11. Juntando as Peças

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   Naquela mesma manhã, estava tendo um jogo de futebol no campo de areia da praça da rua Santiago, no meio da multidão distraída com o jogo, Janderson conversava com o seu aliado.

 — Aqui, pagamento adiantado — disse Janderson ao entregar um envelope cheio dinheiro —, pra deixar claro que eu não brinco nos meus negócios, Marreta.

 Depois de conferir o dinheiro com espanto, o homem disse:

 — Ei, mas aqui só tem cinco mil!

 — Vai ter o pagamento completo quando eu tiver a minha aeronave concertada e pronta para voo.

 Marreta, coçou sua barba e disse:

 — Não querendo me intrometer no trabalho de vossa senhoria, mas o que você pretende fazer com aquele Osprey?

 Ele observou Julie — que estava com o braço sobre uma tipoia, Priscilla e Junior lhe observando de um dos bancos da praça, enquanto conversava com Janderson, que lhe fez um sorriso amigável disse-lhe:

 — Nada que deva se preocupar. Vai saber logo.

 Marreta o encarou e disse:

 — Acho bom, garoto. Já basta ter que encobrir os meus negócios, se você for pego, eu não vou encobrir você também.

 — Ah, vai sim. Por que se ninguém descobrir o meu segredo, ninguém vai descobrir o seu, ou melhor, o nosso. — Janderson fez um sorriso malicioso — Sabe o endereço, né?

 — Sei sim.

 — Então, até lá.

 Marreta guardou o dinheiro e se foi, enquanto isso, Julie, Priscilla e Junior foram até ele.

 — Ahm, Marreta. — Janderson o chamou.

 — Procure ficar em casa nos próximos dias. Uma chuva vem vindo aí.

 Com a testa franzida, ele subiu na moto e disse:

 — Tá...

 Nisso, ele ligou a moto e foi embora, Priscilla murmurou:

 — Não acredito que estamos fazendo isso.

 — O quê, minha cara?

 — Fingindo que nada aconteceu. — Junior respondeu.

 — Eu não me esqueci que aqueles cinco invadiram o nosso laboratório, eu só estou cuidando do que é mais importante.

 — Janderson, o meu ombro ainda está doendo muito — disse Julie com o pescoço rígido como se estivesse com torcicolo — E aqueles cinco não só invadiram o nosso laboratório, eles podiam ter nos matado.

 — Também não gosto do que aconteceu. Você foi a que mais se machucou, deveria estar de repouso e estar tomando os antibióticos que eu te dei.

  — Aqueles remédios me deixam mais chapada do que maconha! Eu quero que aqueles pirralhos, paguem por tudo!

 — Eu já lhe prometi, eles vão pagar. Se a minha prima e os amiguinhos dela são tão tapados como eu vi que eles são, não vão durar muito. Vão acabar matando uns aos outros ou a si mesmos. E pode ser, que eles venham a ser úteis em breve.

***

  — Carolina, e você? — Dizia Anna, enquanto pegava uma garrafinha d'água de sua mochila  — Você foi outra que também não sentiu ou viu algo de estranho, em seu corpo.

  — O que você vai fazer? — Perguntou Carolina, confusa.

  — É a sua vez de descobrir os seus poderes.

Feras Noturnas e a Chuva Mutante (Livro Um)Where stories live. Discover now