Cap 19❤

3.6K 361 19
                                    

Diego narrando:

Essa garota, Danielly, fez o maior escândalo para aceitar Jesus, enquanto o pastor orava ela chorava e dizia: "Que lindo". Não sei nem o que pensar em relação, a essa nova convertida.

A Kalila, assim com o eu pensava, meio que me deixou de canto ao retornar a amizade com o Felipe. Eu oro muito por ambos, mas cansei de ficar de lado, só assistindo a eles, descidi tomar atitude e lutar por um espaço meu na vida da Kalila: o de amigo para todos os momentos.

- Bom dia filho- mamãe fala assim que eu adentro na sala de jantar.

- Bom dia mãe, bom dia pai.

- Bom dia filhão- papai fala pensativo.

- Aconteceu alguma coisa, pai?

- Sim, mas eu vou orar e tentar resolver.

- Se precisar de ajuda pede a Deus, mas se precisar do seu filhão, tô aqui- falo dando apoio.

- Tá bem- meu velho continua pensativo- Vamos tomar café?

- Hoje não- respondo. Minha mãe e meu pai não perguntam nada, pois ambos temos uma regra: Não quer café, não toma, não quer almoço, não almoce (durante a semana a regra não vale), mas o lanche é fundamental- Eu vou caminhar, tá bom?

- Tá, mas cuidado- papai fala.

- Não demore muito e leva o celular- mamãe alerta.

- Uhum- falo e subo as escadas em busca do celular. Encontro, desço e vou fazer a bendita caminhada matinal.

Inicio com uma caminhada mais devagar, logo começo a acelerar. Nem percebo quando começo a correr freneticamente. Depois de correr vários quilômetros minhas pernas doem muito, mas insisto, tentando ultrapassar meus limites.

Eu paro quando não aguento mais e dobro-me pois estou muito cansado.

Sinto uma mão no meu ombro, assusto-me e levanto rapidamente.

- Calma cara, sou eu!- diz o Felipe.

- Ah. Você me assustou, pensei que você ladrão- digo rindo- E aí, tá caminhando?

- Sim. Tentando manter a forma.

- Bora continuar juntos?- convido.

- Vamos- responde ele.

Nós começamos a caminhar devagar, mas aceleramos conforme o tempo passa.

Felipe narrando:

Eu pensei que caminhar com o Diego era moleza, mas me enganei feio.

Após nós caminharmos bastante, escostamos em uma lanchonete.

- Vamos tomar água?- pergunto.

- Não trouxe dinheiro.- Diego falou enfiando as mãos nos bolsos.

- Eu pago, cara.

- Nada disso.

- Que isso.- falei entrando na lanchonete- Bom dia senhorita.

- Bom dia- disse a moça.

- Poderia me dá duas garrafinhas de água?

- Claro, só um minuto- disse se retirando- Aqui está- a moça diz ao retornar.

- Quanto custa?

- Cada uma é 1,50. As duas dão 3,0 reais.

Meto a mão no bolso e retiro a carteira. Pego 5,0 reais e entrego a moça.

- Está aqui seu troco- diz ela, ao me entregar 2,0 reais de troco.

- Obrigada senhorita e que Deus lhe abençoe.

- De nada- pego as garrafas e me dirijo para onde está o Diego.

- Aqui- entrego a garrafa para ele- E para de frescura.

- Obrigado, cara.

- De nada.

Bebemos a água, que é uma criação tão perfeita de Deus. A água não tem gosto e nem cheiro, mas é tão gostosa, tão perfeita, tão de Deus.

- Vamos continuar?- pergunta o Diego.

Minha intuição era gritar: "Não".

- Vamos- falo o oposto do que pensei.

Colocamos as garrafas secas no lixo e começamos a correr novamente.

- Amanhã tem escola, né?- pergunto tentando puxar assunto.

- Sim. Duas aulas de química, uma de espanhol, uma de biologia e duas de inglês.

- Nossa, duas de inglês?

- Poiseh. Para que duas de inglês? A aula fica muito chata.

- Fica mesmo. Mas nós temos que agradecer, pois muitas pessoas estão querendo estas aulas chatas que temos.

- Verdade. Nunca tinha parado para pensar por este lado.

- Eu também não- falo sincero.

- Então você pensou nisso agora?

- Sim.

Depois deste mini papo, ficamos em silêncio novamente. Apenas corremos lado a lado.

- Vamos voltar?- Diego me pergunta cansado.

- Vamos, que daqui a pouco escurece e eu tenho que ir para a igreja.

- Uh. Tô gostando de ver- o Diego fala voltando e eu o sigo.

- Tudo para honra e glória de Deus- falo.

- Verdade.

Caminhamos novamente em silêncio. Mas em determinado ponto do percurso, o cadarço do meu tênis se desfez do laço.

- Calma aí- falei parando- O cadarço desamarou.

- Amarra aí então- Diego fala parando.

Me abaixo e começo a refazer o nó. Ao terminar olho para a frente e vejo um vulto, Diego correndo e gritando.

- Cuidado- gritava.

Minha mente não processa rápido a informação e meu corpo não se move, fico agachado e paralisado ali na calçada.

"Senhor me perdoe, tudo aquilo que fiz de errado e que não te agradou. Ajude a todos aqueles que amo. Te amo meu tudo"- falo com Deus em pensamento antes de sentir uma pancada forte contra o meu corpo. Algo bateu em mim de uma maneira tão forte, que fui arremessado. Mas antes de sentir o impacto do meu corpo no chão, perco o comando da minha mente, que apaga, ficando tudo escuro e sem vida.

"A terra que Deus me prometeu, irei conquistar🎶".

"Deixe Deus invadir tua vida, tua casa e teu ser. A partir daí você verá tudo de uma maneira diferente".

Garota CristãWhere stories live. Discover now