A Filha do Presidente

Você não tem esse direito

Sem revisão

Francis – Três dias depois

'Linda. Tão linda. Você é a coisa mais perfeita que eu já vi. Eu não vou deixar nada de mal acontecer com você'.

Toc ! Toc! Toc

- Vai embora!

TOC! TOC! TOC!

- Merda, eu já disse para ir embora.

Filho da puta, não desiste e continua batendo na porta. Levanto, mas logo tropeço e caiu de uma garrafa de Vodka que está no chão. O quarto todo gira enquanto eu tento me manter firma segurando a parede. Quando consigo um pouco do equilibro e tiro todas as travas da porta do hotel e abro para um Brock que aparenta nada menos do que ódio no seu olhar. Suas visitas ao meu quarto estão se tornando mais e mais comuns agora que eu sei que ele também está hospedado aqui ao invés da sua casa.

Algo sobre lembranças da finada, sei lá o que.

Ele entra no quarto e faz cara de nojo – por favor, só algumas garrafas de bebida no chão – eu botei a camareira pra fora depois que ela tentou ler a bíblia para mim. Tudo bem que meu quarto não era o modelo de limpeza no momento, mas a merda com ele. Vou até a mesinha pegar meu cigarro e ele me para, segura tão forte meu braço que me machuca.

Eu não demonstro. Eu nunca demonstro minha dor.

Quando olho para seu rosto, seus olhos estão verdes, muito estranho pois geralmente são azuis. Combina com sua boca ridiculamente rosa. Eu acho que ainda estou muito bêbada. Me liberto da sua mão e ele sem falar nada começa a 'arrumar' o quarto.

- Você não é mais a porra da minha babá Sr. Trent. Vá embora!

Tento me manter em pé, mas acabo me esparramando na cama. Ele para de costas para mim e finalmente fala. Esse idiota fica tão calado que me irrita.

- Você foi ver a Ella?

- Hãn? Eu...

Ele vira para mim e seus olhos estão em mim novamente cuspindo fogo.

- Você fodidamente foi ver minha filha. Que porra você foi fazer no hospital Francis?

Sinto meu peito apertar tão profundamente. Eu não podia falar, eu nunca conseguiria contar o real motivo.

- Eu fui vê-la. – Minha voz saiu apenas um sussurro.

- Disso eu sei, merda. Mas porquê? O que você ganhou, qual seu propósito?

- Nem é isso o que você está pensando. Nem tudo tem....

- Mentira, sua bruxa. Você disse a mim a poucos dias. 'TUDO E TODOS TEM UM PROPÓSITO'. Me diga o que você quer com minha filha?

Ele gritava já face-face comigo. Suas mãos chacoalhavam meus ombros e eu não conseguia pensar direito. Não conseguia engolir nada era como se minha garganta estivesse fechada. Ele me joga e caiu no chão sem forças para diminuir o impacto. Ele me dá as costas e continua dobrando algumas coisas como e fosse algum toque nervoso.

- Nada, eu juro que não foi nada. Eu...eu só.

Ele anda até a mesa e segura com força até os dedos estarem brancos.

- Eu fui pedir perdão, eu fui implorar seu perdão. Eu precisava... sinto muito. Sinto muito.

Ele acha algo no chão, mas eu não sei o que é.

- Que porra é essa?

Eu então vejo ele jogar a mesa contra a parede quando começa tudo a escurecer e rodar ao mesmo tempo.