- Que, quê você quer aqui muleke? - disse Marcos aborrecido.

- Agora eu não posso ficar na cozinha da minha própria casa? - disse pegando seu celular

- E-e-eu vou ir um pouquinho ali na porta da frente - Filipe olhava pra minha boca a cada palavra proferida. - E-eu, com licença. - disse me levantando.

- Senta ai menina. - disse Ana. - O Jantar está pronto, você vai ter que voltar, então já fica ai. - Me sentei novamente e evitei ficar olhando pra Filipe, mesmo que por teimosia por várias vezes automaticamente eu olhava pra ele e nossos olhos se encontravam.

- Vá chamar seus pais e os de Débora por favor Marcos. - disse Ana botando as comidas na mesa.

- Quer ajuda Ana? - disse me levantando.

- sussega ai menina. - sorriu. - você não pode se esforçar, está nas primeiras semanas da gestação. - Filipe olhou pra minha barriga.

[...]

- amém. - dissemos todos juntos a mesa assim que o Presbitero Mateus termino de orar.

Depois de todos colocarem seus pratos e comerem algumas colheradas dona Paula se pronunciou.

- Bom, é um assunto bastante delicado o que temos que tratar, e mesmo que eu não quisesse tocar nesse assunto de novo pois é uma ferida ainda aberta. - ela olhou pros meus pais. - temos que terminar isso de uma vez.

- A casa é um presente nosso pra vocês dois. - abaixei a cabeça. Eu não vejo eu e Filipe como um casal, ou até mesmo morando na mesma casa. - O cartório já estamos levantando os papéis necessarios. Então, quinta-feira que vem vocês já casam. O religioso vocês terão se quiserem.

- Não vai ter. - meu pai disse. Por mais que me doua, eu não quero casar no religioso não. Então, concordo com meu pai. Já penso mentir perante a Deus? Loucura que eu não irei cometer.

- A Débora que decide isso Isaque. - disse minha mãe.

- Tudo bem mãe, eu não quero no religioso. - disse com a voz já chorosa.

- Amanhã eu vou te levar na casa pra você ver a casa como é. Paula também vai te levar pra escolher os móveis, enfeites a arquitetura da casa pra você escolher. - disse Mateus.

Sorri mordendo os lábios.

EU NÃO QUERO ME CASAR COM FILIPE

- Sim Sr Mateus. Muito obrigada aos dois.

Olhei pra Filipe que estava olhando a cada um com cara de quem vai aprontar.

O resto do jantar foi mais ou menos, porque o clima ficou meio tenso. Tomamos a sobremesa que foi bolo com sorvete e fomos pra casa. O motorista da casa nós levou e chegamos bem em casa. Graças a Deus.

[...]

Senhor, muito obrigado por mais um dia que se inicia pela sua misericórdia. Esteje comigo durante o meu dia. E tudo aquilo que for lhe desagradar me instrua pra que eu não venho fazer. Obrigada por tudo Deus, entrego a minha vida em tuas mãos, amém.

Levantei da cama e fui pro banheiro. Fiz minha higiene matinal, botei uma roupa pra sair confortável e desci. Meus pais tinham saído pra ir a um programa da igreja e eu fiquei de sair com a Paula.

Comi umas frutas, bebi um suco, uma torradinha e já fiquei feliz por não vomitar.

LIGAÇÃO ON

~ Estou pronta Paula.

~ Sim, querida. Já estou indo.

LIGAÇÃO OF

sentei no sofá e fiquei zapeando a TV. Recebi mensagem de Drew pedindo desculpas por não está vindo aqui e explico do porque.

BI BI

Dona Paula chegou. Deixei um bilhete pros meus pais avisando que já tinha ido, peguei as chaves, tranquei a porta e fui na direção do carro que estava com os vidros fechados. Dei a volta no carro e a puxei a porta. Filipe.

AN? COMÁSIM

- Entra logo que eu tenho que sair. - disse todo nervosinho.

- Cadê sua mãe?

- Tá em casa se arrumando.

- E o Jony? - esse era o motorista da casa deles.

- Senta essa bunda ai. Eu não vô te morder.

- Vai saber. - disse baixinho vacilando na voz.

- Da última vez que te mordi foi porque você pediu. - pisco pra mim. Arregalei os olhos. Que muleke descarado.

O caminho foi tranquilo. Não falamos nada um com o outro. Quando ele estacionou o carro eu quaze vuei de dentro. Dei um pulo da Hilux que ele quase piro.

- você tá maluca garota? - disse alto. Tomei um susto com ele gritando. E olha que era pra mim está acostumada.

Pronto, lá vem ofensas.

- O que foi Filipe? Vai me distratar de novo? - disse com a cabeça baixa com a voz embargada me lembrando de tudo que ele já me fez passar.

- não começa a chorar não. - disse de saco cheio. - só quero te falar pra você não pular assim do carro porque você pode perder o meu filho.- disse com um tom mais baixo mais sem tirar a autivez.

NÃO SEI SE SORRIO OU SE CHORO.

- pensei que esse filho fosse de outro como você diz. - disse dando de ombros me virando pra entrar na casa.














A FILHA DO PASTOR Where stories live. Discover now