Herdeira De Asgard

CAPÍTULO I

10 anos depois.

Os tempos difíceis foram passando, a dor da saudade ficava a cada dia maior, mas suportável. Jane fez de tudo para que sua pequena filha continuasse com boas lembranças do pai, Tony Stark tentava fazer com que ela não sofresse tanto com a ausência dele. Todos sentiam pena da pequena, seu olhar tristonho quando olhava seus amigos ao lado dos pais. Mas depois de um tempo ela se tornou indiferente a isso, conseguiu curar a saudade - pelo menos aparentava.

- Levanta, Thrud! - Exclamava Jane.

A jovem mãe tentava a todo custo acorda a filha, que apenas gemia e mexia-se na cama.

- Estamos atrasadas - Dizia puxando o cobertor da jovem, que se encolheu.

- Mais cinco minutos - Pedia à garota com uma voz sonolenta.

- EU JÁ TE DEI VINTE MINUTOS, THRUD ODINSON - Berra a mãe já com raiva.

Os olhos da garota arregalaram-se quando ouviu aquelas palavras. Sua mãe estava muito irritada, sabia disso, pois ela dizia seu nome completo quando estava em um estado raivoso. As veias de sua testa pulsavam, e aquilo era assustador. Contou de um até cinco, respirou e logo depois saiu do quarto batendo forte a porta.

Thrud arrumou-se o mais rápido que pôde, fez seu desjejum as pressas. Mas, a pressa era inimiga da perfeição, tempo e do bom humor de sua amada mãe, que incessantemente brigava com a podre garota. Ela estava ajoelhada tentando achar um dos pares de seu tênis.

- Onde você pões ele? - Indagava Jane, que andava de um lado para o outro aflita.

- Se eu soubesse não estaria procurando - Ironizou a garota enquanto olhava debaixo do sofá.

- Não fale assim comigo, garota. - Dizia raivosa.

- Achei! - Exclamou a garota. Segurava o tênis como se fosse um prêmio. Levantou tão rápido que sentiu uma vertigem e quase voltou para o chão. Saiu pulando, tentando calçar o sapato.

O caminho até sua escola era cerca de vinte minutos, mas o trânsito de Nova Iorque era tão infernal quanto o próprio inferno. Qualquer um ficaria meio louco e meio surdo com tanto barulho de buzinas, sirenes e pessoas falando sobre sua perfeitas vidas. Jane batia com as unhas no volante no ritmo da música.

- Seu pai adorava essa música - Dizia dando uma arrancada no carro.

Thrud revirou os olhos e continuou a olhar para seu celular. Ela desejava que a música acabasse ou que chegasse o mais rápido à escola. Foram aproximadamente duas esquinas até o grande prédio escolar, um lindo lugar com grama bem verde, com paredes das cores marrom e branco. Jane despediu-se da filha, lhe deu um demorado e caloroso beijo na testa e falou que voltaria de viagem em três dias, estes em sua promessa passariam tão rápido que a jovem nem perceberia.

- Comporte-se! - disse Jane acelerando o carro, e deixando sua filha.

A jovem suspirou e caminhou para o colégio. Tudo estava como de costume, garotos do time de futebol como loucos jogando de uma lado para o outro a bola, líderes de torcida com suas minissaias, seus sorrisos e cabelos falsos, era tão barulhento e claro com o piso de cerâmica branco e as paredes das mesma cor, e os armários da cor azul que davam destaque. Tudo isso dava de frente para um jardim no meio da escola. Ela andava depressa, faltava pouco minutos para o primeiro toque.

- Bom dia, flor do dia - Uma voz grossa sussurrou bem próximo ao seu ouvido. Sentiu um leve arrepio na espinha, pegou os livros e bateu com força a porta seu armário.

- Não faz isso, Skaar - Virou batendo com o livro no braço do rapaz.

Ele apenas ria com a cara mais sínica do mundo, enquanto massageava o lugar atingindo. O rapaz que estava a sua frente era alto e musculoso, as linhas do seus corpo destacavam-se por causa da blusa branca de botões colada, sua pernas torneadas mostravam-se tão gritantes em seu Jeans azul. Seu sorriso era tão lindo quanto o dono, e a gargalhada muito contagiante.