me contar o que? – Perguntei tentando me manter calma. A mesma garota com a pele morena respondeu:

- Há uns... Rumores por aí – começou um pouco insegura – várias pessoas estão dizendo que você é culpada pelo suicídio da Arabella – disse

- Tudo bem, espere aí. Quem disse isso? – perguntei e elas ficaram nervosas

- Todos estão falando disso –

- É um rumor grande e está por todo lado – ambas responderam juntas

- Uma colega da aula de geografia também falou – disse uma de cabelo loiro

- Por que todos estão dando tanta importância para isso? É óbvio que não é verdade – digo brava, mas me controlando por causa das câmeras que estavam me seguindo

- Porque estão dizendo que o assédio, tudo isso, o quanto estava perturbada, isso que a fez fazer o que fez. É o que estão dizendo. Não estou lhe culpando. Não estou dizendo que foi você... – eu a cortei

- É óbvio que está dizendo que fui eu – digo me sentindo traída pelas minhas próprias amigas

- Não estou dizendo que foi você. Estou tentando... – cortei ela novamente

- Não, vocês não estão tentando me ajudar. Vocês todas estão ficando ao lado da Arabella? Sério? – a irritação por elas estarem me traindo finalmente tomou meu corpo. Eu saí de perto delas e fui até o Harry, que estava nas arquibancadas fumando junto aos seus amigos. Me sento ao seu lado e fico mexendo no celular, esperando o sinal bater e as aulas começarem.

Após uns vinte minutos, o sinal toca e eu vou para a sala. Eu tive que sentar na primeira carteira para despistar aquelas vagabundas que eu chamava de "amigas". Porém, não deu nem dez minutos na sala e o diretor já estava me chamando.

Vou em direção a sala do diretor, bato na porta e eu escuto um "entre". Acabo por encontrar o diretor, minha mãe e meu pai sentados e uma cadeira vaga para mim. Fecho a porta e me sento, olhando um pouco séria para eles.

- O seus pais e eu estávamos discutindo está... Carta – disse passando uma carta e então eu comecei a ler

- O que é isso? – pergunto olhando para o diretor

- É bem evidente o que é isto. Seus amigos fizeram uma declaração aqui que você é a causa do bullying – disse – e estamos aqui para descobrir a história toda. Agora, estou dando-lhe a chance com seus pais aqui para que nos conte o seu lado disso, porque eu sei que sempre há dois lados na história... – eu o cortei brava

- Eu não fiz nenhuma destas coisas. Não fiz nada destas coisas. Eu não fiz.. Deixe me ver. Eu não assediei ela. Não enviei mensagens maldosas para ela. Não fui constantemente maldosa com ela – digo brava

- Não fez nenhuma destas coisas? – o diretor disse segurando a carta

- Não! Não fiz nada dessas coisas! – Apontei para o papel – eu não assediei e nem intimidei a Arabella! –

- Tudo bem, se você diz isso, então por que suas amigas escreveriam isso? E colocariam seus nomes nisto? Isto é sério – disse se referindo a carta

- Não estou brincando com isto! Eu sei que é sério e eu não fiz nada disso! –

- Isto não é algo que eu possa deixar passar, porque você disse: "eu não fiz nada" – disse

- Oh meu Deus – suspirei baixinho

- Há consequências para as ações – disse – e a parte das consequências são assumir as responsabilidades –

- É, tudo bem. Talvez eu tenha feito gozações com a Arabella, assim como todas as garotas fizeram. Talvez tenha ido muito longe, tenha ferido os sentimentos dela, sei lá, mas não é meu problema está garota não aguenta gozações – digo rápido, mas claro

- Sr. Harris.. – minha mãe se intrometeu, mas eu continuei com meu discurso

- Mãe! Todo mundo exagerou fora de...

- Sem essa de "mãe" – me repreendeu

- Mãe! – não a olhei e continuei – Todo mundo exagerou fora de proporção, isso que nem é verdade –

- Agora é ele que está intimidando você – minha mãe disse olhando para mim – tentando fazer com que você admita algo que não fez – disse

- Mãe – passei a mão em meu rosto, frustrada – eu sei –

- Eu não estou intimidando você – disse o Sr. Harris – estou apenas fazendo perguntas e tentando descobrir as respostas –

- Minha filha foi jogada aos leões por estas garotas por algo que você sabe muito bem que ocorre por todas as escolas dos mundos –

- Tudo bem, nós entendemos. Eu não fiz nada! – continuei insistindo – todos entendem que eu não fiz nada! –

- Olha, eu não entendo que você não fez nada. O que eu entendo é que tenho uma situação muito séria aqui e preciso tomar conta e quero saber o ponto de vista de todos aqui, inclusive o seu, para que as devidas ações possam ser tomadas –

- Foi o bullying que a colocou em coma ou ela mesmo colocou-se no coma engolindo aquelas pílulas? – minha mãe perguntou ao Sr. Harris

- Esse é um ponto lógico – digo

- Estamos tentando descobrir.. – cortei

- Obrigada, e eu estou dizendo que eu não fiz nada, está bom? – perguntei um pouco desesperada e brava

- Tudo bem – disse ele

- Fiz gozações com ela! Isso é uma grande besteira – peguei meu material – não, estou farta disto! Se é isso o que você quer ouvir, sinto muito pelas gozações, eu sinto muito mesmo. Eu sinto muito mesmo! Desculpe pela maldita gozação, eu não sabia que ela não podia aceitar gozações. Fala sério. Droga, cresça! Cresça! Eu tenho que ir para a aula! – digo como se fosse uma louca e saio da sua sala batendo a porta


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Unrequited Love [Harry Styles FanFic]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora