A consulta

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Poucos dias se passaram dês que Nik e eu nos entendemos. Tenho estado super feliz com tudo exceto a parte do trabalho depois de ter tentado voltar para ajudar as pessoas dos bastidores levei um autêntico sermão por parte dos rapazes, pelos vistos o médico disse que eu não poderia fazer muitos esforços, por isso fui proibida de fazer o que quer que seja. Ontem contei aos rapazes que iria ter uma consulta para ver como estava o bebé, todos eles quiseram ir por isso fiquei mais animada que nunca. Estamos a meia hora nesta sala escaldante à espera eu não consigo parar de suar, e graças ao calor já vomitei três vez. Neste momento estou sentada no colo de Nik a beber um refrigerante que Jordan me tinha ido buscar enquanto Jessé me abana com uma das revistas do consultório.
- Deve estar quase na tua vez.- Nik tenta acalmar-me.
- Sim.- digo eu.
Mais quinze minutos se passaram até que finalmente fui chamada para o consultório.
- Boa tarde, eu sou a doutora Mariana.- ela apresenta-se quando entra na sala mas fica com os olhos arregalados ao ver tanta gente.
- Olá eu sou a Ellisa.- depois de me apresentar, todos os outros fazem o mesmo.
- Muito bem aqui diz que está grávida de seis meses e meio.- ela diz enquanto passa os olhos pelo meu boletim de grávida.
- Sim.- afirmo.
- Ok, então venha se deitar aqui, por favor.- sigo na direção da maca e deito-me.
- Pode levantar a camisola.- depois de ela preparar todos os aparelhos vira-se para nós.
- Vamos ouvir primeiro o coração do bebé e depois iremos ver as imagens.- depois de algum tempo a sala enche-se com o barulho do coração do meu bebé.
- Aqui pelo que vejo está tudo bem por isso vamos passar as próximas imagens.- ela continua a passar o aparelho pela minha barriga até que encontra uma posição em que esteja satisfeita.
- Aqui podemos ver os pés.- diz ela, depois de ela retirar todas as medidas e algumas fotos passa para a parte de cima.
- E aqui temos a cara e as mãozinhas dela.- ela aponta na direção do ecrã. Ver a minha menina deixa-me muito feliz, viro a cara para ver o que os rapazes estão a achar de tudo e reparo que estão todos com lágrimas nos olhos. Quem diria que ficaram tão emocionados. Depois de mais algumas imagens e fotos estamos praticamente despachados.
- Bem pelo que vejo está tudo bem.- a cara dela demonstra que não está a contar tudo isso começa a deixar-me preocupada.
- O que se passa?- pergunto assusta.
- Bem, pelo que vi a sua bebé já deu a volta e desceu até que ficou completamente encaixada.- não consegui-o perceber o que ela me está a dizer.
- O que isso quer dizer?- digo eu um pouco mais alto do que o necessário.
- Significa que o bebé pode nascer a qualquer momento.- esclarece ela.
- Mas ainda faltam três meses!- digo eu começando a chorar.
- Você já começou a sentir contrações?- diz ela calmamente.
- Sim mas eu pensei que fosse normal.- Nik passa o braço sobre o meu ombro e encosta a minha cabeça ao seu peito.
- Por favor, preciso que se acalme. Neste momento não lhe faz bem sofrer grande emoções.
- Como é que você quer que eu fique depois de me dizer que a minha bebé pode nascer a qualquer momento.- digo eu irritada.
- Calma.- sussurra-me Nik ao ouvido.
- Desculpe.- digo eu para a médica.
- Não se preocupe, não é uma notícia muito fácil de dirigir.- diz ela.- Bem nós vamos fazer todos os possíveis para tentar manter o bebé pelo menos até aos oito meses. Vou receitar uns comprimidos para as contrações que tem de tomar duas vezes ao dia, e vai ter de ficar em repouso o mais que poder, sem fazer grandes esforços, porque qualquer coisa que faça pode resultar no rompimento da bolsa.- ela continua a explicar tudo o que eu devo e não devo fazer, são mais as que não devo das que devo mas pronto.
Depois de ela me entregar a caixa de comprimidos que dá para um mês nós saímos. O caminho todo até ao carro fui em silêncio, isto é muito para eu conseguir dirigir de um momento para o outro. Quando entramos no carro Nik e Jessé sentam-se comigo na parte de trás do jipe enquanto Drake e Jordan vão na frente.
- Vai correr tudo bem.- diz Jessé enquanto me dá um beijo na cabeça.
- Espero que sim...- digo.

Amor ao limiteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora