Eu não acredito

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-Ela morreu Helena!-Ele diz rápido demais, acabo não conseguindo enteder, ou talvez eu entendi só não quero acreditar.

-Acho que não entendi direito, fala devagar! -Digo soltando uma risada seca, eu só podia ter ouvido errado.

-Sua amiga Radija morreu!-Ele diz calmo e com a voz baixa.

-Como ela morreu?-Pergunto e começo a chorar, não pode ser verdade, ele se enganou.

-Ela vinha tentando se matar a meses, ninguém percebeu...Um dia meio que perturbada, ela acabou sendo atropelada!

-VOCÊ ESTÁ MENTINDO! -Grito com raiva, enquanto as lágrimas descem.

-Calma eu to com você! -Ele diz.

-DEIXA DE SER MENTIROSO, SAI DAQUI AGORA!

-Para de infantilidade, isso não vai traze-lá de volta!-Ele retruca.

Minhas pernas fraquezam, e eu sinto como se meu mundo estivesse caindo.

Então os braços dele me envolvem, eu tento me voltar enquanto bato nele, mas eu acabo desistindo.

-Não irei te abandonar, eu prometo!-Ele sussurra no meu ouvido.

Abraço ele o mais forte que posso, como se aquilo fosse aliviar minha dor, mas eu sabia que não iria aliviar nada.

Eu estava apenas me enganando, e a única que poderia me ajudar...Não está mais aqui comigo.

...

Decidi não ir ao enterro dela, eu estava muito fragilizada, Maryane se mostrou muito mal também.

Arthur decidiu ir dar um pouco de atenção pra ela, parece que eles tavam namorando...Eu não sei direito.

Seria muito dificil seguir sozinha, e ainda tem a minha doença que nem sei como vou lidar com ela.

Passei a tarde apenas deitada, relembrando alguns momentos juntos com ela, e então lembrei do ano novo...

Naquele dia parecia que tudo daria certo, mas estavamos tão enganadas sobre aquilo, e eu nunca imaginei ter esse fim.

Era difícil aceitar que eu não teria mais ela aqui, pra cuidar de mim como antes, e dizer que está tudo bem, que eu sou infantil...

Nesses últimos dias, estavamos mais afastadas que o normal, e de alguma forma me sinto culpada.

Será que eu sou a culpada da morte dela? Não...Eu não atropelei e matei ela.

Ela morreu por culpa de um irresponsável, que talvez estivesse bêbado, drogado...Não sei.

Agora eu não tenho mais nenhuma amiga, mas eu tenho que ser forte por ela e por mim, só que eu vou morrer...

Estou tão confusa, já não sei o que ira ser de mim...Eu não tenho outra alternativa.

Talvez agora seja a hora de uma nova vida, longe de todos que amo, acho que é hora de procurar a família do meu pai...

Minha avó paterna, sempre quis que eu morasse com ela...Eu nunca aceitei e pensei que nunca aceitaria, mas acho que agora eu não posso pensar apenas em mim.

Vou fazer isso pelas pessoas que eu realmente amo, eles não podem carregar um fardo como eu, e eu sou a única que pode ajuda-los a se livrar de mim.

Acho que agora é decisivo, eu vou ir morar com a mãe do meu pai.

Consequências de um suicídioDär berättelser lever. Upptäck nu