Prólogo

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Poderia dizer que a vida nunca foi fácil na fazenda, porém, também não é em New York, a cidade maravilhosa. Estava completamente confusa, primeiro peguei o trem errado, assim que consegui me achar e chegar finalmente a Upper West Side, fiquei completamente perdida por aonde ia. Era meu primeiro dia na New York City Ballet, finalmente estava seguindo meu sonho. Com o mapa na mão, o vento forte do começo de janeiro me deixou ainda mais nervosa e confusa.

Segui minha intuição e finalmente cheguei. Apertei o mapa, amassando o papel, essa era a hora. Hora de Eve brilhar.

Assim que dei um passo na direção da escola senti um choque lateral, meu corpo bateu no chão não com muita força. Assim que sentei no chão sujo, notei o homem todo suado me olhando.

— Você está bem? — perguntou o homem, dono de lindos olhos azuis.

— Não, acabei de ser atropelada por uma montanha. Você não olha por onde nada. — me lEventei e aprecei para pegar minhas coisas espalhadas pela calçada.

— Você é a única parada na faixa de ciclista. — foi neste momento que reparei na faixa vermelha. O homem fechou a cara, ao redor dos seus olhos, havia linhas de expressão, poderia dizer que ele era mais velho. Daria-lhe uns 30 e tantos, mas não deixava de ser lindo. Seu cabelo era de uma cor bem escura. Estava vestindo um moletom escuro. Depois de muito tempo, percebi que estava encarando ele. Recolhi tudo e me afastei.

— Não via, porém não é motivo de me derrubar, poderia ter quebrado minha perna e ai eu estaria acabada. — olhou para minha meu Collant rosa, vestia uma calça de malha fina. Meu cabelo loiro estava preso em um coque bem apertado, com uma laço da mesma cor que o Collant. O fato de a cor rosa ser a minha preferida estava bem explicito. Tudo meu era rosa, eu adorava tudo neste tom.

— Bailarina? — acenei com a cabeça.

— Sim, super atrasada também. — ele estende a sua mão, percebi suas unhas bens cuidadas, limpas e cortadas. Ao entrelaçar nossas mãos, sinto sua mão áspera, como um cara que já trabalhou duro na vida.

— Prazer, sou Adam, Adam Kannenberg.

— Eve, Eve Jones. — ficamos algum tempo apenas olhando um para o outro, era como se só tivéssemos nos. Não entendi o motivo daquele sentimento, conheci ele há poucos minutos e parecia que era como a vida toda. Um sentimento que só tenho quando estou dançando. Afastamo-nos, quando vem outra bicicleta, o cara grita para sairmos da frente. Ele me puxa para fora da faixa e solta minha mão.

— Bom, já são oito e dez, acho que está muito atrasada. — abri minha boca surpresa, estava atrasado o suficiente para não me deixarem entrar.

Apanhei tudo e sai correndo, no meio do caminho me virei e pedi obrigada.

Até o momento a dança foi tudo na minha vida, porém algo poderia se tornar mais que a dança, algo que nunca experimente. Entrei no prédio com o coração na mão, me perguntando quando poderia vê-lo novamente.

Decidi colocar o Prologo antes do dia 20, porém ainda terá lançamento neste dia. 

Sexualidade CondenadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora