O Filho Do Meu Padrasto

Capítulo 94

~*Não desista só porque está difícil, as melhores coisas levam tempo, outras, o tempo leva.*~

   Ela ficou encarando meu pai subir as escadas, bocejei e prendi o cabelo em um coque frouxo:

Megan - Me desculpe, eu estava distraída.

Lyssa - É, percebi.

  A menina ficou vermelha igual a um pimentão:

Lyssa - Vamos, vou te mostrar a casa.

  Fiz sinal pra ela me seguir:

Lyssa - Como você já deve ter percebido, aqui é a sala de estar, aqui é a sala de jantar e cozinha.

  Apontei pros cômodos:

Lyssa - Aqui em baixo nós temos um banheiro, que fica perto da escada, a porta que leva à área de serviço.

  Subi as escadas:

Lyssa - Aqui é o quarto do meu pai, esse é o quarto de hóspedes, aqui é mais um banheiro, esse cômodo tá vazio, o meu quarto é esse, e por fim, o da Mel.

  Ela olhava admirada:

Megan - Sua casa é muito bonita.

Lyssa - Obrigada, e suponho que esse seja o seu.

  Abri uma porta branca no corredor:

Megan - Está ótimo.

   Ele era em um leve tom de azul, uma cama box de solteiro no meio do cômodo, um tapete creme e um criado mudo com abajur do lado da cama:

Lyssa - Ela não dá muito trabalho, pode ficar tranquila.

  Sorri tentando ser simpática:

Megan - Está bem.

   Sorriu de volta, descemos as escadas, bati na porta do escritório do meu pai, que respondeu com uma voz rígida e firme:

Carlos - Entre.

  Abri:

Lyssa - Já mostrei a casa pra ela.

  Ele assentiu:

Lyssa - Tchau.

Megan - Até amanhã.

  Acenei e saí, caminhei até a cozinha, abri uma porta do armário, peguei um pacote de miojo, uma panela, depois de pronto, me sentei no sofá, liguei a Tv e fui assistir Supernatural.

  Alguém bateu na porta:

Lyssa - Quem é?

  Falei de boca cheia, não tive resposta, então bufei, coloquei o prato na mesa de centro, e a pessoa bateu mais uma vez:

Lyssa - Já vai.

  Resmunguei, abri a porta e me escorei:

Lyssa - Minha casa não oferece os tipos de serviços que você procura.

  Sorri sem mostrar os dentes e cruzei os braços:

Matth - Não começa, eu só quero conversar.

Lyssa - E eu quero que você me dê dois motivos pra não fechar essa porta na sua cara.

Matth - Um, nós somos amigos, e amigos não fazem isso, Dois, eu te devo explicações.

  Ergueu dois dedos, revirei os olhos e abri passagem:

Matth - Vamos lá então.

  Se sentou no sofá, apoiou os cotovelos nas pernas e me encarou, peguei o prato e me sentei na poltrona: