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Capítulo 2 - José

Voltei crianças, mais um capítulo emocionante, e desejo a vocês uma ótima leitura e como sempre vou tentar deixar uma mensagem com esta acima.

Lembrando que o avatar dos personagens do José Antônio é o nosso gatíssimo Tiago Lacerda que esta fazendo a novela das 18:00 ele está maravilhoso e tem aparência do nosso personagem. Beijos e boa leitura e se divirtam com os nossos personagens

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Ao lado de fora do casebre caindo aos pedaços, com portões enferrujados, espero ansioso o pai da Joana cumprir com a sua promessa. Aquele velho vendeu a própria filha na mesa de jogo. O infeliz leiloou a quem quisesse a moça. Estou indignado, como a perversidade desse homem, como pode ser tão sujo? Só de recordar como toda essa confusão começou...

Semana passa fui por acaso naquele bar imundo, Otávio estava muito preocupado comigo e julgou que seria legal sair para distrai a minha cabeça das preocupações que me incomodam de dia e de noite. Estava bebendo a minha cerveja, no balcão do bar, sentei perto de alguns homens que conversam em uma bate-papo descontraído, o assunto principal que eles debatiam era sobre o velho. O que me chamou atenção foi o que foi revelado, o tal senhor queria se livrar da filha, para não ter mais trabalho, após a morte da esposa.

Coitada desta vítima que está sobre os cuidados deste verme, ela deve estar sofrendo nas mãos deste salafrário que não ponderou duas vezes, em oferecer a própria filha como moeda de troca. Nunca na minha vida que aceitaria isso com qualquer pessoa que eu conheço.

O meu amigo Otávio como eu se revoltou com que escutou e me perguntou se eu não tinha como ajudar a filha do safado, porque onde o meu amigo mora não daria para levar alguém para cuidar. O grande problema é ainda não sabíamos qual era idade dela. É claro, que faria de tudo para ajudar quem precisa, ainda mais uma pessoa nesta situação seja ela uma criança ou adolescente.

Tomei a decisão de seguir aquele ser desprezível, os homens do bar se reuniram em uma sala distante do salão. Sentei na mesa com tampo de madeira, com alguns sinais que desconheço, iniciamos o truco, o jogo de cartas mais disputado deste local. O desgraçado e os outros quatro homens estavam tão bêbados quanto ele, a minha atitude foi dar corda para aquele sujeitinho se enforcar a ponto de perder todas as rodadas. O que cavaleiros naquela sala não sabiam é que sou muito bom nesta modalidade de jogo.

O meu prazer foi presenciar a derrota daquele velho, ele perdeu tudo, como não tinha mais o que apostar, encarei o sujeitinho e exigi a sua filha como forma de pagamento. Ele estava até o pescoço endividado, alcancei o meu objetivo ele me devia muito foi a única forma de salvar uma vida das mãos de um ser humano tão malvado.

Ele nem se arrependeu, apenas entregou a filha na primeira oportunidade, esse cara é um doente, não presta, como uma pessoa pode ser tão maldoso, não é justo. A filha dele estaria melhor comigo do que com outro safado aproveitador.

O velho não poupou sarcasmo, dava para notar o veneno escorrendo, mas o que eu ouvi me deixou nervoso. — "Você ganhou o jogo, agora cuida daquele estorvo". — O meu estômago embrulhou com a atitude dele, não tinha como contestar, apenas observei ele anotar o endereço e entregar o papel amassado com o dia em que eu poderia ir em sua casa e nome da garota.

O que eu não sabia é que a filha dele fosse maior de dezoito anos. Do jeito que aquele calhorda descreveu a filha, eu acreditei que a vítima tivesse entre dez a dezesseis anos ou até menos. Aquele desalmado se negava a cuidar dela; os bêbados riam dizendo que tirei a sorte grande que o meu prêmio era uma linda e inocente moça. Após esta descoberta a primeira atitude foi descobrir quem era a pessoa e levá-la para minha fazenda, oferecer trabalho e moradia, espero que ela aceite.