Surfar;
Assobiar;
Aprender a fazer hambúrgueres;
Dirigir uma moto;
Descobrir o que me faz feliz;
Pular de paraquedas;
Pescar;
Me divertir muito;
Cantar em um Pub;
— O que tá fazendo? — Beto pergunta, entrando na sala e sentando ao meu lado.
— A lista que você falou.
— Porra, gata! Você não pode levar tudo ao pé da letra. Não era para correr comprar uma folha colorida e canetas divertidas para escrever a porra da lista!
— Mas você disse...
— Não leve tudo o que digo a sério. Deixa as coisas rolarem pelo menos uma vez na tua vida. Nem tudo precisa ser planejado, organizado e estudado detalhadamente antes de ser feito.
Ele tira a folha da minha mão, lê as primeiras palavras, amassa o papel e joga no chão do outro lado da sala.
— Agora tome um banho, são quase cinco e meia da manhã, não pode chegar atrasada no primeiro dia de aula — ele continua.
Vou acabar enlouquecendo com esse homem.
— Tomei banho no clube, estou pronta!
— Vai assim?
Olho para minha roupa. Estou com um short, uma camiseta e um biquíni por baixo. Não é assim que o pessoal surfa?
— E que roupa eu deveria usar? — pergunto.
Ele abre um sorriso maroto e puxa um embrulho que estava escondido embaixo do sofá.
— Experimenta essa, acho que vai gostar.
Outro presente?
Pego o embrulho e abro com o maior cuidado para não rasgar o papel. Minha mãe sempre diz que precisamos ter classe até na hora de abrir pacotes.
— NÃO ACREDITO, BETO!
Ele acabou de me dar uma camiseta de manga longa de lycra própria para o surfe.
— Não quero que se machuque, pelo menos, não muito — explica.
Sei que a camiseta vai ajudar muito nas quedas e no contato com a prancha.
— A PRANCHA? Não tenho uma prancha!
Beto faz cara de tédio e levanta.
— Vamos logo antes que eu desista dessa ideia besta de dar aulas de surfe.
Corro trocar a camiseta e apresso o passo para encontrar Beto na areia.
Estou animada, elétrica e agitada. Sempre quis surfar. Falo sem parar o caminho todo. Fico dizendo todas as manobras que quero fazer, as formas que quero entrar nas ondas, os mares que quero conquistar. Beto não responde nada.
Encontramos o pessoal no lugar de sempre. Hoje, não tem ninguém ainda na água. Todos estão sentados na areia. O mais velho deles levanta-se quando vê a gente chegar.
— A minha é a primeira — ele diz, entregando a prancha para mim. — Tenho compromisso depois e não posso demorar muito.
Fico sem entender nada.
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Pronta para Casar - Degustação
Roman d'amourIsabel tem uma vida rotulada por muitos como perfeita. Linda, rica e com o casamento marcado com o príncipe encantado, sabe o motivo de não se sentir realmente feliz. Não tem como esconder, afundar, amordaçar e trancar a resposta no armário quando a...