Prólogo

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Sempre buscando por uma distração em rostos alheios. Distraí-me no vazio daquele olhar, quis investigar por alguns minutos o que tinha por trás deles. Eles estavam fixos para o nada, meu papel de detetive estava difícil naquele dia, sem nenhuma pista, sem nenhum movimento para incriminá-lo, apenas o nome em seu crachá: Theodor. Até que aqueles olhos negro viraram rapidamente em minha direção.

O meu disfarce foi desmascarado. Virei rápido, mas eu queria continuar olhando, admirar aquele rosto levemente quadrado com aquela barba mal feita, aquele cabelo estava tão bagunçado que eu não sabia se só ria internamente ou ficava surpresa por ele continuar bonito mesmo estando notoriamente descuidado. O nada dos olhos negros, tornaram-se o reflexo do meu rubro rosto. Um voz roca ecoou pela sala.

- Oi. 
- Ah... Oi. Dei uma risadinha no final, não deveria.
- A moça do rosto vermelho e do sorriso encantador esta procurando por algo aqui? E apontou para o rosto.

Fiquei ainda mais vermelha. Respondi devagar quase parando.

- Hum... Eu? Ah! Obrigada,     deveria olhar para parede teria a mesma impressão.

Droga, seja mais gentil sua idiota.

- Ok, já percebi que a moça é bem     esquentadinha. Precisa de algo?

Desculpe, não desiste de mim. Um beijo seu, talvez.

- Hoje não é um bom dia, desculpe-me. Saí o mais rápido possível daquela sala cheia de gente. Não queria mais brincar de adivinhar o que cada um estava pensando, o que fazem da vida, quais são seus medos, seus motivos para viver. Naquele dia, uma pessoa tão misteriosamente vaga roubou a atenção de todos ao meu redor. 
- Ei! Qual seu nome? Foram as     últimas palavras que ouvi daquela voz.

Que voz linda, nunca pare de falar. Por favor!

Eu já estava longe demais para responder. Se o Sherlock Homes  me visse naquela situação, estaria envergonhado.

Desculpa, mestre.

A vida de AliceUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum