Eles riram e voltaram a caminhar. Quando Anastásia se virou, Nicholas também havia se virado e acenou para ela. Somente riu, se virando novamente.

— Não que seja da minha conta Srta. Tchecova, mas cuidado com Nicholas.

— Por que eu deveria tomar cuidado com ele?

— Ele sabe ser sedutor quando quer.

— O senhor acha mesmo que eu...?

— Não acho nada, só estou lhe dando um aviso.

— Senhor, eu só quero ter amigos nesse palácio.

— E por que não procurou antes?

— Não faz muitos dias que estou aqui.

— Nós temos que gravar o nome de todos os funcionários, visitantes, famílias reais que pisam os pés aqui. E o seu eu não me recordava, e é um nome muito fácil devido às circunstâncias.

— Talvez seja por isso mesmo. Ouvem demais, e acaba se tornando um nome irrelevante.

— O nome de uma grã-duquesa ser irrelevante? A senhorita é maluca? — Edik riu. — Eu daria tudo para encontrar essa menina.

— Tem alguma recompensa para quem achá-la?

— Eu poderia subir de posto, deixar ser um simples guarda. Meu sonho é ser tenente.

— Basta você ter um pouco de fé e dará tudo certo, Edik.

— Você está certa, Tchecova.

— Eu sei que estou. — sorriu com satisfação. — Poderia pedir para abrirem o portão para meu pai entrar?

— Claro.

Edik saiu correndo e pediu para os guardas abrirem os enormes portões de ferro com o brasão da família Bulganov. Edik chamou seu pai, que veio andando com uma expressão de dor, o que deixou Anastásia preocupada.

— Sr. Tchecov queira me perdoar por deixá-lo tanto tempo sozinho do lado de fora.

— Eu entendo, deve ser ordens do palácio. — Ygor disse rangendo os dentes.

— Pai. — Anastásia sorriu. — O que o senhor faz aqui? Nádia permitiu vir me visitar?

— Ela não manda tanto assim em mim. — sorriu. — Preciso conversar com você a sós.

— Estou indo para o jardim dos fundos. Foi um prazer conhecê-lo, Sr. Tchecov.

— Igualmente.

Edik saiu, deixando Anastásia e Ygor sozinhos. Ela começou a andar e Ygor começou a segui-la. Ela tirou a neve que estava na cadeira de ferro perto de uma árvore e se sentou, apontando para o pai se sentar também.

— Eu estou realmente curiosa para saber o que o senhor faz aqui.

— Preciso da sua ajuda.

— Eu não sabia que viria tão cedo atrás de ajuda. — ficou séria. — Ainda não recebi meu salário.

— Eu levei um tiro, Anastásia.

— Como? — assustou-se. — Quem atirou no senhor?

— Alguém muito perigoso. Mas não quero deixar você preocupada. — ele gemeu. — Estou sentindo muita dor. Não consigo comprar os remédios necessários para passar a dor.

— O que eu posso fazer? — pegou suas mãos que estavam enluvadas.

— Aqui deve ter remédios de todos os tipos, não tem como conseguir alguma coisa?

A grã-duquesa perdidaWhere stories live. Discover now