Capítulo 1

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Finalmente a primavera tinha chegado, faz alguns meses que estava em New York. Tinha um única amiga, Nayara. Ela também ficou com o papel de princesa Aurora, na Bela Adormecido e para meu total desgosto fiquei com o papel de bruxa má. Porém, não fiquei com inveja, estava feliz por ela, uma grande bailarina e também minha colega de quarto. Nosso apartamento era bem longe da cede da companhia. Mais facilitava o uso de trem, ela era uma pessoa incrível e logo nos tornamos muito amigas.

Estava saindo do meu trabalho como garçonete de um pub, não muito longe da Companhia. Guardei meu celular no bolso e quando ia sair, reparei no cara que vi no meu primeiro dia.

Adam.

Esse era seu nome, porém não me lembro seu sobrenome. Ele estava com a barba grande, mas não poderia deixar de me lembrar daqueles olhos. Azuis como o céu. Tentei não babar em cima dele, o mesmo se virou e entrou meu olhar. Desviei o olhar, corando constrangida.

Adam se aproximou de mim e eu quase voei de meus pés

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Adam se aproximou de mim e eu quase voei de meus pés. Tinha sido pega o observando.

— Bailarina, como vai? — de primeiro pensei em reclamar pelo meu novo apelido, mas deixai de lado.

— Bem e você, corredor? — ele deu um longo sorriso, seus dentes alinhas é perfeitamente brancos.

— Melhor agora. — deu um piscada e eu cortei milhares de vezes a mais.

— Corta essa, não caio nisso.

— Tem razão, você só cai em cima de mim. — mais uma piscava, tentei me afastar, até ouvir sua voz me chamando. — Quando podemos tomar um café?

— Deixa eu ver... — fingi pensar e então respondi: — Quando eu me torna a papa, quem sabe!

Ela mexeu no seu bolso e tirou um cartão.

— Não seja rude, bailarina. Pegue o meu cartão e ligue se precisar, marque um encontro. — foi a primeira vez que percebi um fundo de sotaque sulista, do Texas para ser exata. Reparei também que ele havia calçado botinas, de couro de jacaré com seu terno.

— Um encontro com você? — fiz cara de deboche.

— É claro, te garanto que vai adorar. Principalmente quando eu " cair" em cima de você, Bailarina. — peguei seu cartão e me afastei, nervosa com toda sua arrogância.

Eu vivi a vida toda em uma fazenda, mamãe e papai são religiosos ao extremo, mesmo nossa família sendo muito rica, não esbanjávamos. Por isso trabalhava, papão não me daria um tostão, pois fugi de casa para não casar com um cara da igreja.

Ele era bonito, agradável e gentil ao primeiro olhar. Quando conheci ele mais de perto descobri o verdadeiro monstro. Saímos algumas vezes, em uma delas ele me contou com detalhes o que faria comigo quando nos casarmos e nada era bom, segundo ele. Eu seria surrada todo dia, pois era feia demais para ele. Ninguém me queria, contou que nosso casamento seria consumado de luzes apagadas, pois não conseguiria chegar ao êxtase olhando para mim.

Muito magra. Olhos muito grandes. Desengonçada.

Alguns termos que ele me classificou, aliás, seu nome era Ângelo. E ele prometia fazer minha vida um inferno.

Fugi o mais rápido que pude, seria Condenada a um casamento a força, não pediria o divórcio, pois ninguém me ajudaria. Era como se tivesse vivendo nos anos medievais. Mamãe e papai me mandaram vários e-mail de ódio. Onde sou deserdada e excluída da família, pecadora.

Creio na palavra de Deus, para falar a verdade não era muito religiosa. Pois sempre acreditei que não deveria ser obrigada a gostar de Deus ou Jesus. Eu acreditava no Senhor, entretanto não precisava ficar 24 horas sobre deus. Aonde um garota de 18 anos nunca foi beijada? Não hoje em dia, eu queria esperar até o casamento, mas não queria ser uma puritana total.

Como agradaria meu marido se não saberia fazer nada?

Impossível, ele logo me trocaria por outra. Como aconteceu com uma menina na minha igreja, casou-se com um pretendente escolhido pelo pai, ficaram alguns anos juntos e ela não engravidou, ele a traiu com um moça amiga Dela e a engravidou. Agora ela cuida do "bastardo" e continua infeliz no casamento.

Eu estava mais do que feliz em fugir do Angelo. Tinha uma boa impressão sobre ele, então descobri a verdade é só me forçou a fugir.

Adoro New York, tudo é tão bom aqui. Gostava do tempo louco, do transito e da rapidez das pessoas. Visitei vários pontos turísticos, era como se tivesse mudado de pais e não de estado e cidade.

No Texas, tudo era bom. Churrasco, cavalos e sol quente.

Em New York, era tudo corrido, transito, ar poluído e às vezes gelo.

Passei meu último natal com a família e com o coração na mão, sabia o que aconteceria no início de fevereiro. Fiquei arrasada pela minha mãe não entender meu sonho, brilhar fora da minha cidade. Me Casar por amor.

Brilhar na companhia tão renomeada quanto essa. Mas tudo estava escorregando de minhas mãos, não tinha o papado principal e trabalhava que nem Condenada. Mas não desistiria do meu sonho.

Brilhar como uma estrela.

Não pensaria em homens e isso significa sem Adam. Apertei o cartão na minha mão e respirei fundo, cretino. O vi duas vezes e Ainda sim me afetou. Como nenhum outro fez, ele era arrogante, prepotente e vulgar demais. Tudo que tenho que ficar longe, já não estava de boa com minha família, me entregar pra um homem como ele, papai me mataria.

Sujar o nomes dos Jones, impossível...

Cheguei no apartamento a porta estava fechada, chamei o nome da minha colega de quarto e não ouve resposta.

Assim que cheguei na cozinha quase cai pra trás. Nayara estava caída no chão ao redor de uma poça de sangue, uma faca cravado em seu pescoço.

Ela estava viva, podia ver seus olhos se mexendo.

— Oh meu Deus. — me aproximei e puxei a faca em um ato desesperado, foi então que todo o sangue esvaio e ela morreu diante aos meus olhos.

Minhas mãos sujas de sangue, eu a havia matado. Tudo culpa minha... se não tivesse tirado a faca, estava Ainda estaria viva, eu terminei de matá-la.

Corri até o telefone, não havia a quem ligar, então peguei o cartão do Adam, advogado.

Ele poderia me ajudar... Eu espero.

Sexualidade CondenadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora