PORNOGRAFIA

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De acordo com um levantamento de 2002 da revista Landon Shool of Economics [1], nove em cada dez crianças entre 8 e 16 anos vê pornografia on-line. Segundo o mesmo levantamento, mais de 1/3 dos websites adultos é visitado por mulheres. Talvez você se assuste com a conclusão dessa pesquisa, mas a verdade é que o número de consumidores de ponografia pode ser muito maior. Hoje em dia, poucos são os jovens que nunca acessaram algum site da INTERNET com conteúdo pornográfico. Antigamente o acesso a qualquer conteúdo pornográfico era muito mais restrito, apenas as locadoras de filmes e as bancas de jornais promoviam o contato com esse tipo de conteúdo. Já nos dias de hoje, basta um click e pronto; você esta na terra dos prazeres. O acesso irrestrito a pornografia tem gerado pelo menos duas consequências gravíssimas na vida dos implicados: a compulsão sexual e a liquidificação da alma. A cada dia que passa, tenho conversado com grande número de jovens viciados em pornografia. A compulsão que esses jovens têm pela pornografia, é a mesma que um dependente químico possui pelas drogas. Para esses jovens, a pornografia tornou-se um tipo de droga sem a qual eles não conseguem viver. Se, estão tristes, acessam pornografia, e se estão felizes, também o fazem. A compulsão é uma das gravíssimas consequências do consumo da pornografia, pois escraviza pessoas nas instâncias emocional e  espiritual. O vício da pornografia é o que impede muitos jovens de caminharem com Deus. Após os dez primeiros minutos de prazer, vem a culpa e a tristeza que corroem a alma. Outra triste consequência do consumo da pornografia é a liquidificação da alma. Pessoas viciadas em pornografia tornam-se superficiais e imorais. Muitos desses jovens viciados, na idade adulta desenvolverão interesse por perversões sexuais. Eles desejarão o que há de mais pervertido sobre a face da terra, incluindo molestamento de crianças, assassinatos simulados, violência homossexual, sexo entre mulheres e animais, sexo com mortos, espalhar fezes sobre o corpo, etc.[2] Pessoas assim não conseguem expressar seus verdadeiros sentimentos e desenvolvem uma autoimagem distorcida. Isso acontece porque, quando nos submetemos a um processo de deturpação de nossa própria sexualidade, a nossa alma é plenamente afetada. Você é aquilo o que reproduz em sua sexualidade! Se você reproduz uma sexualidade responsável e debaixo da vontade de Deus, então você é alguém responsável e temente a Deus. Se, pelo o contrário, você expressa uma sexualidade irresponsável e distante da vontade de Deus, então você é alguém assim. A compulsão gerada pela pornografia contribui diretamente para a formação de jovens emocionalmente perturbados e confusos. A alma de quem consome pornografia torna-se uma pasta, saindo do seu estado natural de concretude e desembocando num estado de liquidificação. Quando a alma de alguém entra num processo de liquidificação, tal pessoa perde a sensibilidade, desenvolvendo uma consciência cauterizada pelo pecado. Esse é o motivo pelo o qual muitos jovens viciados em pornografia, já não sentem mais culpa ou alegria após a prática de tal hábito. Tornam-se neutros em suas próprias almas, pois suas almas se encontram liquidas. É muito tristes ver essas consequências se manifestarem na vida de muitos jovens. No seu grande clássico "Vivendo nos Limites" o psicólogo e escritor cristão James Dobson conta a história de Ted Bundy, um dos maiores matadores em série da história dos E.U.A. Ted Bundy, que havia matado pelo menos vinte e oito mulheres e garotas contou que a sua iniciação nesse caminho de perversão começou aos treze anos de idade, quando por um acaso ele descobriu umas "revistas sujas" em um depósito de lixo perto de sua casa. Segundo Bundy, à medida em que o tempo passava ele se tornava mais e mais viciado em imagens violentas de revistas e vídeos. Começou então a se excitar com imagens de mulheres sendo torturadas e mortas. Quando ele se cansou disto, existia apenas uma rota que seu vício poderia seguir; da fantasia para a realidade. Foi então que Ted Bundy começou a estuprar e matar mulheres. Quando finalmente ele foi preso, foi julgado culpado e sentenciado à morte por matar uma garota de doze anos de idade e jogar o seu corpo num chiqueiro. Após mais de dez anos de apelos e manobras legais, um juiz deu ordens para a sua execução. Naquela mesma semana, ele pediu para o seu advogado ligar para o doutor James Dobson para uma entrevista. Abaixo, partes selecionadas dessa entrevista:

DOBSON: você me pediu para vir aqui, desde a Califórnia, porque tinha algo que gostaria de dizer. Você realmente sente que a pornografia explícita e violenta, e a porta de entrada para ela, a chamada pornografia erótica, têm causado danos indescritíveis a outras pessoas e feito com que outras mulheres sejam molestadas e assassinadas, do mesmo modo que você fez?

