Capítulo três

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NOAH ALLEN

Não acredito que isso está acontecendo comigo, bato no volante do carro com raiva. Tinha que dá defeito logo hoje que eu estou sem o meu motorista. Pego o meu celular no bolso da calça para ligar, mas vejo que está sem sinal. Ótimo era só o que me faltava. Também parece que está acontecendo um dilúvio. Essa chuva não dá uma trégua e eu não sei o que fazer. Vejo a chuva aumentar ainda mais, e decido procurar um lugar seguro para me abrigar até essa chuva passar.

Mal desço do carro e já estou ensopado. Passo por algumas ruas e nada de conseguir uma loja aberta para me abrigar. Minhas roupas estão pesando devido estarem molhadas, desfaço o nó da minha gravata e deixo-a pendurada no meu pescoço, retiro os meus sapatos também que estão me atrapalhando a andar de tanta água que entrou neles.

Estou passando em frente a uma loja quando vejo que as luzes de dentro estão acessas apesar do letreiro na porta dizer fechado, deve ter alguém ainda lá dentro. Bato no vidro da porta. Nada. Bato novamente com mais força dessa vez.

— Até que enfim! — Resmungo ao entrar, quando a porta é aberta.

Largo os sapatos no chão, passo a mão no cabelo molhado retirando do meu rosto.

— Pensei que você iria me deixar à noite inteira plantado lá fora batendo na porta. — Falo, e quando levanto a cabeça para vê quem é a pessoa que abriu a porta fico fascinado com a sua beleza.

Ela é Linda!

Está vestida com uma calça jeans que abraça cada curva do seu belo corpo, uma blusa preta com um terninho azul marinho por cima. Mas o que realmente me chamou a atenção nela são os seus belos olhos castanhos claros. Estou tão perdido admirando a sua beleza que quase não escuto o que ela fala.

— Como é que é? Quem você pensa que é para falar assim comigo? Seu grosso. — Pergunta olhando-me enfurecida. Parecendo uma loba raivosa.

— Vai dizer que você não sabe quem eu sou. Todos me conhecem nessa cidade. — falo começando a retirar a minha camisa molhada que está grudada no meu corpo, corro o risco de pegar um resfriado se continuar com ela.

— O que você pensa que está fazendo? — Ela me pergunta assustada.

— Estou tirando essas roupas molhadas, não quero pegar um resfriado. — Respondo dando de ombros e desfaço o botão da calça que estou usando.

— Mas... — Ela tenta falar mais eu a corto.

— Vai dizer que nunca viu um homem de cueca. — falo com um sorriso provocador nos lábios, vejo as suas bochechas ficarem vermelhas.

Ela sai batendo os pés, e quando volta, estou apenas de cueca encostado em uma mesa. Reparo que seus olhos me avaliam da cabeça até os pés. Resolvo provocá-la. — Pelo visto, gosta do que vê. — Sorrio convencido.

Ela me joga uma toalha, perguntando se fazendo de desentendida. — O que você disse?

— Você estava me olhando da cabeça até os pés, e pela cara que você fez, pareceu gostar do que viu. — Argumento levantando uma das minhas sobrancelhas, desafiando ela a negar.

— Deixa de ser convencido que eu não estava te olhando. E por falar nisso você ainda não me disse qual é o seu nome, e nem o que estava fazendo nessa chuva batendo na minha porta. Não sabe ler? O letreiro lá fora que diz fechado. — Ela pergunta, e eu não deixo de notar o seu tom irônico.

Reparo que realmente ela não sabe quem eu sou e esse fato me surpreende. É difícil alguém não me conhecer nessa cidade, sendo eu o dono de uma das maiores empresas de tecnologia de Seattle. E no ramo em que trabalho sempre estou na mídia. Ainda mais depois do que aconteceu na minha vida há seis anos. Não gosto muito de tanta atenção, mas devido a este acontecimento, a imprensa passou a me cercar mais e sempre estar disposta a saber mais da minha vida privada.

Decisões do Coração - Série Seattle Livro 1 DEGUSTAÇÃO!Where stories live. Discover now