Deus, por favor, não. Não me deixa casar obrigadamente. Ele me tratou como um lixo. Eu não quero um casamento forçado. Deus, por favor não. - chorei, chorei, chorei clamando.

" você disse que a minha vontade fosse feita filha. E ela está sendo feita. "

NÃO DEUS. ELE VAI ME MALTRATAR. NÃO DEUS.

- Vamos marcar um jantar lá em casa amanhã pra resolvermos tudo, depois dos exames. - disse Paula com a fala abalaxa. Minha mãe só balançava a cabeça negativamente chorando baixinho.

- Amanhã estaremos lá. - disse meu pai.

Antes deles saírem da sala eu fui na frente andando pra porta da igreja. O vento gelado sopro e eu respirei junto. Isso me faz tão bem.

- Até amanhã. - disse meu pai se dispedindo do Mateus e da Dona Paula na porta da igreja.

- Até. - disse Mateus aos meus pais que assentiram com a cabeça. - Vamos Paula?! - disse

A diaconiza passo um olhar cúmplice pra Mateus, ele assentiu e saiu na frente. Nisso ela veio na minha direção.

- Meu amor. - seguro minha mão carinhosamente. - Eu não digo que isso. - disse pondo a mão na minha barriga. Suspirei fundo pra não chorar.- seje o certo. Mais se aconteceu, agora tudo é propósito de Deus. Ouça a voz de Deus e obedeça. Esse bebê vai vir pra por muitas coisas no lugar. Mais você precisa ouvir sem questionar a voz de Deus. - me abraço fortemente me fazendo chorar. Ele me soltou, seguro a minha mão e sorriu.

Eles entraram no carro, deram partida.

Olhei pros meus pais, que viraram a cara pra mim indo andando na frente.

Entramos dentro de casa e meus pais foram direto pra cozinha. Como o clima tava pesado, resolvi não ficar no mesmo ambiente pra eles não quererem me insultar mais. Fui caminhando e entrei direto pra banheiro. Pus na playlist do celular e entrei no boxe.

Eu tenho um Deus que cuida de mim, em cada detalhe. Eu tenho um Deus que já fez em mim o seu milagre. Livrou me do que eu nem cheguei a ver, já tinha um plano certo antes de eu nascer...

Esse hino que estava tocando no meu celular só contribui pra eu saber que tudo está nos cuidados de Deus. Ele disse que eu obedesesse, e mesmo que me doua, eu vou fazer tudo o que Deus me mandar. Eu já andei muito por lugares, fiz coisas que só me sarisfaziam por um momento. Agora eu só quero aquilo que me preencha por completo e sem ser passageiro.

Terminei meu banho, desliguei a playlist e fui procurar alguma roupa. Botei meu pijama, liguei o ar-condicionado e peguei minha bíblia.

Abri em Isaías 55: 9

Assim como o céu está muito acima da terra,
Assim os meus pensamentos e as minhas ações estão muito acima dos seus.

Suspirei fundo e agradeci mentalmente a Deus. Sentada mesmo eu orei e me deitei com o meu celular.

Drew

Online

Eu contei pra eles já. 23:44

E como foi? 23:44

Eles querem que eu me case com aquele demônio, e amanhã vamos em um médico fazer meus exames e a noite, jantaremos juntos pra resolver o casamento no cívil. 23:45

Meu Deus Déb :o
Você vai se casar? Meu Deus. Quero ser madrinha. 23:46

Afs Drew. Estou falando sério :@ 23:48

E eu também, já penso eu de madrinha, que luxo? 23:48

Ri alto.

Bixa besta. 23:48

Kkkk! E seus pais, como reagiram? 23:48

Minha mãe só falo uma vez, e quando falo disse que estava decepicionada. - fui escrevendo e meus olhos começaram a formar uma poça de água. Pisquei e as lágrimas desceram.
Suspirei fundo. - meu pai me trato como um lixo, desmonstrou ser forte, mais creio que deveria estar acabado por dentro. 23:52

:'( Deus age melhor do que se fossemos nós agindo. Só confia. 23:53

Estou aprendendo a confiar. Beijos. Boa noite. 23:53

Eu amo vocês. 23:53

Visto por último 23:53

Desliguei a tela do telefone e botei em cima da mesinha de centro. Olhei pra minha barriga, e passei a mão carinhosamente em círculos.

- Ah filho, eu sei que errei. - sorri com meus olhos cheios de lágrimas. - mais você não é um erro. Você vai vir pra botar as coisas no lugar, assim sua vó disse, e eu concordo com ela. - levantei a cabeça, suspirei fundo abaixei minha cabeça e voltei a olhar pra minha barriga. - eu já estou aprendendo a te amar ervilinha, sabia? - sorri. Deitei meu corpo na cama e caí no sono.

[...]

- Garota? - abri os olhos, virei e ví minha mãe de pé com uma cara enchada e vermelha. "Ela estava chorando. "

- oi mãe? Bença. - disse para a voz rouca de sono.

- Está na hora de ir pra consulta. - disse e se viro indo embora do quarto.

Suspirei fundo. Sentei na cama e botei a mão no rosto pensando em tudo que tenho vivido; e meu Deus, tá brabo. Fui na janela do meu quarto, abri elas e respirei o ar puro. " bom dia Deus. " Disse e mandei um beijo pro céu.

Fiz minha higiene matinal e fui botar uma roupa. Vesti um vestido longo branco florido. ( com um corte nos dois lados da barriga. Ele é trançado fazendo um corte V nós seios, e de alça.) prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, passei um perfume peguei uma bolsinha com o meu celular dentro e desci.

Meu pai estava sentado na sala vendo TV. Quando ele me viu descer, olhou pra mim e voltou o olhar pra TV me ignorando. Suspirei.

" Senhor esteja comigo. "

- vamos. - disse a minha mãe passando por mim e indo na direção da porta.

[...]

Pegamos o ônibus pra ir pra casa da Paula. O caminho foi todo em silêncio, minha mãe não se dirigiu em nomento nenhum a mim. A não ser quando ela foi pagar a passagem que ai ela falo: " É a minha e a dela. "

Chegamos na porta da casa da Paula e do Mateus. Meu coração já começo a se apertar. Me lembrei das inúmeras palavras xulas que Filipe dirigiu-se a mim. Meu coração se aperto e eu deixei algumas lágrimas escaparem.

- Mãe eu, e-eu estou com medo. - disse já chorosa.

















A FILHA DO PASTOR Where stories live. Discover now