Resposta

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      Uma semana depois do envio da carta, recebi um sms da Eliza, antes de dizer o que havia no sms, vou dizer mais ou menos o que escrevi na carta.

      No inicio me apresentei, depois eu falei que a vi algumas vezes no café em frente a minha casa, depois falei que achei interessante o fato de cada semana ela estar lendo um livro diferente e que isso me deixou algumas perguntas, coisas como: ela faz isso por diversão ou trabalho? Desde quando ela lê tanto assim? Será que ela poderia ler algo que escrevi?
Por fim deixei meu número de contato, endereço e um pedido de desculpas junto com a história como anexo.
O sms:

       “oi Caio, achei esse acontecimento
algo interessante, meio assustador,
mas interessante. Gosto de cartas. Deixo vc mandar um sms, mas só um kkkk. Brincadeira.”

       Meu coração disparou na hora que li, fiquei alegre, mas preocupado, o que eu vou falar? Meu Deus, o que eu vou dizer para ela? Ela me achou assustador? Claro, quem em sã consciência faz o que fiz?

       Me dei ao luxo de pensar no que fazer, passei o dia todo pensando nisso, e isso me faz lembrar que não contei o que faço para sobreviver, eu escrevo, mas não publiquei nada ainda, me sustento com meu emprego em uma livraria.

      Gosto desse emprego, não ganho muito, mas estou em contato com livros e isso ajuda bastante na produção da minha obra, estou escrevendo um livro... Isso, é isso o que devo escrever no sms, vou falar sobre meu trabalho e sobre o que eu quero fazer da vida futuramente, ah, tem meu blog, posto contos e crônicas, não posto frequentemente e esse é o motivo para poucos seguidores.

      Quando a noite chega eu envio o sms, um pensamento me vem subitamente “ela vai me responder agora?”.

        Praticamente fico olhando o celular durante toda a noite e nada acontece, ela não respondeu...
No dia seguinte durmo até tarde, é feriado e não tenho nada melhor para fazer, o que pretendo fazer é ler e escrever, apenas isso. Vou ao banhei, tomo um banho e vou até o café onde a encontrei, é um lugar legal, mas era melhor com a presença dela. Volto para minha casa e percebo que recebi uma mensagem, me pergunto como fui capaz de deixar o celular em casa, sendo que ela poderia me responder, e respondeu.

     “Cheguei tarde em casa, festa de uma amiga. Passei boa parte da madrugada lendo alguns de seus contos. Espero que termine seu livro, quero ser a primeira a ler, bjos.
      P.S.: vamos marcar uma videoconferência?”.

     Não preciso dizer que estou feliz. Imensamente feliz.

Prenda minhaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora