Minha cabeça deu uma volta de trezentos e sessenta graus, bem louca. Não era a hora de pensar em romance e nem nada desse tipo, mas, eu sou a querida Brooke, a menina que nunca consegue se concentrar em nada quando há meninos envolvidos.
- Como você está? – pergunta uma voz e eu ponho a mão no peito, com o susto.
Olho para trás e vejo Ted. Ele parecia... Pequeno. Estava encolhido sobre uma camiseta de golf enorme. Ele me encara, sorrindo torto.
- E-Eu estou bem. E você?
Ele coloca as mãos no bolso da calça.
- Estou bem. Eu ainda não te agradeci.
- Pelo que exatamente?
- Por você ter me acordado. Eu poderia nunca ter acordado naquele dia, Brooke.
- Tudo bem.
- Mase está falando para você ir almoçar – ele sorri novamente. Eu reviro os olhos.
- Como está Sierra?
- Ela está ótima. Obrigado por tê-la salvado também. Eu não... Conseguiria viver sem ela.
Dessa vez, sou eu que dou um sorriso tímido.
- Você... Gosta dela?
Seu rosto fica inteiramente vermelho, como se ele tivesse prendido a respiração. Como eu era intrometida...
- Não precisa responder, é sério. Foi da boca pra fora – explico rapidamente.
- E-eu gosto... Eu gosto muito dela – ele coça a cabeça. – Mas ela deve me achar um maluco pirado.
Eu ri, aliviada. Ele gostava dela e ela dele, mas nenhum deles sabia. Como eu queria ter algo único no meu coração neste momento.
E ele era um maluco pirado.
- Bem, conte a ela.
Ele arregala os olhos.
- Tá maluca? Ela não vai me aceitar!
- Eu tenho um forte pressentimento de que ela vai sim, menininho inseguro.
Ele fica vermelho novamente.
- Tudo bem, então. Eu sou o cara. O cara perfeito para ela. Não existe o cara melhor pra ela. Ela não pode ficar com outro cara.
- Tudo bem – eu sorrio. – Vai lá, cara. Boa sorte.
Ted se vira, coçando a cabeça nervosamente. Ele parecia um adolescente de quatorze anos, com medo do primeiro encontro. Eu sorrio, feliz por ele.
Minha barriga reclama e eu vou direto para a sala de jantar. Vejo vários e vários jovens sem suas asas, pegando os pratos e se servindo ao estilo self-service. Eu entro na fila que continha mais ou menos doze Anjos, até que ouço um murmurinho de garotas irritantes falando. Olho para o lado e vejo garotas esbeltas e angelicais, envolta de Mase.
- Isso está delicioso, Mase... – uma delas ronrona para ele. O rosto de Mase era de admiração. Pelo jeito, estava gostando dos resultados de seu trabalho.
- O que você colocou nesse frango? Está incrível! – outra comenta, e aí eu percebo que estou segurando o cabo do garfo forte demais. Faço uma careta disfarçável e olho em volta, como se procurasse qualquer coisa.
Até o burburinho se cessa.
Olho para direção em que todos estão olhando, tentando reconhecer a figura por trás de tantos corpos. Por que o salão era assim, tão grande?
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As Faces de um Anjo I livro dois
ParanormalDepois de ter passado por um pesadelo na Academia dos Mortos, Brooke jurou a si mesma que iria salvar os pais do Tormento e recuperar as asas. Porém, parecia que os problemas só aumentaram para o seu lado. Uma mediadora visualiza seu futuro; uma esc...