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"Não estás em condições de estares aqui sozinho, vens para minha casa."

"N-Não, não quero!"-protestei.

"Porque não Lukey?"

"Pára de me chamar assim..."-susurrei, irritado na verdade.

"Mas és tão fofinho, e não me peças para parar porque agora é tarde demais. Lukey."

"Ugh, okay, tanto faz..."

A rapariguinha levantou-se e puxou-me pelo braço, fazendo-me levantar em seguida. Mesmo depois disso não me largou, conduzindo-nos até provavelmente a sua casa.

Limito-me a suspirar.

"É muito longe?"-pergunto baixinho.

"Felizmente não."-sorriu-me.

"Okay."

Pelo menos dez minutos se passaram e já estava cançado de tanto andar, mas bati contra ela por esta ter parado de repente, fazendo com que ela quase caísse.

Quase, porque eu agarrei-a para que isso não acontecesse.

"Obrigada."-agradeceu. "Foi um tanto inesperado, pensava que não querias saber de mim para nada..."

Como não sabia o que responder dei de ombros, também porque estava com vontade de dormir.

"Chegámos."-anunciou.

Dirigi o meu olhar para cima, deixando um grande 'uau' saír da minha boca. Aquela mansão era enorme.

"Vives aqui?"

"Yap, agora vamos."-puxou-me. "Deves estar a precisar de descansar."

"Mhm-mhm."-bocejo.

Ela abre as enormes portas principais e nem as fecha, indo em direção a um quarto, que ficava no terceiro andar. Abriu a porta e a primeira coisa que vi foi a enorme cama que se encontrava no meio do quarto.

Não pensei duas vezes em ir a correr e saltar para cima da mesma, acabando por me pôr confortável.

"À quanto tempo não te deitas numa cama de verdade?"

"Não sei... Talvez cinco anos?"-digo, não muito seguro.

"Wow, isso é muito tempo..."-entristeceu. "Bom, podes ficar aqui se quiseres!"

"Não, eu não quero aturar-te para além da escola."

"Sabes que isso não é verdade babe."

Juro que se ela continuar a tratar-me desta maneira, eu paço-me de vez.

"Pára de me chamar nomes idiotas..."-peço.

"Engraçados seres um bad boy agora, porque eu mesma fiz umas pesquisas para ver se encontrava alguma coisa do teu passado e encontrei umas fotos curiosas..."-provocou-me.

"Que fotos? Porque andaste a pesquisar sobre mim? Porque não páras de ser metida em assuntos que não te dizem respeito!?"

"Não és nada do que eras no passado, isso eu digo-te."

"O que s-sabes sobre mim então?"-gaguejo.

"Eu mostro-te."

Dirigiu-se a uma secretária e tirou de lá um computador e sentou-se a meu lado na cama.

"Então deverias de me explicar que tipo de fotos são estas."-virou o computador para mim, mostrando as fotos a que se referia.

Engulo em seco com a grande descoberta dela, pensava que tinha apagado todo o meu passado.

"Explica-me."-pediu.

"Okay."-reviro os olhos e respiro fundo. "Então eu era completamente o oposto do que sou agora, era a pessoa mais tímida e criançinha à face da Terra. Ria-me de tudo e era muito feliz. Era. Um dia os meus pais separaram-se e a minha mãe saíu de casa, o meu pai começou a maltratar-me enfim... Eu fugi de casa e consequentemente de cidade, encontrei aquela casa abandonada em que vivo e decidi entrar nesta escola e ya, é isso."-resumi tudo.

"E mudaste de personalidade para tua própria defesa, certo?"

"Sim..."

"E gostas do que és...?"-observou-me muito séria.

"Só é bom porque posso me defender, mas eu virei-me para as drogas, porque não tenho ninguém. Agora sou dependente. Já roubei imensas vezes, coisa que não me orgulho e já bati em inocentes. Eu sou um monstro."

Senti os meus olhos aguados e eu não impedi das lágrimas se soltarem.

"Oh Lukey, está tudo bem, não estás sozinho, tens-me a mim agora. Eu não vou abandonar-te, prometo."

Puxou-me para mais perto, abraçando-me com uma mão, enquanto que a outra fazia festinhas no meu cabelo ou acariciava as minhas bochechas.

Sabia bem.

"Deves estar a dizer isso agora, m-mas vais abandonar-me como toda a g-gente."

Tentei impedir que o meu lábio inferior tremesse, mas não consegui. Não consegui ver nada por causa das lágrimas que estavam a embaciar a vista e limitei-me a ficar o mais próximo possível dela, apertando-a assim que a abraço. Pousei a minha cabeça entre o seu pescoço e o ombro, ficando confortável.

"És apenas um bebé na verdade, não és Lukey? Estavas apenas assustado e sozinho durante muito tempo, só querias ter alguém do teu lado, não é?"-abraçou-me de volta.

"S-Sim..."-admito.

"Vou ajudar-te a partir de agora, vamos evoluir juntos."-deu-me um beijo na cabeça. "Vê se dormes agora, okay?"

"Okay."

Fecho os olhos, preparando-me para dormir.

Esta cama é tão confortável. Estar com ela é tão confortável.



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Olá! Novo capítulo a saír, e houve uma grande revelação aqui, afinal o Luke não é assim tão mau quanto parece... 😩

Bom, vou escrever mais hoje, não sei se vou publicar!

Votem e COMENTEM, por favor!? 🙏💖

Luv Ya!!😘

⭐ Inocent ⭐ lrh ⭐ mam ⭐Where stories live. Discover now