Capítulo 8-O erotismo é conceder ao corpo os prestígios do espírito.

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EMMA

Subimos a escada do avião e estamos em uma sala. Os funcionários estão em pé esperando o comando do Sr. Adam e Nicole me ajuda falando o nome e a função de cada funcionário

— São cinco ambientes internos, além uma aérea exclusiva para descanso dos tripulantes e uma Suíte Master —Ela explica.

Andamos mais a frente e saímos em uma sala bem espaçosa. As paredes são um branco perolado, a mesa um marrom conhaque, as poltronas são de couro também marrom conhaque e no canto tem um sofá vermelho.

— A suíte ficará com meus pais, já a gente iremos nos acomodar nos demais espaços, onde há sofás que podem ser abertos e transformados em uma cama de casal. Com exceção da cozinha e banheiro, claro.

Eu exalei uma respiração que continha muitas vogais e balancei a cabeça, completamente abismada com o que o dinheiro era capaz de comprar.

Deus, por que não permitisse que eu chegasse a esse mundo rica?

— Porra, quem disse que dinheiro não traz felicidade mentiu com cabeça enfiada no próprio rabo— Eu disse.

Nicole ri alto, então bate no ombro do
irmão quando ele se aproxima.

— Eu esperei muito por isso. E não imaginava o quão doce seria ao saber que você está ferrado. — Ela disse em meio ao riso.

Eu fiquei esperando por uma resposta dele, mas Nicolas ofereceu nada além de um olhar indeciso apontado para a irmã. Mas foi rápido em se recuperar.

— Vem, vou te mostrar onde ficaremos—Ele me chama.

Entramos no pequeno corredor e Nicolas me guia até o último espaço.
O ambiente é pequeno, sua decoração se resume no preto e branco, com alguns móveis.

— É maravilhoso—Digo respirando fundo para captar o cheiro bom de sândalo que rescende no local.

Deito no sofá e meu maxilar chega a doer de tanto sustentar o sorriso gigante que se estende em meu rosto.
— Que bom que gostou. Mas se quiser dormir no chão, eu não vou me opor. —Brincou.
— Oh, não. Eu preciso acordar amanhã com um humor maravilhoso para aguentar mais um dia ao seu lado. E ter seu corpo enrolando o meu é um ótimo animador de ânimo.— Brinquei sorrindo.

Ele riu também e então, sem que eu percebesse, estávamos gargalhando juntos. Mas, quase ao mesmo tempo, nossa risada diminuiu e eu a flagrei olhando para minha boca.

— Você tem uma boca linda.—Ele disse quase me levando à óbito.
— Você acha? — Eu perguntei, incapaz de esconder a minha surpresa.

Ele estava dando em cima de mim? Eu ia precisar dizer novamente a ele que nós nunca teríamos nada além de uma relação profissional?

— Sim, mas não preocupe essa sua linda cabecinha comigo dando e cima de você, Srta. Bennett. Isso foi apenas um elogio— O sorriso arrogante de merda que se estendeu pelo seu rosto de fez calor inundar minhas bochechas.
— Obrigada. Eu realmente aprecio isso, seu idiota do caralho— Eu rosnei e ele apenas aumentou seu sorriso.
— Sabe, quem não te conhece acha que você é uma pequena flor delicada que qualquer um poderia esmagar. Mas isso é um tremendo engano.
— Ah é ? —Eu sorri falsamente.

Ele assentiu.

— Você é uma coisinha dura quando tem que ser.
— A vida fez isso comigo —Eu respondi antes que pudesse me parar.
— Não é assim para todos?— O tom de suas palavras me surpreendeu.

Eu percebi que, dentro de sua declaração, havia uma visão sobre o seu próprio caráter. Eu não podia deixar de imaginar o que a vida lhe fizera. Mas eu tinha a sensação de que era mais fácil pular desse avião sem paraquedas e sobreviver do que descobrir os segredos de Nicolas Schiller.

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