Fui pra casa e raciocinei a noite inteira, pensando em como chegar ao segundo andar sendo visto o menor número de vezes possível, tenho certeza que se me pegassem eu estaria acabado, pensei na tubulação, mas eu não conhecia a planta do hospital, e não tinha muito tempo, o que fazer? Tive uma ideia, me disfarçaria de morador de rua, subiria pelas escadas até o quarto de Sr. K, era que daria certo? Não sei, só tinha um jeito de saber, tentando. Eu já sabia como mata-lo, levaria comigo uma garrafa de óleo de carro, aqueles pretos que usamos em carros e etc., e aplicaria naquele soro que levava até seu rins.

Então o plano era, entrar no hospital como um mendigo, subir as escadas ignorando tudo e qualquer coisa, entrar no quarto do Sr. K e aplicar o óleo nos rins, assim com certeza ele morreria.

Disfarce, como fazer isso, eu sabia que se não caprichasse eles me achariam, então fiz um disfarce impecável, sair na rua até uma praça e vi um morador de rua, ele era negro, e tinha minha altura mais ou menos, barba branca e um olhar fúnebre, velho. Copiei as vestes, uma jaqueta rasgada preta, um gorro vermelho, e uma bermuda qualquer e uma bota preta, era tudo que vestia, este seria o meu disfarce. Fui pra casa e arrumei roupas iguais ao do morador de rua, neste caso como ele era negro teria que pintar minha pele, ao menos os rosto, pôs o resto estaria encoberto pelas vestes, assim dei início a meu plano.

11/06/1996

São duas da manhã, já pude ver dois carros da polícia rondando o meu bairro, de casa até a o hospital são quinze minutos, ida e volta seriam trinta minutos. Da entrada até a sala do Sr. K eram quatro minutos, precisaria de dois para ver Sr. k sendo morto, então a ação total duraria deis minutos, caso não houvesse interrupção. Meu traje já estava em ordem, teria que sair e chegar até o hospital, passaria por um riacho com uma forte correnteza, este seria meu ponto de partida, era lá que deveria me trocar, e voltar para me livrar das roupas, então fui. O caminho era perigoso, me escondi em arbustos quase que o caminho todo, já que a polícia estava rondando as ruas quase que diretamente. Isso me custou seis minutos a mais na minha cronometragem, então seria de casa ao hospital vinte e um minutos, com a volta de quinze minutos mas um tempo indeterminado. Cheguei no ponto inicial as duas e dezessete da manhã, lá troquei de roupa, escondi minha mochila e peguei o óleo, usei uma barba falsa e uma substancia escura na pele, então continuei com o plano. Cheguei ao hospital sem interrupções as duas e vinte e um, sem problema aparente. Havia algumas pessoas na sala de espera, as recepcionistas estavam ocupadas com eles e nem notaram quando entrei pelo corredor, os seguranças estavam do lado de fora do hospital fortemente armados, não havia um se quer nos corredores, só havia pessoas me olhando com uma expressão de nojo, deve ser isso que os moradores de rua sentem, agora intendo a expressão fúnebre no olhar do cara que plagiei. Eram quatro minutos da entrada até a sala de Sr. K, eu já estava ficando nervoso, calafrios percorriam minha espinha, e um calor sufocante estava me dominando, impedindo que eu respirasse, isso e o que chamo de adrenalina. Chegai na sala de Sr. K as duas e vinte e cinco, Sr. K estava acordado, mas continuava intubado e apenas mexendo os olhos, quando me viu pude ver sua expressão de nervosismo, o que será que ele estava pensando? Rapidamente botei meu plano em pratica, mas antes de tirar o óleo da bolsa, pude ouvir passos do lado de fora da sala, não era possível, será que eles me viram entrando? Estava tudo perdido? Era meu fim. Me escondi rapidamente debaixo da cama do Sr. K enquanto vir entrar uma enfermeira e disse

- está na hora do seu remédio, a algo errado senhor? Seus olhos estão pulando pra fora. Por favor se acalme e tente relaxar, esse remédio e misturado com morfina e te fara pega no sono. – disse ela

Enquanto eu respirava devagar para não ser notado, Sr. K se revirava na cama acima de mim, deveria estar me divertindo, mas a situação não me permitiu. Finalmente ela foi embora, me levantei e pude ver Sr. K já mas tranquilo, tirei a barba e revelei minha identidade, Sr. K ficou surpreso, mas ele estava tão dopado que nem deveria ter me reconhecido. Peguei o óleo e apliquei na bolsa de soro que estava ligada aos rins. Eu e Sr. K apenas assistimos o liquido escuro e grosso desse pelo tubo transparente, eu disse,

-essa e sua morte Sr. K, espero que aproveite pois foi o mais difícil de matar.

Depois de um minuto o óleo já estava na sua circulação sanguínea, pude ver a expressão de dor de Sr. K, pude ver as veias de seu corpo dilatando e sua cara entrar em expressão de dor intensa, pude ver tudo devagar e apreciar o meu trabalho, executado com perfeição, mas teria que ir embora, finalmente ele morreu, levou cinco minutos para ele morrer, mais dois minutos da enfermeira, as duas e trinta e dois saiu da sala de Sr. K, estava indo tudo muito bem, andava no terceiro corredor quando a enfermeira me parou e perguntou

-o que está fazendo aqui? Não deveria estar por aqui, saia agora. – disse enraivecida

Sair do hospital as duas e trinta e sete, levaria mas seis minutos para chegar ao ponto onde me disferia das minhas roupas, deveria chegar as duas e quarenta e três, mas fui surpreendido pela polícia que passava pela rua, meu coração parou por um minuto, elas passaram direto a caminho do hospital, eles já sabiam que alguém tinha matado Sr. K, não tinha mas opção, eu teria que correr até o ponto de encontro, as roupas já estavam marcadas, por sorte chegai com dois minutos de antecedência as duas e quarenta e um me desfiz das roupas, da barba falsa e da substancia que deixava a pele escura, eu só teria que andar mas quinze minutos até em casa depois eu poderia esperar pelo dia de amanhã. A polícia estava por toda a parte, e eu estava atrás de um arbusto há deis minutos esperando a viatura sair de onde estava, finalmente ela saiu, corri para o outro lado e vir o caminho livre até a minha casa, eu só precisava correr. Então eu fui.

Chegai em casa as duas e cinquenta e três, estava tudo bem, a não ser pela minha vó, que me esperava com uma faca na mão, ela disse.

-Derek, você parece animado, parece até que matou alguém, quando subir de um beijo na sua mãe.

-vó, a mamãe morreu, e está na hora de dormir – disse eu assustado

-não me netinho, estou esperando as notícias de hoje – respondeu animada

Fui pra meu quarto e peguei em um longo sono.

o pequeno socioapataWhere stories live. Discover now