Sem Máscaras

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Minhas mãos Tremem.

Eu sôo.

Meu coração quase sai pela boca, mal consigo respirar direito, eu não tiro os olhos dele, não consigo!

— Não...

— Tá, desculpa!

É QUE É TÃO ESTRANHO!

Jack Carsson, quem é você?

Ele está sentado na pedra de refeições, ele observa cada passo meu enquanto faço o café, sinto medo de tropeçar e cair por que até os meus pés soam, acho que me sinto surda ou coisa assim por que mal escuto o que o Nando fala, Nando não para de falar um segundo, no meu ouvido um zumbido forte que me deixa meio desorientada.

Deve ser por isso que ele odeia sair em público, que mulher no mundo que olharia para esse homem em sã consciência e tiraria os olhos, toda vez que ele olha para o Nando, estou com os olhos grudados nele.

Em seu cabelo liso e comprido, é castanho-escuro e muito fino, está todo bagunçado— perfeito— e meio de lado, a metade dá frente atrás dá orelha e a outra metade na outra, ele tem um rosto proporcional e lapidado, queixo reto, e um nariz fino e aristocrático bem parecido com o de Alejandro, a boca de Jack... Ah! A boca dele... Meu Deus não consigo olha para outra coisa, a boca dele é linda!

Ele é lindo!

Não sei como descrever o quanto essa beleza me deixa fascinada, sou curiosa, sempre fui, e muito analítica, eu mal acredito que ele esteja aqui.

Observo os ombros largos e meio encolhidos, ele é branco— como os Carsson—, mas não muito, os braços não são musculosos, mas ele tem alguma massa braçal, Jack é um homem grande, fiquei assustada com a altura dele, ou será que eu sou muito pequena?

Me sinto meio desorientada na minha própria cozinha, mal sei como agir perto dele.

Abro a geladeira, e olho com o canto de olho, ele está falando com o Nando, a camisa dele é branca de malha muito fina o que dá um ar bastante jovial, também usa jeans— que deixa ele um gato— meio velho e tênis— all star— meio sujo, ele tem olhos esplêndidos, em pensar que desejei que os olhos dele fossem azuis, azul para que quando se pode ter olhos verdes?

Parecem aquelas bolinhas de gude que eu usava para brincar de "buraco" com a Sah quando eu era criança.

Ele se move e me volto para geladeira, meu Deus, acho que o meu coração vai explodir, esse homem se casou comigo?

Não troquei mais do que duas palavras com Jack, ele entrou no banheiro, me pegou chorando, me abraçou, depois falou ás palavras "fome" e "café".

Estou tensa.

Achava que ele não havia vindo, abri a porta achando que era Alejandro, e do nada atrás de mim estava um estranho, mas que por alguma loucura dentro de mim, sabia que era ele, tive plena certeza assim que o vi, eu sabia, estava diante do meu marido.

Agora estou preparando algo para ele, não faço ideia do que vou fazer, me sinto meio tonta e confusa com tudo, a emoção de ver Jack assim do nada mexeu com os meus nervos, estou atacada!

Melhor fazer um chá para mim, bastante chá.

Ando pela cozinha, meus olhos focados no que carrego, minha mãe costuma estar aqui esse horário, cadê ela?

— Nando cadê a vó?— minha voz está sufocada, parece que eu faço força para falar.

— Ela foi comprar pão assim que viu o Jack no elevador.

Poderosa Loucura (livro II) - DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora