Telefonema

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Louis

Minha alma chorava em silêncio.

Meu corpo já sentia uma ausência que tardaria a chegar, mas não havia como me esquecer dele. Não havia como me esquecer que, um dia, Harry já não me olharia com devoção, com carinho, com amor.

"Amo quando você sorri" os olhos vidrados nos meus "Quando você me beija..." um beijo forte e apaixonado nos meus lábios "Quando fazemos amor e... "um beijo mais intenso, a mão dele subindo dentro de minha camisa "... E você me olha nos olhos. Isso é o mais perfeito de tudo."

"Amo tudo em você..." engoli a respiração, as palavras morrendo em minha garganta. Seus lábios agora pressionando contra meu pescoço, descendo e descendo até tocar meu pênis, beijando a parte revelada pela boxer que Harry fez questão de puxar mais pra baixo.

Estávamos totalmente sozinhos naquela casa perfeita e isolada do mundo, parados na varanda, minhas costas contra a grade da varanda, suas mãos em mim, as minhas nele. O sol brilhava forte, e parecia ser mentira o fato de nossa lua de mel já estar acabando. Era um sonho, e todo sonho, por mais real que fosse... Tinha fim.

"Você já decidiu aonde quer morar?" por mais que seus dedos ainda queimassem embaixo da minha camisa, seus lábios pulsassem contra os meus e nossas respirações se encontrassem, a pergunta foi séria e dirigida a mim de forma objetiva. É talvez nem tanto...

"Aonde eu... Como assim?" pisquei várias vezes, meus dedos enroscados nos botões de sua camisa.

"Aonde vamos morar, amor. Você me deu um prazo, até uma semana antes da lua de mel acabar, em me dizer em que cidade do mundo nós iremos morar, lembra?" e riu baixinho, abaixando o rosto pra beijar meu pescoço, passando a camisa por minha cabeça. Estremeci ao perceber seus dedos brincando com o feixe da bermuda.

"Ah... Mas é claro!" minha voz saia em uma mistura de gemido e palavras, tremulas porque eu não queria dar a entender que estava numa fria. De um lado estava o desejo que ele me fazia sentir... Do outro, o confuso! Como pensar numa cidade do mundo pra morar quando se tem um homem como ele ameaçando abrir sua bermuda?

"E então...?" sussurrou em meu ouvido delicadamente, como uma brisa de verão. Puxou levemente, desabotoando metade do feixe.

"Amsterdã..." eu não tinha ideia de onde havia tirado esse nome de cidade, e talvez eu tenha engasgado nas ultimas palavras, porém fora tudo resultado da minha bermuda vermelha caindo aos meus pés, descansando no assoalho de madeira da varanda.

"Amsterdã?" repetiu afastando-se um pouco, os olhos focados em meu rosto, fixos "É isso mesmo?" instintivamente levei minhas mãos ao meu membro, escondendo-o dele, totalmente tremulo.

"S-sim" consegui falar ofegante, como se estivesse tendo um colapso nervoso. Engoli minha respiração novamente. Por uns segundos não ouvi nada, tudo em perfeita calmaria. Minhas mãos tremulas prensando meu membro, os olhos de Harry sem reação, não me dando dicas do que estava pensando. Oh céus! Que não tenha sido uma droga muito grande, por favor..."Algum proble..." me interrompeu antes que terminasse.

"Em toda minha vida eu quis morar em Amsterdã" disse desviando os olhos pro meu pescoço, depois pras minhas mãos. Chegou mais perto "E juro que pensei que você iria repudiar minha ideia" sorriso lindo, olhos nos meus novamente "Pensei que iria querer Hollywood, Califórnia, Nova York..." neguei, tenho uma combustão quando Harry fechou os dedos em meus pulsos separando-os de minha pele "Não faz isso, tudo bem?" disse com cuidado, como se eu fosse muito bobo.

"Não gosto desses lugares" Louis não gosta. Will adoraria; abaixei os braços, mas não por muito tempo. Logo tive que usá-los de novo, deslizando os dedos pela pele de Harry, quente enquanto nos beijamos com força.

Stormy Nights (Larry/Mpreg)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora