Capítulo 12

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Oi, pessoas! Aqui está nosso último capítulo! Espero que gostem tanto quanto eu gostei de escrevê-lo!

Boa leitura!

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— Por que ela não falou antes?

— Ela mesmo disse, Lys. Ela não queria te pressionar — Rosa respondeu.

Olhei através da janela do meu quarto, pensando. — Quando a vi no hospital... Eu até achei que ela poderia ser...

— Sua namorada? — Rosa me cortou.

A olhei, um pouco envergonhado. — Sim. Mas a Nina apareceu, dizendo que ela era minha namorada. No fundo eu sabia que não era... Como eu poderia não me lembrar dela? Da minha própria namorada?

— Lys... Você não tem culpa. Não é como se tivesse escolhido esquecer dela.

— Eu sei. Mas não consigo deixar de me sentir culpado. Ela sofreu tanto, enquanto eu nem me lembrava de gostar dela.

Rosa puxou sua cadeira para ficar de frente a mim. — E agora, Lys? Depois de todas essas cartas, você não se lembra de nada? Não sente nada...?

A olhei nos olhos, pensando.

...

Desliguei o telefone.

Por que ela quer me encontrar no parque agora? Não entendi, mas vamos.

Espero que não tenha acontecido nada com o Lysandre... Mas pelo tom de voz dela, creio que não.

Me troquei e fui até o parque. Procurei por Rosa, e a vi acenando um pouco ao longe.

Me aproximei e ela me deu um abraço forte.

— O que foi? Estava com saudade?

— De certa forma, sim — Ela sorriu, me soltando. — Você pode guardar nosso lugar? — Apontou para a toalha que já estava sob a grama. — Vou ali no mercado, rapidinho.

— Não quer que eu vá com você?

— Não. Fica aí, ou alguém pode pegar esse lugar.

— Mas o parque está vazio...

— Quieta, só fica ai.

Suspirei. — Tá — Me sentei na toalha, apoiando as costas na árvore.

— Boa menina. Já volto.

Rosa saiu de vista. Olhei o parque. Estava tão tranquilo e quieto. Alguns pássaros cantavam, e o som do rio estava leve.

Me lembrei do piquenique que Lys e eu fizemos. Estava um dia bem parecido.

Meu coração apertou e senti meus olhos se enchendo de água.

E se ele nunca se lembrar de mim? O que eu vou fazer? Vou conviver com esse amor por ele, enquanto ele não vai se lembrar de nada. Vou vê-lo na escola e lembrar dos poucos momentos que passamos juntos de verdade, e guardar esse sentimento até conseguir esquece-lo. Se é que vou conseguir.

Senti as lágrimas escorrendo por meu rosto.

Droga. Se a Rosa ver isso vai ficar me interrogando.

Passei as mãos no rosto, o secando, e esfreguei os olhos.

Quando os abri, vi um lírio branco na minha frente.

Pisquei, surpresa. Olhei a mão que o segurava e acompanhei o braço.

Cartas - Amor DoceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora