Capítulo 4

3.2K 175 47
                                    

  (...)

  Enquanto comemos, duas crianças apareceram do lado de Maia, eles eram adoráveis.

–Esses aqui são meus filhos, Luna e Castiel.–Ela diz.

   Os filhos de Maia eram lindos, a garota tinha cabelos pretos e olhos azuis e o garoto cabelos pretos e olhos verdes, ambos brancos, assim como seus pais.

–Muito prazer.–Sorrio pra eles.

–Seu cabelo é tão bonito.–Diz a garotinha.

–Obrigada.–Digo.

–Por nada.–Ela responde. Pra uma criança tão pequena ela parece ser muito esperta e educada.–Mamãe, estou com sono.–Ela diz sua voz estava cansada.

–Vou levar ela pra dormir.–Ela diz e se levanta.–Cuida do Castiel.–Diz para Nico.

   Fico observando a idade deles, a Maia não parecia ter mais do que 23 anos, só que seus filhos possuem idades diferentes, aparentemente o garoto é mais velho.

–Eles tem quantos anos?–Questiono.

–São gêmeos, tem um ano e meio–Nico diz. Faço uma expressão confusa.

–Ele parece ter quatro anos e a garota dois.

–É complicado.–Ele diz. Eu apenas dou os ombros, quando se mora com deuses desde que nasceu, certos tipos de coisas passam a ser normais aos meus olhos...

–Onde posso arrumar livros?–Questiono. A filha de Atena sorri.–Já entendi, no seu chalé. Eu posso pegar alguns?–Pergunto.

–Claro. Quer ir agora?–Ela sugere. E eu confirmo com a cabeça.

     Saímos de lá nos despedindo dos de mais, andamos até o chalé de Atena em silêncio. Quando chegamos no interior do chalé vejo muitos livros.

–Nossa, que incrível. É um pouco parecido com a biblioteca de Atena.–Digo.

–Pode pegar o que quiser, só devolva em perfeitas condições.–Ele diz séria. Dou risada, igualzinha a mãe.

–Sem problemas, senhora.–Digo.

    Ultimamente estou interessada em física quântica, principalmente no espaço tempo, é algo que realmente me interessa. Nas minhas conversas com Hefesto, também me interessei muito na produção de armas, pelo menos uma vez por semana eu ficava na forja do Olimpo o vendo trabalhar e tentando aprender algo.

–Ferreiros e alquimistas.–Ela lê o título do livro que eu pego.–Leo, filho de Hefesto, é altamente habilidoso com a forja.

–Adoraria que me levasse até ele, Hefesto estava me ajudando na produção de armas e por conta desse castigo idiota, não vou conseguir continuar.–Digo.

–Sem problemas. Posso te levar agora mesmo se quiser.–Ela sugere e eu confirmo inverbalmente.–Então vamos.

   Felizmente Annabeth era legal, é difícil achar pessoas legais, ainda mais sendo filhos de Deuses, ou são sempre esquentados e egocêntricos ou tão machucados que acabam se fechando no próprio mundo.
   Quando chegamos a forja vejo um garoto moreno, com cabelos pretos encaracolados e olhos castanhos escuros, ele estava desmontando um objeto de metal rapidamente.

–Leo?–Annabeth o chama. Ele olha pra ela meio bravo, mas sorri imediatamente.

–Annabeth, como anda? Gostou da sua espada?–Ele pergunta.

–Ficou bem afiada. Essa aqui é a Vitória, filha de Ares...–Ela diz e eu a interrompo.

–E Morrigan.–Digo.

–Isso. Enfim, ela quer sua ajuda, pois ela estudava com seu pai e ele estava ajudando ela a fazer armas.–Ela diz.

–Se você quiser me ajudar, obviamente.–Digo, deixando claro que ele não precisava fazer nada por obrigação.

–Nunca nego ajuda pra uma bela moça.–Ele diz sorrindo travesso.

    Annabeth revira os olhos e se vira pra mim.

–Qualquer coisa você sabe onde é o meu chalé. Até mais, gente.–Ela diz e sai.

–E então, por onde começamos?–Digo e ele sorri.

–Que rápida, mal chegou e já quer colocar a mão na massa.–Ele diz sorrindo.–Primeiramente preciso saber o que você aprendeu com ele?–Ele questiona.

–Bom ele estava me ensinando os graus de fundição, quais matérias unir, as medidas de segurança, o básico.–Digo.

–Qual tipo de material ele trabalha?–Ele questiona interessado.

–Bronze, prata e ouro.–Digo.

–Bom, se quiser continuar com seus estudos precisa estar vestida a caráter.–Ele diz. Olho pra minha roupa e vejo que ele tem razão.

–Tudo bem, eu vou me trocar.–Digo.

–Alias qual arma você mais usa?–Ele questiona. Penso um pouco...

–Arco e flecha, mas também sou muito boa no machado.–Digo sorrindo.
 
     Saio da forja e vou até aquele inferno que chamam de chalé, isso aqui é pura bagunça, parecem que eles não conhecem uma coisa revolucionária chamada calmante, estressados.
    Abro minha mala e vejo o macacão velho que usava quando estava com Hefesto, suspiro, não vou deixar a saudade me assolar; Coloco o macacão e saio do chalé. Eu odeio esse chalé, misericórdia.
  No caminho de volta pra forja encontro o mesmo garoto que estava sentado embaixo da árvore treinando arco e flecha. Ele era lindo, seu corpo incrível e possuía uma habilidade impressionante com o arco. Filho de Apolo, com certeza.
   Me aproximo.

–Oi.–Digo. Ele me olha e sorri, dois furinhos aparecem em suas bochechas, covinhas... Adorável.

–Olá, como vai?–Ele diz. Sua voz era grossa, mas calma.

–Vou bem. Me chamo Vitória e você é?–Questiono.

–Cameron, Cam. Muito prazer.–Ele diz e eu estendo a mão, em vez de apertar, ele a beija. Sorrio igual uma besta.

–Muito prazer. Eu estava observando, suas habilidades com o arco são incríveis, onde aprendeu?–Questiono.

–Aprendi com o meu avô materno, ele era muito impressionante, nunca errava uma flecha.–Ele diz. Sua voz era algo absurdamente agradável de ser ouvida, poderia ficar horas ouvindo ele falar.–Você é nova?

–Cheguei aqui há algumas horas... Não conheço o acampamento, seria legal se você pudesse me mostrar alguma hora.–Sugiro.

–Eu adoraria, a próxima vez que nos encontrarmos te mostrarei.–Ele diz e sorri.

–Ótimo, preciso ir. Até mais.–Digo e continuo o caminho pra forja.

   Ele é adorável, estar aqui tem suas vantagens, sem Ares me enchendo, com todos esses pretendentes pra me divertir. Isso vai ser interessante.

(...)

  

Semideusa : A Filha de Morrigan e AresWhere stories live. Discover now