Vinte

28.8K 3K 641
                                    

×Albert×

Depois que a Samyra saiu do quarto, Alícia entra me olhando aliviada.

_Que susto, Albert!_Ela bate na minha barriga._Vejo que o ferimento está quase fechado.

_Eu consegui sentir um pouco do que ela estava sentindo_Falo de uma vez._Ela estava preocupada comigo, Alícia.

_Então seus poderes funcionou nela?_Vejo seus olhos arregalados.

_Sim._Sento-me na cama arrancando algumas coisas que estavam agarradas em mim._Acho que é quando ela quer, sei lá. Eu preciso descobrir o segredo dessa garota.

_Ei, vai com calma._Ela me empurra pra sentar novamente._Quando o médico autorizar, você sai daqui. Agora fica quieto.

Bufo frustrado e volto a pensar no ato de Samyra. Ela veio me dar seu sangue para que eu melhorasse. Mesmo depois de eu ter beijado-a e falado todas aquelas grosserias. Depois do doutor me examinar e dizer que eu tenho muita sorte por ter uma doadora sangue Z, fui liberado.
Saímos do quarto encontrando Samyra com a garotinha que me atacou no colo adormecida e a Vera.

_Deixe que eu a levo._Sugiro estendendo os braços para pegar a garota dos braços dela.

Ela me entrega a menina com cuidado e nos acompanha até o carro do lado da sua amiga. Alícia foi na frente com o motorista e o restante foi atrás. Chegamos ao Palácio rapidamente e encontramos Sabrinne e tio Inácio na frente da casa nos aguardando.

_Vocês estão bem, meus queridos?_Inácio pergunta assim que nos aproximamos._Oh, e quem é a garotinha?

_Essa aqui é a responsável pelo tiro que me acertou._Digo olhando para ela._Estamos bem, tio. Depois conversamos.

Passei direto indo em direção ao meu quarto. Vi que apenas Alícia me seguia, mas não ousei perguntar o paradeiro das doadoras. Coloquei a garotinha deitada na minha cama e tirei a blusa.

_Você vai ficar com ela?_Alícia pergunta de sobrancelha arqueada.

_Não sei. Essa menina pode ter boas informações sobre a Resistência._Cubro a garota._Não se preocupe. Eu saberei cuidar dela.

_Você não acha que eu sou doida de deixar você com uma garotinha sozinho né?_Ela caçoava de mim._Depois eu passo aqui pra buscá-la. Ela precisa tomar banho e comer alguma coisa.

Depois de se despedir, Alícia vai embora me deixando a sós com a garota. Tratei de tomar um banho relaxante pois aquele cheiro de hospital estava me incomodando. Vesti algo mais leve e fiquei analisando meu ombro totalmente sarado.

_O sangue dela tem mais poder do que eu possa imaginar..._Sussurro pra mim mesmo.

Volto a olhar para a garotinha que dormia levemente. Parecia que não descansava direito a dias. Ouço alguém bater na porta e levanto rapidamente para abri-la.

_Oi._Sabrinne me encara._Você passou por mim direto e eu não tive a oportunidade de perguntar se você está melhor.

_Eu estou bem. Obrigado.

Ela passa por mim entrando no meu quarto e eu reviro os olhos. Ela vai até minha cama e alisa o cabelo da menininha.

_Ela que atirou em você?_Seus olhos estão fixos na garota.

_Sim. Provavelmente ensinaram a ela que se visse um vampiro, era pra atacar. A garotinha não tem culpa de que ensinaram isso a ela.

_Você vai deixá-la aqui na casa?_Dessa vez ela vira para olhar-me.

_Pedirei autorização ao tio Inácio pra deixá-la aqui por um tempo. Pelo menos que ela fique na ala dos doadores sob os cuidados de quem eu achar apto pra cuidar dela._Passo a mão no cabelo._Mais alguma coisa?

_Ah, não._Ela sorri indo em direção a porta._Irei interceder juntamente com você para que ela fique. Bom, eu já vou. Tchau.

Ela abre a porta e sai fechando a mesma. Vejo a garotinha se mexer levemente, mas não acorda. Paro um pouco no tempo pra pensar em tudo que tem acontecido.
Eu, Albert Mansonni, general do exército vampírico de Jump, conhecido pelo jeito rude e firme, cuidando de uma garotinha.
Melhor eu deixar ela com a minha doadora. Isso.
Irei pagar ainda mais para que Samyra cuide dela na ala dos doadores. Assim eu obtenho as informações que quero e deixo-a em boas mãos.
A porta do meu quarto é aberta e Alícia entra segurando uma bandeja recheada de coisas.

_Nossa, isso tudo por que seu irmãozinho quase morreu?_Digo irônico._Não precisava...

_Claro que não é pra você, seu alien._Ela dá língua pra mim e sorri._É pra Emilly.

_Gostei do nome dela._Digo encarando a garota deitada._Mas ela ainda não acordou.

_Deixe isso comigo. Você não tem nada pra fazer, não? Sei lá, agradecer a alguém sobre alguma coisa...

Entendi a ironia e deixei as duas sozinhas. Pelo tempo que ela já ficou com a Alícia, as duas já devem estar amiguinhas. Vou em direção a ala dos doadores, mas sou impedido por Bryan.

_Eu mereço._Sussurro impaciente._Tem como você sair da minha frente?

_Já está melhor?_Ele diz de sobrancelhas arqueadas._Só vim me certificar de que você está bem. Sabe como é, eu me preocupo com os hóspedes.

_Ahãm, tá. Agora sai da minha frente que eu tenho mais o que fazer.

Ele se afasta e eu passo direto para a ala dos doadores. Vejo ao longe a amiga dela, a tal Vera, conversando com o doador de um dos transformados.

_Com licença._Me aproximo limpando a garganta._Onde está a minha doadora?

_Ela foi tomar um banho, Senhor._A Vera responde._Pode ir por ali.

Ela aponta pra um corredor e assim eu sigo. Entro em um grande quarto onde tem diversas camas e guarda-roupas. Não tem ninguém, mas eu ouço o barulho de água caindo vindo de dentro de um dos boxes do banheiro. Aproximo-me vagarosamente e sinto um cheiro maravilhoso.
A água para de cair e a porta é aberta. Samyra dá de cara comigo e nenhum dos dois esboça nenhuma reação a não ser olhar para os olhos do outro.

_O que você está fazendo aqui?

Eu não me concentrei no que saía da boca dela. Eu só tinha olhos para seus lábios mexendo e as gotas de água que escorriam pelo seu pescoço.
Não me controlei e puxei seu corpo pra junto do meu. Tomei seus lábios com desejo e lá estava eu outra vez beijando a minha doadora.

----------------------∆------------------------------

Cercada por eles (POSTANDO NOVAMENTE POR TEMPO LIMITADO)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon