Flowers & Ink ❁ l.s.

Capítulo 1

Oioii amorzinhuus!!

Comecei a escrever esta fic há uns meses atrás, mas como não tinha ideias para a desenvolver deixei-a de lado. MAS um dia destes veio-me uma iluminação e eu decidi fazer uma short fic. 

Esta fic só tem 5 ou 6 capítulos e já estou quase a acabar de escrevê-la, por isso decidi postar atualizações dia sim dia não. Espero que gostem!

***

Louis ajeita a sua coroa de flores e sai de trás do balcão da pequena floricultura, indo na direção do homem alto de cabelos compridos que parecia no mínimo indeciso.

- Posso ajudar? - pergunta levando uma flor laranja ao nariz para cheirar e sorri sentindo o aroma invadi-lo.

O homem volta-se para ele com um semblante sério, mas a sua expressão suaviza ao ver o vendedor com uma coroa de flores azuis e rosa alternadas, dando a Louis uma visão perfeita do seu rosto bem desenhado, com lábios vermelhos e carnudos, olhos verdes brilhantes e cabelos compridos e encaracolados.

Um sorriso forma-se no rosto do homem ao descer o olhar pelo rosto do outro. O seu cabelo caía para o lado direito do rosto fazendo um biquinho na ponta e os seus olhos azuis condiziam com as flores no seu cabelo, dando-lhe um ar quase infantil.

Ao perceber que eles já se encaravam há algum tempo, Louis pigarreia e ambos desviam o olhar, desconfortáveis com a situação.

- Procura algumas flores em especial?

- Hum... - o homem coça a parte de trás da cabeça procurando as palavras certas - Eu sinto-me um pouco sozinho quando estou a trabalhar e tinha a esperança de que espalhar algumas flores pelo estúdio me fazesse sentir menos solitário.

O vendedor sorri ao ouvir a voz grave do homem proferir tais palavras e percebe que ele tinha ficado um pouco envergonhado ao dizê-las.

- Faz muito bem - conforta - Eu nunca me sinto sozinho quando estou rodeado de tantas cores e vida - o maior sorri de lado mostrando apenas uma covinha - Sem querer ser invasivo, mas o que é que o senhor faz?

- Sou pintor - responde.

Louis para no lugar e abre um sorriso, ele adorava arte, cada uma delas tinha um lugar especial no seu coração, mas a pintura era a que mais lhe encantava. O homem observa ruguinhas formarem-se nos olhos do menor e grava a imagem na cabeça adorando a forma como o vendedor tinha ficado encantado com a sua profissão.

- Nesse caso acho que deveria levar flores de várias cores - o vendedor diz alegremente ao que começa a fazer um arranjo de flores diversificadas enquanto o outro apenas fica a observá-lo mover-se de um lado para o outro dentro da lojinha. Ao aperceber-se disto, Louis para no lugar virando-se para o de olhos verdes e esconde o arranjo atrás das costas - Desculpe, ás vezes fico entusiasmado com estas coisas. Não é todos os dias que se conhece um pintor - viaja, mas ao voltar à realidade pergunta: - Tem alguma preferência? Rosas? Malmequeres?

O homem ri fazendo o de olhos azuis corar envergonhado pelo seu ato.

- Esse arranjo está perfeito, eu vou levá-lo - diz aproximando-se de Louis, percebendo que este era ainda mais baixo de perto.

- Não se sinta obrigado, eu faço outro ao seu gosto! - diz rapidamente começando a afastar-se, alheio a sua proximidade, mas é impedido pelo homem que o segura pelo pulso e o puxa para si.

A sua mão segura o seu pulso firmemente, mas sem o magoar e Louis engole em seco ao sentir o dedo do maior fazer uma caricia na sua pele e o seu perfume se misturar com o das flores, aquecendo-o por dentro.

- Eu levo estas, você tem um ótimo gosto - sorri, desta vez mostrando as duas covinhas.

Louis afasta-se desconfortavelmente sentindo-se um pouco atordoado e vai para trás do balcão, o maior segue-o para pagar as flores.

- Gosta de arte? - pergunta sempre com o mesmo sorriso no rosto.

- Gosto - responde sem encarar o homem - Bastante.

- Conhece a galeria ao fundo da rua?

Louis assente, era uma galeria pequena e escondida, poucos a conheciam, ele costumava ir lá nos dias de chuva, o som da mesma criava um bom ambiente enquanto ele tentava desvendar os pensamentos do pintor por trás das pinceladas. Os seus quadros preferidos eram de um pintor que assinava sempre os quadros como "HS".

- Apareça lá um dia, talvez eu lhe faça um quadro tão bonito como este arranjo – Louis sente o sangue correr pelo seu rosto, corando novamente - Tenha um bom dia - diz saindo da loja de flores com uma certa pressa.

Louis fica a olhar para a porta durante um tempo, não sabendo exatamente o que tinha acabado de acontecer. Normalmente ele estava sempre confortável na presença de clientes, mas este em especial mexera consigo.

Abana a cabeça afastando os pensamentos inoportunos e agarra em flores verdes e azuis começando a fazer outra coroa na tentativa de se distrair.