E se dean winchester nunca tivesse sido um caçador? E se ele tivesse uma vida normal em uma escola normal com gente normal?
Essa foi minha sorte. Meu nome é Blair Roosemore e sou uma garota um tanto persistente e difícil. Achei que meu ano escolar s...
Me sentia em um dos filmes policiais que tanto adorava. Mas não estava no lugar do policial badass, que prendia os maiores vilões. No caso agora eu que era o vilão, que ia apodrecer na cela pelo resto da vida. Isso é se nenhum prisioneiro gigantesco me matasse antes.
A cela fedia a esgoto e suor. O macacão que usava ja começou a incomodar, mas a roupa refletia quem eu era: todos os outros prisioneiros usavam a mesma roupa,que mostrava como todos nós éramos monstros e não merecíamos viver naquela sociedade. Não havia visto minha mãe nem meu irmão desde que fiquei preso atrás das grades. Eles disseram que era para esperar por volta de uma semana antes que eu fizesse minha primeira ligação, ou que eu recebesse qualquer visita. Estar em uma penitenciaria era horrível.
O pior de tudo era não ter notícias de Blair. Não falava com ela faz muito tempo.......não aguentava isso. Precisava saber como ela estava...e se achava que eu era culpado. Saber que ela estava nas mãos daquela mãe terrível dela me dava mais desconforto. Ando refletindo bem mais do que o normal,já que é praticamente a única coisa que faço aqui. O pessoal é mais medonho do que eu achava que fosse,mas óbvio,isso é só pra pagaram de corajosos. Ninguém aguenta ficar preso. A comida não é nem boa. Fui eu que escolhi isso. Não queria ver minha familia inteira no meu lugar. E falando na familia....nenhum sinal de meu pai. Ele ainda parece não querer saber de mim, ou apenas ignora o fato que eu estou na prisão.
Blair P.O.V.
Ja havia virado costume comer no quarto. Não saia de la como costumava.Voltei a estaca zero: sem contato social com ninguém; mandando trabalho escolar por email aos professores, ja que não ia pra escola. Minha mãe também, de repente, parecia mais distante que antes. Ela nem insistia pra que eu saísse do quarto pra ir em uma das festinhas ricas que ela tanto gostava. Bom,eu devia estar agradecendo por isso. Alice,como sempre preocupada, tentava fazer minhas comidas favoritas, e de vez em quando arrancava um sorriso de meu rosto, mas era basicamente isso que acontecia em meus dias isolada.
Na manhã de domingo, fui surpreendida com um bater diferente na porta. Na hora eu ja sabia quem era: Cassie. O toque era inspirado em Doctor Who, sendo 4 batidas em seguida. Não fazíamos aquilo desde que...desde que morávamos na Itália. Sentia falta dela. Me distanciei muito nesses ultimos meses....mesmo sendo completamente sem querer. Mas eu sabia que ela entendia. Bom,esperava isso pelo menos.
respirei fundo, arrumando o macacão simples que usava,e fui abrir a porta. A abraçei e uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto. Eu precisava de um abraço amigo,companheiro. Só ela e Dean sabiam dar aquele abraço.
-Eu....precisava conversar-ela disse,depois de nos separarmos
Abri espaço para ela entrar,e fechei a porta atrás dela. Me sentei na cama, tentando me aconchegar
-O que precisava falara?-perguntei curiosa
ela fechou os olhos,parecendo que ia chorar. Ah não......mais tragédias estão por vir..
-Eu.... eu bisbilhotei os arquivos do hospital- ela começou,e já me surpreendeu de cara-Eu....eu ouvi sua mãe falando no telefone sobre algo....algo preocupante. Achava que ela estava escondendo algo de voce...
-Pera. Minha mãe?-perguntei,ainda raciocinando
-É......Bom...eu consegui a ficha.....mas eu não sabia que era algo tão....
-FALA LOGO-disse com pressa. Odiava suspense
Ela respirou fundo mais uma vez, nem um pouco brava pelo meu grito, e tirou o arquivo da mochila e me entregou. Abri oenvelope e tirei várias fichas de lá. Não entendia muito a letra do médico,mas logo fui passando para outros arquivos,quando achei a foto que surpreendeu tanto Cassie. Fiquei a encarando por um tempo e a virei para ver de vários angulos,mesmo sabendo exatamente o que era.
-.....- nada saia da minha boca-E esse vermelho significa.....
-Eu...eu sinto muito, Blair..-sua voz estava tremula. Ela se levantou da cadeira e me abraçou novamente, mas agora podia sentir seu choro em meu ombro. Eu, pelo contrário, não chorava. Estava em choque.
Dean P.O.V.
Encarava o teto do beliche velho e sujo da cela. Estava deitado lá fazia uma hora. Não aguentava ficar parado em um cubículo como aquele, sem nada para fazer. Isso foi até o guarda ranzinza que tomava conta do corredor ir me chamar.
-Winchester, tem visita.- ele falou com sua voz grossa meio amedrontadora.
Depois de vestir as algemas(que apertavam pra caramba), o guarda me guiou para a ala que ainda não havia ido desde que cheguei na prisão. Havia uma fileira de bancadas com telefones ligados a uma parede de vidro. Já havia visto em vários filmes,mas pelo ponto de vista do prisioneiro era uma coisa totalmente diferente.
Ele me indicou uma das bancadas,e me sentei virado para o vidro. Foi aí que vi Blair. Ela conseguia se manter linda em qualquer que fosse a ocasião. Peguei o telefone,e ela fez o mesmo.
-é tão bom te ver.....-sorri,aliviado. A prisão não de repente não estava tão ruim...
-Dean....eu vim falar de algo sério. Acho que voce devia saber-ela mantinha a expressão séria no rosto
o sorriso de meu rosto desapareceu, e uma expressão curiosa e confusa tomou conta.Ela apenas passou um envelope pelo vão do vidro, e abaixou a cabeça, parecendo constrangida e triste.Segurei os papéis e não entendia porque era tão importante. Folheei até chegar na última folha. Era um ultrassom. Havia um carimbo grande vermelho marcando um X na foto.Olhei pra ela como se esperass uma explicação. Ela levantou a cabeça, já com a maquiagem borrada.
-Eu estava grávida.......mas o neném não sobreviveu.
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