le cirque de cauchemars

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         E aqui estamos novamente, nessa mesma época do ano, que insiste em se repetir, e nós arrasta com ele. Se você ainda não entendeu, hoje é meu aniversario, por isso eu quero escrever sobre isso, este lugar, que vem passando pela minha mente já a algumas semanas.

( meio que inspirado na obra de Erin Morgenstern " o circo da noite " , leiam, é muito bom, meu preferido, aliais )

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Venha por baixa colina, em meio a escuridão, desça a estrada que foi feita pela grande quantidade de pés que se arrastaram antes dos seus, ouça a música que chega até você, uma cacofonia de sons horríveis, que arranham os ouvidos e ferem a alma, mas mesmo assim te puxam para mais e mais perto. Passe pelas poças de água suja no caminho, molhe-se, arranhe-se, sofra um pouco até chegar lá;

le cirque de cauchemars

O nome escrito em um língua já há muito esquecida . Tendas e tendas se amontoam no espaço confinado, furam o céu com picos pontiagudos, tons de de vermelho escuro como sangue descem pelo tecido, pingando e pingando, luz vem de dentro, não forte, não muita, não o suficiente. A luz da lua brilha pelo caminho, mas até mesmo ela parece estar um pouco louca hoje; Malabaristas estão nos portões, jogando para cima grandes bolas que pingam um estranho liquido pegajoso, pessoas deixam bens na entrada, abaixo dos pés dos malabaristas, então provavelmente é isso que você deve fazer.

Passe pelas sentinelas sinistras, ande até não poder mais, por entre as sujas paredes de tecido, ande pelo chão molhado, olhe para cima e veja estranhos seres se contorcendo em gaiolas, sinta o medo descer por sua coluna preenchendo cada espaço em você, até mesmo seus cabelos . Passe por portas e portais, veja tudo que se há para ver, olhe pras criaturas que se escondem na escuridão, sinta os sentimentos que vem a tona: medo, dor, repulsa, nojo, curiosidade, compaixão.

Chegue ao pátio, veja duas garotas usando brilhantes porém sujas roupas quadriculadas,que dançam com bastões em chamas, seus rostos recobertos por mascaras brancas como gelo, sem expressão, frias.

Talvez esteja com fome, procure por comida em algum lugar, e de trás das sombras sai uma velha senhora segurando uma velha cesta de maçãs " a velha segura a cesta ou a cesta segura a velha ? " pegue uma, morda, sinta o veneno não letal espalhar-se pelo seu corpo, aquecendo e resfriando, impulsionando mais e mais pra frente e para trás, em avalanche de sensações.

E então vocês está em casa, não sabe como chegou, só que chegou, deitado em sua cama o horrores voltam, o medo, a dor, a repulsa e a atração ao mesmo tempo. Tente voltar, não vai conseguir, nunca.

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Isso foi estranho, um pouco ao menos, mas eu deveria escrever isso, sinto como se pudesse escrever durante horas e horas, páginas e páginas, mas não posso, tenho que me contentar a um curto espaço de tempo, pois eu realmente quero escrever isso antes que o meu aniversario acabe, talvez depois eu volte a escrever sobre ele.

Ah, mas como eu queria detalhar mais os horrores, cada um deles. Mas vai ter que ficar pra outro dia.

obrigado

(escrito em 04/03/2015 meu aniversario de 15 anos)

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