Capítulo 24 - Protocolo

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Draco esfregou o pescoço e soltou um grunhido de dor. Eles não poderiam ter Teddy dormindo na cama todas as noites, ele chutava Draco e o loiro estava dormindo todo torto, o que resultou nessa torcicolo de hoje cedo. Mas Harry se sentia mal por Teddy que ainda estava fazendo pequenos comentários de como ele não precisava de um bebê e choramingava todas as vezes que um deles insistia no assunto, Draco rolou os olhos em resposta e prometeu por grades na porta se Harry não resolvesse esse pequeno problema até a próxima noite.

Silver que estava observando Draco reclamar de dor pousou em cima do balcão uma poção para dor, o loiro aplicou um pouco em seu pescoço dolorido e esfregou novamente com a mão, ele já sentia as propriedades da poção percorrer pela dor e o alivio instantaneo acalmar a dor no nervo. As prateleiras da loja vibraram e Draco escutou um grito vindo da rua.

Draco saiu de trás do balcão e abriu a porta da loja, Silver logo atrás dele, a rua estava coberta de fumaça, fogos de artificios ganhavam o céu cinza e barulho de bombinhas preenchiam o ar, se não fosse pela cara assustada dos comerciantes, clientes e pessoas que passavam por ali poderia pensar que era algum tipo de festival. Draco foi até a metade da rua para ver se havia alguém machucado, mas não conseguia porque tinha fumaça demais e um falatório extremamente alto, foi quando alguém o puxou para trás e mais alguém esbarrou fortemente em seu braço o fazendo cair no chão.

- Mas que porra!

Draco puxou a varinha da calça e apontou para as duas pessoas que o derrubaram que cessaram as risadas assim que cairam no chão imobilizadas. Draco correu para junto dos dois jovens que olhavam para ele com os olhos assustados. Eram só jovens, uma garota de negra de cabelos lisos e franjinha, o garoto estava com uma marca de sangue na bochecha provavelmente por causa da queda, tinha os olhos muito azuis e uma franja exagerada caindo na testa.

- Sério?!

- Senhor Malfoy, eu vou pedir para que o senhor se mexa devagar e abaixe a sua varinha.

- Como é que é?!

Draco se virou para a voz que estava falando com ele como se fosse algum tipo de criminoso e foi pego de surpresa quando o dono da voz o desarmou, sua varinha agora nas mãos magras do homem. O loiro pousou as mãos na cintura e soltou uma risada alta e irônica.

- Posso entender a necessidade disso?

- Protocolo. Agora o senhor precisa me acompanhar.

- Protocolo? Eu não fiz nada, devolva minha varinha.

- Sr. Malfoy, você estava na cena do crime junto com os suspeitos do ataque. Eu tenho que levá-lo comigo.

- Eles me empurraram e eu os imobilizei. Eu estava ajudando vocês. Isso é loucura!

Os olhos do auror estavam duros no braço de Draco enquanto ele falava, o loiro estava com a manga da blusa preta puxada para cima até metade do seu antebraço, onde sua marca negra aparecia claramente. Draco puxou a blusa para baixo e sua respiração ficou pesada de repente, a raiva consumia por dentro. Não interessava se ele estava ou não envolvido na situação, eles iriam tratá-lo como culpado de qualquer jeito.

- Então Sr. Malfoy, vou precisar imobiliza-lo para que me acompanhe?

O maldito havia percebido a preocupação no rosto de Draco isso era evidente pela pequeno sorriso no canto da boca, mas Draco sabia lidar com pessoas assim. O loiro ajeitou os ombros e abaixou a manga da blusa, levantando o queixo e usando do seu pior tom para se dirigir ao auror.

- Se você se lembrasse de quem eu realmente servi, não teria tanta ousadia em pensar em me levar a algum lugar á força.

As palavras pareceram ter efeito desejado no Auror porque ele rapidamente deixou sua face cínica cair e Draco jurava ter visto o homem estremecer. Ainda mantendo a sua pose dura ele estendeu a mão como se pedisse para que o homem mostrasse o caminho até o Ministério.

juntos pelo acaso » drarryWhere stories live. Discover now