Capítulo 2

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-Ron eu espero- suspiro contando até dez- realmente espero, que você aprenda a fazer seus próprios trabalhos da próxima vez.

-Mione, você sabe que eu não sou tão bom assim em poções- Rony dizia enquanto copiava descaradamente meu trabalho minutos antes do inicio das aulas. 

A sala estava cheia, e se eu olhasse bem notaria mais três ou quatro copiando tão desesperados quanto Rony antes da aula, tão rápido que algumas penas faziam barulho ao riscar o papel, o silencio já rotineiro em aulas entre sonserinos e grifinórios só era quebrado quando algum dos atrasados resolvia tirar uma duvida. A relação entre casas já não era mais tão ruim, o que também não significava que era amigável, cobras de um lado leões de outro, não ter relação era com certeza a melhor relação.

-Bom dia minhas crianças, espero que todos tenham feito o trabalho- Professor Slughorn, entrou em sala agitando a varinha em um feitiço mudo, fazendo com que os pergaminhos voassem em direção a sua mesa. Rony me olhou de forma desesperada  dizendo que ainda não havia terminado enquanto eu segurava o riso e dizia um "eu te avisei" sem som, torcendo para que  ao menos dessa vez ele aprendesse a lição. 

A aula corria em sua mais perfeita forma, caldeirões explodindo de um lado, olhares feios sendo trocados de outro, insultos sussurrados pelos cantos (disse que não estava mais tão ruim, não que era boa ou perfeita) e poções perfeitas sendo entregues, todos tão concentrados em não causar outra explosão que ninguém ao menos notou a porta sendo aberta e muito menos a pequena figura platinada andando pela sala, ninguém a não ser Hermione, que a encarava com certa curiosidade. De vestido azul rodeado de borboletas, meias 3/4 e um pequeno dragão de pelúcia em mãos a pequena visitante olhava a sala como uma verdadeira aventureira, a curiosidade e o medo em seus pequenos olhinhos eram quase que palpáveis, seu nariz de pontinha vermelha evidenciava, mesmo que de forma discreta, seu recente estado de choro. Em pé, parada com seu bichinho no meio da sala, em busca de um rosto conhecido, a pequena estrela, como era chamada por seu pai, ficava cada segundo mais assustada, afinal como era possível que estivesse ali se a dois minutos atrás ela estava no escritório de seus pais brincando?

-Mas quem seria essa pequena princesa?- a voz grossa assustou a pequena que agarrou ainda mais seu pequeno dragão- Não precisa ter medo, eu sou Slughorn, professor Slughorn, muito prazer- o professor esticou a mão em direção a pequena criança, que ainda que desconfiada retribuiu o cumprimento- Alya Malfoy, muito pazer- de sobrancelhas levemente erguidas o professor se perguntava quando Narcisa tinha tido outro filho e o que a pequena fazia ali. A sala já mergulhada em completo e absoluto silencio desde o começo da aula, agora se encontrava estudando curiosamente a pequena Malfoy de olhos escuros que conversava no centro da sala com seu professor. Hermione tinha a sensação de que a conhecia de alguma forma e o olhar questionador da menina lhe dizia que a mesmo procurava algo ou alguém.

- A senhorita sabe onde estão seus pais? Eles podem estar preocupados não?- Slughorn perguntou docemente a menina.

E como se um botão fosse apertado ao som da palavra "pais", os olhinhos da pequena correram a sala de forma nervosa demorando-se por mais tempo sobre Malfoy que a encarava como se visse um alien em terra.

- Papai o senhor pomete que não vai ficar bavo?- ela perguntou juntando as mãos em frente o pequeno corpinho.

 Malfoy olhou para trás como que procurando o pai, antes de apontar para si mesmo e ficar ainda mais branco que o normal. A pequena tinha os olhinhos marejados enquanto andava em sua direção com a mesma expressão de quem vai a forca e por longos segundos eu lutei contra a imensa vontade de ir até ela

- Papai? Foi sem queer- a dificuldade dela em falar o r era linda e me fazia querer concertar todas as frases. Malfoy pareceu sair de seu estado de transe bem a tempo de pega-la no colo quando o chororô começou- Não biga comigo, a mamãe já vai biga- ela argumentava com a cabeça afundada no pescoço do Malfoy enquanto o mesmo, creio eu que sem perceber, acariciava suas costas. Toda a turma olhava a cena com a curiosidade estampada na face sem ter ou saber o que falar. Malfoy, pai? Tudo bem ser um galinha de marca maior mais um galinha irresponsável? Quantos anos ele tinha quando essa criança nasceu? Não existe feitiço de prevenção nesse mundo bruxo não?

-Não brigo se me explicar o que aconteceu- Era notável o esforço que o platinado mais velho fazia para não surtar e sair correndo dali- Alya? seu nome não é? É bonito. O, hum... - O suor escorrendo na testa deixava claro o nervosismo e desconforto com a conversa- Papai? está confuso pode me explicar?- ele afastou a pequena de seu corpo o suficiente para conversar e o suficiente para que eu a visse, o rostinho molhado, os olhos fechados, o nariz vermelho e o ursinho rente ao rosto me faziam querer embalá-la como bebê até que parasse de chorar. Malfoy a pôs sentada em seu colo e pediu para que a mesma olhasse pra ele naquele tom que só pais sabem usar, Alya abriu os olhos ainda de cabeça baixa e fitou seus pequenos pés balançando distantes do chão me dando a leve sensação de que calculava se daria ou não tempo de correr, desistindo dá ideia segundos depois. Seu olhar subiu na velocidade de uma tartaruga, talvez tentando evitar a bronca que achava que levaria, rodou os olhos pela sala, demorando-se em cada aluno ali como se pedisse ajuda enquanto fungava de um choro que já sabíamos(eu sabia) não ser real, e mesmo que não tivesse nada haver com aquilo a clara enrolação da pequena espertinha me fazia bater o pé inconscientemente em um sinal de irritação sem motivo aparente. Os pequenos olhinhos rodaram toda a sala para finalmente pararem e substituírem a doce cara de coitada para uma cara de encrencada, me fazendo franzir os olhos confusa.

-Não biga mamãe foi sem querer, papai diz que foi sem querer- Alya se agarrou novamente ao um Malfoy assustado enquanto me encarava- eu não queria queba, mas quebo. Conta papai- ela gesticulava com as mãozinhas enquanto eu e Malfoy nos encarávamos e éramos encarados por toda a sala. Granger Malfoy? OI?



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Sorry pela mudança de nome porém a toda uma tradição com estrelas e constelações na família e eu acho tão lindo que não podia ignorar, mas não se preocupem que essa foi a única mudança na história eu juro!!!!!!!!!

The Granger Malfoy -REESCREVENDO-Where stories live. Discover now