Party Hard

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Eu estava jogando video game com Harry na minha casa. Eu havia o chamado para ir depois da aula e ele aceitou rapidamente. Sem nem ao menos querer passar em casa antes.

Ele havia brigado com alguém, eu o conheço.

Ele perdeu pela terceira vez seguida, ele definitivamente não estava prestando atenção no jogo.

Pausei assim que a outra partida começou e ele bufou.

— Vamos, me diz o que aconteceu. — Me virei pra ele.

— Não é nada Lou, sério.

— Harry, eu te conheço, o que aconteceu? Foi o Michael de novo?

Michael era seu irmão mais novo, eles se davam muito bem assim como se davam muito mal. Oito ou oitenta, não havia meio termo.

— Não, eu to cagando pro Mikey.

— Gemma?

Gemma era a mais velha, sempre muito atenciosa. Eles a amavam, quando brigavam com ela ficavam nitidamente mal e um tanto perdidos.

— Não.

— Brigou com seus pais?

— Não briguei com eles exatamente. Eles estão brigando muito. Tá um clima pesado lá em casa.

— Ah. Quer falar sobre isso?

— Sinceramente? Não.

— Tudo bem, mas relaxa, brigas acontecem. É normal. Vem, vamos comer alguma coisa. — Me levantei do chão e o ajudei a se levantar.

— To cansado de jogar video game, vamos pro quintal. Quero jogar futebol.  — Ri.

— Harold, você é péssimo no futebol.

— Estou hiperativo, vamos não quero ficar parado.

— Mas primeiro vamos comer porque eu estou com fome.

— Eu também.

•♥︎•♥︎•

Harry dormiu lá em casa. Quando acordei ele não estava mais ao meu lado na cama. Desci as escadas e encontrei minha família tomando café.

Sem o Harry.

— Cadê o Harry?

— Ele já foi querido, você dormiu demais.

— Ah. — Assenti e comecei a comer. Me lembrei da festa. — Hoje vai ter uma festa na casa de uma amiga, posso ir?

— Que amiga? — Meu pai me olhou com interesse, mais precisamente, insinuando que eu estava pegando essa amiga. Nem me dei ao trabalho de revirar os olhos.

— Uma garota lá da escola, Karlie Kloss.

— Que horas acaba? — Meu pai a olhou como se reprovasse a pergunta.

— Não tem hora exata mãe, mas eu volto antes das três. Ou durmo na casa de um dos meninos.

Ela suspirou fundo enquanto as meninas nos assistiam. Olhou de relance para meu pai que devia estar a incentivando me deixar sair.

— Tudo bem, pode ir.

— Obrigado, mãe. — Sorri para ela, mas olhei para meu pai que piscou com um dos olhos. — E vocês meninas o que vão fazer?

Heart beats | l.sOnde as histórias ganham vida. Descobre agora