Capitulo 15

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—A mamãe ama você ok? — Alya sorriu acenando de leve. "Devolver" Alya para o futuro estava arrancando um pedaço do meu peito que eu não sabia se conseguiria repor.

O primeiro raio de sol do dia começará a surgir.

O vestido azul repleto de borboletas coloridas que Alya usava junto às meias ¾, me lembravam o dia em que tudo começou. Franzi a testa para a maria chiquinha torta, anotando mentalmente que devia ensinar Draco a pentear os cabelos de Alya no futuro. O sonserino estava calado apenas nos encarando a distancia com os braços cruzado no peito, observando cada respiração da pequena, da mesma forma que fez durante toda a noite sentado próximo a cama, como se tentasse gravar na memória todos os traços da pequena. Draco observou Alya, abraçou, ninou e a beijou durante toda a noite, velando com extremo cuidado seu sono.

—Viu a cara de sério do papai?— sussurro próximo ao seu ouvido, provocando leves cosquinhas na mesma—Porque você não vai lá dar um beijão nele?

A pequena sorri correndo de braços abertos em direção a Draco. Ele a pega girando-a no ar antes de ser atingido por um ataque de beijos e gargalhadas.

—Lembra do nosso combinado?— ele pergunta mordendo o nariz dela.

—Xim! — olho confusa para Draco ganhando apenas um sorriso como resposta.

Draco a coloca no chão próximo a Mcgonagal, ajeitando suas roupas e seus cabelos. Mesmo que tenha bagunçado ainda mais a maria chiquinha torta.

—Amo você pequena! — Draco diz baixinho, quase sussurrando —Não pode esquecer disso, ok?

Alya acena, de mãos dadas com Mcgonagal, gritando que também ama muitão o papai e muitão a mamãe. A diretora lhe diz para segurar o vira tempo com as duas mãozinhas e a pequena logo o faz sorrindo em nossa direção uma ultima vez.

—Amo você cobrinha!— sussurro mesmo sabendo que a mesma não irá ouvir. 

E então, num passe de mágica Alya não está mais ali.

Me agarro a Malfoy, perdendo a luta contra as lágrimas que insistem em cair, encarando o lugar em que antes Alya estava. 

 —Serão nossos, todos eles! Eu prometo— ele diz depositando um beijo em minha cabeça. Afundo meu rosto em seu peito sendo abraçada de volta.


Futuro

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Futuro

Hermione chorava sem parar desde o momento em que viu Alya sumir em um pequeno ponto brilhante, parando apenas para gritar com o marido que encarava estático o lugar onde sua pequena estava.

—O meu bebê, onde está o meu bebê Draco?— ela pergunta pelo que seria a milésima vez.  A morena ninava Hugo andando de um lado para outro evitando se aproximar da mesa de escritório onde sua pequena estava a minutos ou horas atrás.

—Eu não sei— Draco murmura em resposta, segurando o grito na garganta para que nem Hugo e nem Scorpius deitado no colo da vó acordassem. O pequeno loirinho demorou mais que o normal para pegar no sono, tentando entender onde sua irmã estava e porque seus pais e padrinhos estavam tão nervosos.

—Nós vamos acha-la Hermione— Théo declara fazendo um leve carinho nos cabelos de Hugo.

—Como? Como achar alguém que não sabemos em que ano está?

O soluço de Hermione assusta Hugo que se remexe assustado em seu colo. Théo me encara acenando em silencio antes de retirar o bebe dos braços de Hermione empurrando levemente a morena em direção aos meus braços. 

—Podemos ir todos, para lugares diferente não sei... Scorp disse quantas voltas mesmo?— Harry questiona.

—Eu não sei... cinco, seis... mas ainda sim Harry— digo— Foram dias? Anos?

Nos encaramos em silêncio. Os resmungos sonolentos de Hugo nos braços de Théo e o choro baixinho de Hermione sendo os únicos barulhos presentes na sala. Alya podia estar em qualquer lugar, em qualquer época, e que Merlim permitisse que não fosse a grande guerra, Draco orava em silencio, tentando manter todo seu desespero escondido da esposa.

Hermione, não caia, não desmoronava. A não ser por seus filhos.

—Eu  quero a minha filha— sussurra a morena com a cabeça enfiado em seu peito.

—Vamos acha-la meu amor, eu prometo— Draco beija seu rosto, apertando ainda mais seu corpo no abraço.

Fossem minutos ou horas, não importava Draco só não aguentava mais ficar sem noticias. Théo, Blás, Rony e Harry, haviam saído assim que Hermione caiu no sono, quase que de pé, cansada de tanto chorar, indo atrás de aurores ou quem quer que fosse especialista em vira-tempos. O loiro ainda se mantinha acordado, vigiando o sono de seus filhos e esposa, enquanto encarava a mesa como se Alya fosse aparecer a qualquer momento.

—Por favor— sussurra de olhos fechados— se... existe algo, alguém, só... por favor —Draco falava sozinho ainda de olhos fechados, pedindo, ou implorando a todos os deuses que pudessem existir, a Merlim e Morgana, a qualquer que fosse a força milagrosa que os criou.

—Papai?— era isso, tamanho desespero faria Draco alucinar. —Scor? 

Draco levantou em um impulso, forçando Órion a pular de seu colo antes de cair. O gato laranja, extremamente parecido com bichento, miou em reclamação indo se deitar próximo a Scorpius. Sentada de pernas cruzadas sobre a mesa de escritório escura, Alya forçava os olhinhos tentando enxergar no escuro do escritório. 

Draco arfou em alivio, sentindo pequenas mas grossas lágrimas escorrerem por seu rosto.

 —Obrigada!— murmura ele indo de encontro a pequena—Obrigada, obrigada, obrigada— continua, distribuindo beijos pelo rosto de Alya.

Horas ou minutos, não importava, seu corpo sentia falta de pegar a pequena no colo, como o bebê que era e com certeza demoraria a solta-la. Draco se afasta, apenas o suficiente para olhar seu rosto, ainda a segurando nos braços, procurando qualquer sinal de machucados, fome ou medo. Mas Alya sorria, da mesma forma que sorria quando Scorpius aceitava brincar de chá da tarde.

—O papai pediu obigada!

Draco franziu a testa confuso sendo encarado pela pequena que batia o dedinho no queixo, como se tentasse lembrar algo.

—AH! Ele disse obigada pela mamãe

Draco sorriu, entendendo onde e com quem Alya esteve.

—Sua pilantrinha, quase matou sua mãe do coração cobrinha— ele diz batendo levemente o dedo sobre o nariz de Alya— Vamos acordar a mamãe e os irmãos?

Ela acena batendo as mãozinhas.

—Mamãe?— Alya chama, alisando o rosto de Hermione.

Hermione abre os olhos, ainda meio sonolenta antes de se levantar em um pulo agarrando Alya em seus braços.

—Nunca mais, nunca mais suma assim— diz a morena chorando agarrada a Alya.

—Amo você mamãe!

—Não tanto quanto eu te amo estrelinha, não tanto— responde a morena beijando os cabelos de Alya, antes de perder a pequena para os pequenos bracinhos de Scorpius.

—LYA!

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Espero que gostem!

The Granger Malfoy -REESCREVENDO-Where stories live. Discover now