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Enzo

Chegamos a praia de Miami Beach e conseguimos nos livrar das Mênades em um posto de abastecimento.

Escapamos por uma janela e corremos 20 minutos até ter certeza que elas não viriam até nós.

- Será que elas ficarão com raiva? - Isaac disse secando o suor do rosto.

- provavelmente, só espero que não venham atrás de vingança - falei.

O sol batia forte em nossas nucas enquanto caminhávamos vagarosamente pelo pier.

- e agora? - disse zac .

- não podemos ir até minha irmã, vamos até as cavernas então - falei e voltamos a andar.

Chegamos ao ponto do píer onde iríamos nos encontrar com Mia.

Descemos as escadas e caminhamos perto do mar, em busca de algum local onde tia carol e os Outros estivessem.

- Estou preocupado com a Mia - Zac falou meio de repente.

Evitei encara lo.

- ela está bem, ela é durona, sabe se virar - falei tentando consolá lo - e também, tem o Scott.

- Ele é uma das minhas preocupações, Mia não se dá muito com ele - Disse Zac, não acreditei que Mia tivesse algum problema com o Scott.

Pelo pouco tempo que nos encontramos com ele, Mia já estava caidinha e ele só se exibia.

- Se você acha - falei para não contrariar.

Após 10 minutos andando sem destino, resolvemos entrar em uma lanchonete.

O ar frio dentro do pequeno recinto fez maravilhosas após andar tanto.

Sentamos em uma mesa perto ao ar condicionado e esperamos o atendimento.

Isaac me encarava, ele estava vermelho e suado. Sua respiração era vagarosa.

Eu ri.

- você está parecendo esses vendedores ambulantes - falei e ele olhou seu reflexo no vidro escuro.

- o problema é você, - disse ele me mandando olhar o reflexo - Você está levemente bronzeado, como se sempre ficasse ao sol.

- vai ver que é um bônus de ser filho de Apolo. - ele riu do meu comentário.

Eu vi que era verdade, nem suando eu estava, não tanto quanto zac.

- Posso ajuda los ? - disse uma voz feminina.

A garçonete que nos atendeu tinha olhos verdes e cabelos escuros traçados até a cintura, usava um daqueles uniformes vermelhos e do bolso do avental retirou um bloquinho.

- ah... Dois Hambúrgueres e refri por favor. - falei e ela sorriu e se retirou.

Ela era bem bonita e de um jeito simples, elegante.

- Enzo, eu tenho alguma chance com a Mia? - Isaac falou de repente, foi tão de repente que engoli meu refri pelo nariz.

- hã.. - eu não sabia o que dizer. Provavelmente, a dois meses falaria que até uma porta teria chances com a Mia, mas após sua desilusão amorosa no acampamento percebi que ela estava mais quieta, até o Scott.

- eu não sei cara, de verdade - falei e ele só abaixou a cabeça e voltou para seu lanche.

- não dá para disputar com o Scott - disse ele deprimido.

- eu não diria isso, mas sei lá, é a Mia. Ela sabe ser bem, irritante. - falei tentando esfriar o clima - aposto que se você ignora se ela, ela correria atrás de você.

Isaac riu daquilo e parecia mais relaxado.

- você me ajudaria? - disse ele novamente, de repente.

- não vou prometer nada - falei pensando no que esse tempo sozinhos Scott e Mia já tinham se tornado, ou feito.

- você é um bom amigo - Disse ele sorrindo.

Aquilo me deixou intimamente feliz, mas com receio de ver - lo com o coração partido.

- vou pagar a conta e perguntar a garçonete se ela conhece algum local com cavernas ou coisa do tipo. - falei me levantando e indo até a garçonete que estava na caixa registradora.

Ela sorriu ao me ver se aproximar exibindo suas sardas sobre o nariz .

- Bom fim de tarde para você e espero que tenha gostado - ela disse recebendo meu dinheiro.

- foi bem agradável - falei sem jeito já que ela me encarava com seus grandes olhos verdes. - você sabe de um local com hm.. sei lá, cavernas?

Ela levantou as sobrancelhas e respondeu:

- não sei de cavernas por esse litoral, o que você procura?

- Uma pessoa - falei mexendo os dedos. - obrigado mesmo assim.

- de nada. - ela disse e eu me virei.

- ei ! Só uma dica : tente a construção do novo parque aquático, é um lugar para começar.

- hmm, ok.

- fica a mais ou menos 10 minutos andando.

- obrigado - falei e ela se aproximou.

- qualquer coisa me ligue - ela disse entregando um cartão com um número rabiscado.

Ela piscou para mim e saiu para atender os novos clientes que haviam entrado.

Saí da lanchonete para o ar quente, Isaac me esperava. Fui em sua direção com o cartão do número dela fechado em minha mão.

Após seu número tinha seu nome: Lex.

- Já temos um lugar para começar a procurar. - falei e disse o que havia conversado com Lex, a garçonete.

- Vamos lá hoje? Só dá uma olhada ? - falou ele e eu concordei.

[...]

Andamos cerca de 7 minutos quando vi o esqueleto de um toboágua, resolvemos nos aproximar cautelosamente, já que não havia movimento nenhum.

Demos a volta em busca de uma passagem no muro improvisado quando vimos o primeiro sinal de algo errado.

Achei um buraco no muro e dei uma espiada, havia uma cabana e movimentos dentro dela. Em uma placa tinha " donuts monstro !" Após mostrar Isaac, ele me olha com uma cara de dizia tudo : nada bom.

De repente a porta se abre, e um trabalhador da obra sai, por efeito da névoa não conseguia ver seu rosto, mas era alto e andava com as costas curvadas.

- Valter, vem cá ! - chamou ele e mais um trabalhador apareceu, esse era mais baixo e gordo.

- sente esse cheiro?

- sim, semideuses..

Meu corpo gelou, senti Isaac puxar minha manga. Corremos de volta ao píer que tinha menos movimento agora no fim da tarde.

- Será que eles estão lá? - disse Isaac sério.

- eu não sei - falei me sentindo estranho, meus instintos diziam que tinha algo ali - mas tem monstros e tem problemas, temos que ir a fundo e ter certeza que minha tia não está lá.

Deixem seus votos seus lindos 💗

Os Filhos De ApoloOnde as histórias ganham vida. Descobre agora