BUNDY: Ouça! Eu não sou um cientista social, e não fiz nenhuma pesquisa, quero dizer, eu não finjo saber que o João Cidadão pensa a respeito disso. Mas já faz bastante tempo que eu vivo na prisão. E encontrei muitos homens que, assim como eu, foram motivados à violência. E sem exceção alguma, todos eles estiveram profundamente envolvidos com pornografia; posso afirmar que,  sem a menor exceção, estes homens foram profundamente influenciados e consumidos pelo vício da pornografia. Não existe dúvida a respeito disto. O próprio FBI tem um estudo sobre homicídios em série que mostra que entre este tipo de assassinato existe o interesse comum pela pornografia.

DOBSON: Agora eu realmente gostaria de entender o que você está dizendo. Você foi o mais longe possível nas suas fantasias com materiais impressos, e então sentiu a necessidade dar alguns pequenos ou grandes passos para a realidade física?

BUNDY: Minha experiência com pornografia, que lida com a sexualidade num nível de violência é que uma vez viciado (eu vejo isso como um tipo de vício) como qualquer outro tipo de vício... eu só ficava procurando material cada vez mais detalhado, mais potente, mais desejoso de algo mais e mais forte. Algo que dê a você uma sensação ainda mais forte de excitação. Até que você chega a um ponto além do qual a pornografia não pode ir. Esse é o ponto de corte, em que começa a imaginar se você obteria o que anseia, caso fizesse com as próprias mãos o que vai além do que está escrito ou retratado ali.

DOBSON: Você acha que merece a punição que o estado infligiu a você?

BUNDY: Esta é uma boa pergunta, e eu vou respondê-la honestamente. Eu não quero morrer, mas certamente mereço a mais extrema punição que existir na sociedade, e também acho que a sociedade merece ser protegida de mim e de outros como eu. Mas, esta é a ironia, já que estou falando de algo que vai além da retribuição, porque a minha morte de maneira alguma poderá restituir  aquelas belas crianças para seus pais, corrigir os meus erros e aliviar a dor deles. Mas eu digo a você que hoje existem muitas outras crianças brincando nas ruas pelo o país afora, que poderão ser mortas amanhã, depois de amanhã e no próximo mês, porque estão disponíveis na mídia.

DOBSON: Como você disse na noite passada, você aceitou o perdão de Jesus Cristo, e que agora você O segue e crê nEle. Você se sente fortalecido através desse perdão nestas horas finais?

BUNDY: Sim. Eu não posso dizer que andar pelo vale da sombra da morte é algo a que me acostumei, ou que eu seja forte, ou que nada mais me aborrece. Não é nada divertido. Eu me sinto bastante solitário, e além de tudo isso, tenho que me lembrar a mim mesmo que cada um de nós irá atravessar esse vale algum dia, de um jeito ou de outro... e que um incontável número de pessoas que passaram por esta terra antes de nós já passaram por isto, logo, esta é uma experiência que todos nós compartilhamos. Aqui estou eu prestes a experimentá-la. Um dia depois dessa entrevista,Ted Bundy morreu na cadeira elétrica. Ele deixou o seu testemunho de vida para nos prevenir do poder destrutivo da pornografia. Se você tem compulsão pela pornografia, creia: ela pode destruir você! Para se livrar desse vício, é necessário cura na alma. A cura desse vício vem quando entregamos o controle de nossas vidas a pessoa de Jesus Cristo e também quando procuramos alguém que compartilha da fé nEle e nos abrimos para essa pessoa contando o nosso problema. Faça isso hoje; confesse esse problema para alguém que serve a Jesus Cristo e se entregue totalmente a Ele.

NOTAS

[1] apud Groeschel, Craig, Estranho, ser normal não está dando certo, São Paulo: Editora Vida, 2010.

[2] Dobson, James, Vivendo nos limites, São Paulo: United Press, 1998.

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