CAPÍTULO 3

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Koji os levam para uma lanchonete onde acostuma frequentar chamada Vegefood,um ambiente gostoso,onde se baseia em cardápios diários com receitas mais gostosas ainda, como o Vegan-Cassoulet de grão de bico, arroz, aloupatra e couve; a feijoada vegetariana; o Malfate de espinafre (tipo um nhoque grande com ricota e espinafre), arroz, lentilha e salteado de legumes; moussaka com couve ou quiche integral de shitake e salada com cuscuz marroquino. Além disso, oferece cursos e abre para eventos culturais de música e artes plásticas.

Léo gosta do ambiente aconchegante e convidativo,um músico chamado Leopoldo Santinne,abrilhanta o local com sua música harmônica e suave.

Koji escolhe uma mesa perto da janela,Léo deixa seu filho sentado em uma cadeira do lado dele,Koji olha atentamente o menu dizendo para seu convidado de forma cativante:

-O que iremos pedir?

Léo olhando seu menu rebate de forma objetiva:

-Eu vou pedir a feijoada vegetariana com arroz integral e salteado de legumes.

Koji olha para o garçon que o chama bastante atenção,mas volta sua atenção para Léo,que o olha sutilmente,Koji pergunta de forma curiosa:

-Agora pode me contar como sobreviveu á um casamento fracassado.

O pedido chega na mesa,Léo então responde à pergunta de forma clara,porém com sutileza:

-Meus pais assim que terminei o colegial decidiram que seria rentável me casarem com a filha de um de seus sócios da empresa,mesmo não querendo,pois eu queria ir para a Universidade de Frankstone cursar gastronomia.
-Eles fizeram de tudo para dar certo e então eu cedi as exigências deles,casei-me com aquela garota e por um tempo cheguei a gostar dela realmente,após a chegada desse tesouro nossa vida era maravilhosa e até entrei na empresa de meu pai que me adorava muito e fazia questão que eu assumisse seu lugar.
-Depois de um ano casado,algo mudou em nosso convívio,Laura se tornou muito ausente,eu tinha que cuidar de nosso filho e me virar com os afazeres domésticos após chegar cansado do serviço.Até que um dia ela me pedi o divórcio do nada,alegando estar cansada de sua vida e aquilo não era o que realmente queria.
-Eu não a impedi de fazer suas malas e ir embora sem me dar uma explicação lógica,mas fiquei chocado com sua frieza por abandonar não a mim,mas seu filho que nada fez para merecer isso.
-Dois anos se passaram e não tenho notícias de Laura,meu pai ficou muito chateado comigo que me expulsou da empresa e de sua vida.
-Eu e meu filho nos mudamos para cá e a única coisa que busco é cria-lo e dar todo o amor que ele precisa.

Koji ouve atentamente cada palavra enquanto o encara de forma provocante e rebate ao dar uma garfada:

-Sinto muito por você ter passado por tudo isso.

Léo dá um sorriso lindo e rebate cordialmente:

-Não precisa sentir nada.
-Eu já me recuperei.
-Aliás você ouviu toda minha história sem nem me dizer ao menos nada sobre você.

Koji sem quebrar o contato visual rebate claramente:

-A minha vida também não foi tão bela assim,porém ela me ensinou muitas coisas.
-Eu cresci em uma família abusiva,meu pai era um vagabundo alcoólatra que obrigava minha mãe a sustentar a casa sozinha,frequentemente ele chegava bêbado em casa e me batia só para aliviar sua raiva. Um dia ela cansada da situação se separou dele.Nos mudamos para cá,onde moro até hoje.
-Meu tio Toshiro me contratou aos 17 anos como seu ajudante de eletricista e hoje toco o negócio dele após sua morte trágica.Atualmente vivo sozinho em meu apartamento frio e solitário,queria muito ter uma vida comum,fazer amigos,quem sabe encontrar alguém para compartilhar minha vida com ela,mas está difícil.
-Ninguém está a fim de nada sério,sempre acabo me envolvendo com pessoas que me machucam futuramente,isso é tão doloroso.

PredadorOnde histórias criam vida. Descubra agora