CAPÍTULO - 11

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- Parados, os dois! – Daniel gritou derrubando a frágil porta de madeira do local. O ar estava parado, nenhum barulho se ouvia a não ser os soluços de Humberto. Betão e Rômulo se olharam, espalmaram as mãos em sinal de rendição, os dois sabiam o que fazer naquela situação, mas era muito perigoso agir contra um homem armado. – O que vocês estão fazendo com o Sampaio aqui! – Perguntou.

- O que ele pediu, ele queria que mais um cara fodesse ele! – Rômulo começou a jogar – Ele queria virar a nossa puta! – Deu um passo imperceptível e quando notou que Daniel não havia percebido, provavelmente motivado pelo excesso de nervosismo, ele deu mais um.

- Isso é mentira, ele não é assim! – Daniel falou tentando entender aquilo tudo, olhava para o rosto lavado em lágrimas de Sampaio e sua negativa constante.

- Ele me contou de caso de vocês... – Rômulo recomeçou, Beto começou a se aproximar de Humberto, ele estava armado, mas não podia fazer nenhum movimento brusco, afinal Rômulo estava na linha de tiro de Daniel.

- Não era um caso – Daniel se defendeu.

- Talvez não fosse pra você! – Rômulo sibilou.

- Tu acha que essa é a melhor forma de confrontar um homem armado? – Desafiou e Rômulo engoliu em seco.

- Olha aqui, tu quer participa da festinha a cadelinha aguenta... – O disparo foi desviado para a esquerda do rapaz.

- Larga a arma! – Beto falou apontando uma arma pra cabeça de Humberto que agora chorava desesperado.

- Tu que lar...

- Larga o caralho dessa arma, eu não me importo se tu matar esse aí – Mentiu apontando pra o Rômulo – Mas tu sabe que eu consigo matar esse velho aqui e ainda te matar, então larga esse caralho que eu te entrego o velho! – Daniel o olhou impressionado, sabia que o rapaz a sua frente era muito habilidoso e que poderia rapidamente acabar com toda aquela festa mesmo de mãos vazias, tendo uma arma então.

- Tudo bem, eu vou... – Quando ele abaixou a arma, foi atingido em cheio no ombro esquerdo, caiu no chão e a arma deslizou até os pés de Beto.

- Amarra o mané aí! – Beto falou pra o Rômulo.

- Nós vamos é matar esse doido!

- Fica na tua, te segura aí parça! – Beto apontou a arma pra o Rômulo.

- Tá doido Beto, tô do teu lado! – Rômulo se assustou com aquele movimento.

- Não, tu tá do lado da tua vingança! – Beto falou acusador.

- É tua também! – Rômulo acusou.

- É, mas tu tá pirando cara, depois dele e do meu avô, tu vai querer matar quem? – Beto se descuidou e viu quando Daniel tentava alcançar a arma. - Te aquieta ai! – Apontou a arma pra ele, Rômulo olhava com raiva e sem compreender aquilo tudo.

- Tu tá querendo ficar do lado deles? – Nesse momento ele assumiu uma postura agressiva.

- Eu tô do teu lado, mas eu preciso que você faça o mesmo!

- Eu tô do teu lado, Beto! – Falou com raiva.

- Não, tu tá do lado da tua vingança! – Beto o acusou.

- Caralho cara, vamos matar esses dois e vazar!

- Pega, a arma tá aqui – Beto chutou a arma de Daniel nos pés de Rômulo – Mata o coroa, mata o capacho ali e depois explica essa caralhada toda pra Sarah! – Falou gritando e Rômulo se assustou com a menção à moça.

Adestrando Betão - Uma FanFictionWhere stories live. Discover now