Libertação

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Pelos quadros de um vitral

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Pelos quadros de um vitral

Um inseto se batia

Na bela luz que o atraia

De clara tarde invernal.


De tal forma persistia,

Prisioneiro em teimosia,

Lograr total liberdade:


Atrás de si já não via

Uma porta que se abria

Para a amplidão da cidade.


Como o homem tal ocorre,

Em busca de um sonho vão;

Com ilusão, lança-se, corre:

Em anseio quase morre

Sem ver a libertação,

Quando de si aflito foge.


Nota:

Procurava poesia por todo canto: no inseto preso, na chuva que caia, nas estações do ano, nas músicas que ouvia, no canto dos pássaros, sempre a observar e refletir com olhos atentos, em geral secos por fora, mas encantados por dentro. 

VivênciasWhere stories live. Discover now