Imagination| Shawn Mendes

Let It Go

Hailee:

   "O tempo cura todas as feridas" no meu caso era uma apenas uma frase. Eu não estou ferida. O Shawn não me machucou ou me traiu, ele apenas não era para mim no final das contas.
Respiro fundo e continuo servindo as mesas com uma certa tristeza no olhar, eu sinto muito por  nós dois não temos dado certo, eu sinto muito mesmo e estou triste. Duas semanas se passaram e eu só tenho visto ele de longe na escola, meu pai me mantém informada quanto ao fato do agente musical. Ele ta preparando o Shawn para entrar em uma espécie de fraternidade de garotos, uma tour. Estou feliz por ele, muito mesmo. Ele merece isso.

- Hailee?- chama meu pai do balcão.

Coloco o pedaço de torta na mesa do cliente e volto para o balcão.

- O que foi?- pergunto.

- Gatinha, pode ir para casa, ta precisando descansar.

Passo a mão pelo cabelo um pouco cansada, tenho ocupado minha mente aqui na lanchonete ou na floricultura nos finais de semana e depois da escola quando não tenho reforço de química com o Nash.

- Ainda são quatro da tarde, pai. Eu vou ficar mais um pouco- suspiro.

Ele me olha intrigado.

- Gatinha, você ainda vai pra academia com sua mãe aliás...- ele olha o relógio do pulso- você já deveria ta em casa se arrumando.

No mesmo instante o meu celular começa tocar, pego ele no bolso do avental e atendo.

- Oi, mãe- atendo.

- Já estou indo para casa. Já ta pronta?

- Tô indo para casa agora.

Desligo o celular e passo o avental para meu pai.

- Até à noite, gatinha- se inclina no balcão e me dar um beijo na testa.

- Tchau, pai- sorriu de lábios fechados.

Saio da lanchonete e vou caminhando até em casa com uma certa rapidez. Entro rapidamente e vou até o quarto, coloco minha roupa justa de ginástica e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo. Escuto a buzina do carro da minha mãe, desço correndo até lá.

- Fechou a porta da frente?- pergunta quando entro no carro.

- Fechei- suspiro.

Fomos o caminho quase em silêncio se não fosse o som do carro, minha mãe não toca no nome do Shawn porque combinamos de não falar sobre isso.
Chegamos na academia e cada uma foi para seu aquecimento. Enquanto me estico para tocar meus pés as lembranças do porquê eu ter entrada nessa academia vem na minha mente, o idiota do Kenvin deixou algumas lacunas de ódio dentro de mim.
  Quando terminamos de nos aquecer fomos direcionado para o salão de dança onde começamos queimar calorias através da dança. Dançamos até ficar sem fôlego e completamos suadas.

- Mandaram bem garotas. Até à próxima Terça- feira- diz o Alessandro, o nosso professor gato de olhos verdes e cabelo preto como carvão.

Todas suspiram (inclusive minha mãe) balanço a cabeça rindo e pego uma toalha branca para enxugar o suor.

- Clara?- o Alessandro se aproxima de mim e da minha mãe.

- Oi, Alessandro. Como vai?- os dois se cumprimenta com beijinhos no rosto.

- Muito bem- ele abre aquele sorriso sedutor que faz qualquer mulher chegar perto de desmaiar- Oi, Hailee.

- Oi- sorriu.