Fazendo Amor?

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Entramos no quarto.

Estou esgotada, vou direto para cama, jogo as sapatilhas para longe e puxo a colcha decorada, tiro todas essas almofadas e me deito, acho que nunca mais eu vou sair para fazer compras, já passa das oito da noite, assim que entramos mamãe avisou sobre o jantar, e acabou que depois que saímos da dona Chiquita havia um trânsito infernal de fim de tarde.

— Quer uma massagem?

— Mesmo?

— Tire o vestido.

— Não consigo me mover.

Também foi estressante para as crianças, Charlotte estava irritadiça e Antônio meio sonolento, Nando deu uma crise de ciúmes por que ele dormiu no meu colo e Charlotte começou a chorar, ninguém disse que seria perfeito, ninguém disse que seria fácil, mas eu sobrevivi ao primeiro dia. Ainda bem que a Sah e a Sandy estão cuidando de trazer as sacolas, acho que a minha mãe vai cuidar do resto.

— Eu tiro para você então.

Acho incrível a paciência que Jack demonstra quando se trata das crianças, é algo natural e espontâneo da parte dele, a todo o momento ele se manteve neutro e muito silencioso, ele também sabia como lidar muito bem com Charlotte, acho que por que as crianças convivem com ele a mais tempo que eu, e eu já passei dessa época em que a criança dá escândalo por tudo, ele a segurava e tentava acalmá-la a sua forma, a menina não parava dentro do carro, chorou tanto que acabou dormindo, Jack a colocou na cama do Nando, esse que foi direto para cozinha com cara emburrada, também coloquei Antônio na cama do Nando ao lado de sua irmã, ele é tão leve que me espanto, deixamos os dois dormindo no quarto do meu filho.

— Não preciso de massagem— replico.— Vem ficar comigo.

— Pensei que me mandaria sair, você está muito estressada.

— Preciso de um homem super maravilhoso para me dar uns amassos.

Acho que ele sorri, Jack tira o tênis enquanto sobe na cama, depois ele deita ao meu lado, me aconchego, nós dois mal nos olhamos na loja, a cada segundo eu estava nervosa e apreensiva, era estranho ás vezes olhar para ele, e eu acho que ele estava envergonhado demais para ficar me encarando, o movimento na loja vou bem intenso e isso o deixou mais nervoso também, havia mulheres por toda a parte, algumas conhecidas outras nunca vi na vida, acho que Sah foi a que mais ficou constrangida com a situação por que algumas garotas de uns dezessete e dezoito anos não paravam de rir para Alejandro, ele também devolvia o sorriso, mas apenas por educação, porém acho que ela ficou meio "assim" com isso, se conheço ela bem deve praticamente estar começando a sentir os reflexos da pequena diferença de idade entre eles dois, claro que para mim ela da de dez a zero em qualquer garota mais nova, mas sei que ela pensa diferente, tanto que quando estávamos saindo da loja ela mal olhava na cara dele.

— O que foi?

— Sah, ela não está bem.

— Foi algo que ele fez?

— Não acho que seja isso, acho que é a diferença de idade deles.

— Alejandro não se importa com isso.

— Claro, ele é homem, mas ela se importa, acho que ela se sente meio magoada por ele ser mais novo.

— Não é culpa dele Maria.

— Eu sei, também não é sua culpa ser mais novo que eu.

— Não comece.

Rio, subo em cima dele, as mãos dele estão nas minhas coxas, me apoio nas mãos e fito ele.

Poderosa Loucura (livro II) - DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora