[Fourteen]

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Vendo você agora só me faz lembrar de quando chegou para mim, tão pequena.

          O ano novo se passou e agora é um novo ano, um novo mês e uma nova história. Jiane está bem crescida, fala feito uma velha porém fala cada coisa sábia que eu até me admiro às vezes. Eu comprei livros para ela apesar de ainda não saber ler, eu peço para ela me contar o que ela vê nas figuras assim ela vai criando histórias de sua cabeça e eu apenas escuto, mês que vem ela já irá para escola e penso que vai ser o silêncio total, a dor no eu peito de não vê-la ou ouvi-la porém ela tem que ir assim ela ficará mais sábia.

–Papai!  Papai! -ela veio correndo.

–Não ande correndo você pode se machucar!

–Desculpe é que eu gostaria de pedir algo ao senhor.

–Então diga se estiver ao meu alcance.

–Lembra daquele livro com uma princesa e um principe que mostrei para o senhor daquele dia?

–Sim.

–O senhor pode comprar?-ela falou fazendo bico.

–Aigo você sabe que quando faz esse bico amolece meu coração e eu acabo dizendo sim.

–Então o senhor irá comprar?

–Hum deixa eu pensar. -fiz cara de quem pensaria.

–Por favor papai!

–Está bem eu comprarei.

–Obrigada. -ela pulou de felicidade e logo se jogou no meu pescoço me abraçando e deu-me um beijo na bochecha.

–Tome um banho, escove os dentes e vista-se. Vamos lá comprar seu livro.

–Sim senhor!

Então ela foi para o banheiro e eu fui preparar o café, fiz ovos com bancon e café para mim, para ela apenas cereal era o que ela gostava de comer eu não gostava muito que ela comese essas coisas mas ela ficava triste e eu cedia à essa criança tão fofa. Assim que ela estava pronta desceu e sentou-se na cadeira e eu coloquei sua merenda.

–Obrigada papai!

–De nada.

Ela já ia comer quando a enterropi.

–Eu sei, eu sei.

–Fez de propósito não foi?

–Sim.

–Agora podemos juntos!

–Obrigado pela comida!-disemos juntos.

Eu à ensinei à agradecer antes de comer assim ela aprende a dá valor ao alimento. Nós comemos bem logo depois eu fui lavar a louca e ela foi brincar no quintal enquanto lavava a louça o telefone tocou enxuguei minhas mãos e fui atender.

–Alô! Alô! -Mas ninguém respondia.

–Você de novo, olha se estiver brincando acho melhor parar vá procurar o que fazer!

Desliguei e fui para o quintal ver como Jiane estava, ela estava bem me sentei sobre a cadeira de balanço e fiquei à observando tão feliz e sorrindo senti meus olhos ficarem pesados até eu caí no sono.

[…]

Minutos depois quando acordei vi que Jiane não estava mas no quintal então me levantei de chamei por ela.

–Jiane! Jiane!

–Eu estou aqui!

Subi para o quarto e ela estava sentada na cama assistindo TV, me sentei do seu lado e ela caíu na gargalhada.

–Do que está rindo?

–Nada! -ela respondeu meio desconfiada.

–O que você aprontou?

Me levantei e saí a procura de alguma coisa que me leva-se a suspeita de uma travessura porém não encontrei, fui até o banheiro para lavar meu rosto de sono e quando olhei no espelho...

-JIANNNEEEE!!!!!!-Gritei tão alto que daria para ouvir no outro quarteirão.

–Sim, papai!

–Isso foi obra sua não foi?-me referi ao meu rosto todo riscado de caneta e pincel.

–O que eu não fiz isso!

—Ah não então quem foi?

– Alguém que queria maquiar você.

–Ah não minta para mim mocinha, você vai pagar caro por isso, vem aqui.

Sai correndo atrás dela e a mesma saiu gargalhando e correndo pela casa, corremos pela mesma até que eu alcancei ela a pegando pelo colo e enchendo a de cócegas.

–Peça desculpas!

–Não. -ela continuou gargalhando.

–Ah não vou aumentar a dose.

–Está bem, desculpa!.

–Eu não ouvi direito.

–Desculpa!.

–Agora sim, não faça mais isso vou lavar meu rosto.

–Papai podemos sair?

–Sair para onde criança?

–Não sei talvez aquele parque perto ao shopping.

–Está bem, vá se arrumar!

Então ela foi correndo para o quarto e eu fui lavar meu rosto marcado por desenhos, ensaboei bem e tirei todos os rabiscos que havia alí enxunguei e fui para o quarto me vestir.

–Você vai com essa roupa de frio?

–Ainda neva lá fora e está frio.

–Tem razão também vestirei uma roupa quente.

Me vesti e nós fomos para o carro, liguei e fomos para o lanche quando chegamos nos sentamos,  esperei a garçonete vir me atender ela trouxe o Cardápio e ficou meio que me paquerando Jiane fazia varias caras feias e eu sorria dela.

Então escolhi e entreguei, ficamos esperando o pedido enquanto conversávamos ela olhava para rua e me chamava para uma competição de quem seria aquele carro quando um azul passava eu dizia que era meu quando um vermelho passava ela dizia que era dela e assim ficamos até nosso pedido chegar.

[…]

Já na praça que tinha alí perto eu brincava com ela no balanço, no vai e vem, no gira-gira alguns pais ficavam nos olhando como "o que ele esta fazendo?" até que chegou um garotinho e disse "oi" encarei bem ele mas ele só olhava para Jiane pensei "Mas olha esse tampinha de olho na minha criança". Ele convidou Jiane para brincar sorte que eu estava cansado e então me sentei no banco da praça mas sempre de olho neles, se Jiane nessa idade já está iludindo corações imagine quando crescer mas eu darei um jeito neles. O tempo passou e eu a chamei para ir embora, o garotinho  se despediu dando-lhe um abraço, Mas olha esse tampinha, como ousa tocar na minha criança?  Sorte que sua mãe estava de olho se não daria um jeito nele. Jiane correu e segurou minha mão se acenando para seu "novo amigo".

Então quando chegamos em casa ela estava dormindo, deve está exausta de tanto brincar. Não a acordei apenas e coloquei na cama e tirei seu sapato dei um beijo em sua testa e fiquei esperando a noite vim e a lua surgir.

De Repente Pai? Onde as histórias ganham vida. Descobre agora