Naquela mesma manhã, estava tendo um jogo de futebol no campo de areia da praça da rua Santiago, no meio da multidão distraída com o jogo, Janderson conversava com o seu aliado.
— Aqui, pagamento adiantado — disse Janderson ao entregar um envelope cheio dinheiro —, pra deixar claro que eu não brinco nos meus negócios, Marreta.
Depois de conferir o dinheiro com espanto, o homem disse:
— Ei, mas aqui só tem cinco mil!
— Vai ter o pagamento completo quando eu tiver a minha aeronave concertada e pronta para voo.
Marreta, coçou sua barba e disse:
— Não querendo me intrometer no trabalho de vossa senhoria, mas o que você pretende fazer com aquele Osprey?
Ele observou Julie — que estava com o braço sobre uma tipoia, Priscilla e Junior lhe observando de um dos bancos da praça, enquanto conversava com Janderson, que lhe fez um sorriso amigável disse-lhe:
— Nada que deva se preocupar. Vai saber logo.
Marreta o encarou e disse:
— Acho bom, garoto. Já basta ter que encobrir os meus negócios, se você for pego, eu não vou encobrir você também.
— Ah, vai sim. Por que se ninguém descobrir o meu segredo, ninguém vai descobrir o seu, ou melhor, o nosso. — Janderson fez um sorriso malicioso — Sabe o endereço, né?
— Sei sim.
— Então, até lá.
Marreta guardou o dinheiro e se foi, enquanto isso, Julie, Priscilla e Junior foram até ele.
— Ahm, Marreta. — Janderson o chamou.
— Procure ficar em casa nos próximos dias. Uma chuva vem vindo aí.
Com a testa franzida, ele subiu na moto e disse:
— Tá...
Nisso, ele ligou a moto e foi embora, Priscilla murmurou:
— Não acredito que estamos fazendo isso.
— O quê, minha cara?
— Fingindo que nada aconteceu. — Junior respondeu.
— Eu não me esqueci que aqueles cinco invadiram o nosso laboratório, eu só estou cuidando do que é mais importante.
— Janderson, o meu ombro ainda está doendo muito — disse Julie com o pescoço rígido como se estivesse com torcicolo — E aqueles cinco não só invadiram o nosso laboratório, eles podiam ter nos matado.
— Também não gosto do que aconteceu. Você foi a que mais se machucou, deveria estar de repouso e estar tomando os antibióticos que eu te dei.
— Aqueles remédios me deixam mais chapada do que maconha! Eu quero que aqueles pirralhos, paguem por tudo!
— Eu já lhe prometi, eles vão pagar. Se a minha prima e os amiguinhos dela são tão tapados como eu vi que eles são, não vão durar muito. Vão acabar matando uns aos outros ou a si mesmos. E pode ser, que eles venham a ser úteis em breve.
***
— Carolina, e você? — Dizia Anna, enquanto pegava uma garrafinha d'água de sua mochila — Você foi outra que também não sentiu ou viu algo de estranho, em seu corpo.
— O que você vai fazer? — Perguntou Carolina, confusa.
— É a sua vez de descobrir os seus poderes.
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Feras Noturnas e a Chuva Mutante (Livro Um)
Science FictionDennis, Anna, Alice, Pedrinho e Carolina acordam em um laboratório no subterrâneo da casa do misterioso Janderson. Sem memória alguma de como foram parar lá e o que lhes aconteceu, os cinco fogem do laboratório e na manhã seguinte, cada um deles des...