2- Estuprador Misterioso

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Uma semana depois - Em uma floresta em Calgary - Canadá. 

-Minha cabeça está doendo, onde estou? Quem é você?

-Chiu! - Minha visão estava completamente embaçada e não sentia força em nenhuma parte do meu corpo.

-Socorro! - Eu não conseguia gritar, a sensação que tinha era que estava morrendo.  -Por favor, não faça nada comigo. -O homem misterioso continuava em silêncio. Eu consegui apenas ver duas velas acesas do meu lado direito e uma sombra preta em pé na minha frente, depois de um tempo sem conseguir ver quase nada, minha visão foi voltando aos poucos, então arregalei meus olhos quando vi um homem de braços cruzados sorrindo e parado em minha frente.

-Vamos brincar Amber! - Ele foi dando pequenos passos até mim.

-Por favor, não faça nada comigo, POR FAVOR!

Uma semana antes do ocorrido na floresta.... 

- Já podemos voltar para casa, os policiais vigiaram e vasculharam a casa inteira e não tinha ninguém.

-Mas eles tem certeza de que ele não vai voltar?

-Eles vão fazer uma patrulha pela rua Steve, está tudo bem e você Amber? Se sente melhor?

-Sim, muito, quero voltar logo para casa.

-E o que o médico disse dessa marca de mão na sua perna?

-Ele não conseguiu identificar o que é isso, mas disse que não é nada grave.

-Então vamos voltar, meus amores, como era antes, isso foi só uma maldição temporária que não vai volta mais, Amém? - Minha mãe já vai começar com os sensos de humor.

-Amém.

-Amém.

-Amber? Só falta você falar.

-Amém, agora podemos ir?

-Sim, vamos. - Enquanto voltamos para casa, eu estava pensativa, lembrando daquele monstro que vi, tenho certeza que ele era real, ou talvez, realmente esteja ficando doida, a marca em minha perna não parava de coçar.

-Não coça isso, Amber, dá agonia. - Steve fez uma careta.

-Está coçando, Amber? Por que você não falou para o médico? - Robert me olhou pelo retrovisor.

-Meus machucados sempre coçam, isso não é nem uma novidade. - Robert deu de ombros e voltou a atenção para o trânsito.

-Pai, vi na escola ontem dois moleques rindo e chamando o menino de preto nojento.

-Eu odeio esses garotos,eu mataria cada um deles.

-Que horror Robert! - Minha mãe deu um tapinha no braço dele.

-O que, amor? É verdade ,sou negro com muito orgulho e defendo as pessoas da minha cor que sofrem com esses branquelos malditos.

-Ei! Também não ofende, infelizmente sou uma branquela como eles.

-Mas você não é racista. Amber e Steve tiveram a sorte de nascer pardos.

-Sim isso é verdade. - Eu levantei o braço e concordei.

-É isso aí, Amber.

-Minha mãe não teria nem condições de ser racista, ela só namora negão. - Todos no carro começaram a rir.

-Isso é verdade, mãe. Concordo com a Amber, todos lá na escola acham que Amber é filha do meu pai, pois nossas semelhanças são idênticas, somos pardos, olhos castanhos, cabelos ondulados preto e comemos até um prédio e não engordamos.

Audrey - Um Demônio em Meu VentreWhere stories live. Discover now