08 - Sentimentos ruins & Pedidos de socorro

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— Louis, o que faz aqui? — perguntou Anne surpresa.

— Harry ligou para ele. — comentou o Sr. Styles e Gemma e Anne se entreolharam.

— Eu... Vou lá. — falei acenando para todos e passei na cozinha para esquentar um pouco o ensopado pegando uma colher e em seguida, subindo para o quarto de Harry.

Abri a porta vagarosamente e Harry estava deitado na cama olhando para o teto enquanto seus dedos passavam levemente pela almofada ao seu lado traçando padrões invisíveis.

— Louis. — sussurrou.

— Como soube? — perguntei divertido.

— Seu cheiro, por mais que esteja misturado com alguma coisa que ainda não identifiquei.

— Minha mãe me mandou trazer o ensopado dela, disse que cura tudo. — sorri me sentando na cama e Harry se encostou na cabeceira. — Por que você não está jantando lá embaixo?

— Porque os pais do namorado da minha irmã estão aqui. E ela... Pediu para que eu não descesse.

— Harry você não é uma aberração.

— Eles estão apenas vivendo como se eu tivesse morrido. — disse e o encarei.

— Mas você não morreu, Harry. Viva também. — falei pegando a colher e me sentei mais próximo dele que como se já soubesse, abriu a boca para receber a comida.

— Hum, isso está bom.

— Além de ótima em fazer fragrâncias novas minha mãe também cozinha muito bem. — sorri lhe dando mais uma colherada.

— Você estava jantando?

— Não. — menti. — Não estava fazendo nada de interessante. — conclui.

Depois de dar todo o ensopado ao Harry, estávamos sentados na cama sem saber o que fazer.

— Você tem um computador com internet? Podemos sempre assistir filmes.

— Eu não enxergo. — resmungou.

— Mas você ouve e eu posso detalhar as cenas para você. Quanto tempo não assiste um filme?

— Desde que sofri o acidente. — respondeu e me ajoelhei na cama.

— Vamos assistir um filme, então. Qual é o seu preferido? — perguntei animado.

— Sempre gostei de um amor para recordar. — comentou.

— Ótimo, será esse então. — sorri pulando para fora da cama.

Peguei o computador de Harry que consegui encontrar com as suas instruções e liguei, esperando que se conectasse como Wi-Fi da casa.

Procurei um amor para recordar e assim que carregou tirei meus sapatos e me joguei ao lado de Harry na cama.

— Está começando. — falei animado e Harry assentiu, sorrindo.

...

— Agora... Eles estão casando. Ela está com um lindo vestido branco e muito sorridente, ele parece nervoso, ansioso e muito feliz. Ambos estão felizes. Até mesmo o pai dela. — comentei e Harry gargalhou baixinho se aconchegando para mais perto de mim.

— E agora? — perguntou depois que parei para engolir o choro.

— Ela morreu. Morreu depois da lua de mel. Ele está voltando na casa dela e... Está entregando uma espécie de livro para o pai dela.

— Como você diria que ele parece?

— Parece bem. Deve ter saudades, é claro, mas parece bem. Parece feliz e sereno, sabe. Como quem amou, foi amado e...

— Cumpriu a sua missão. — Harry concluiu e me virei para ele, deitando-me ao seu lado.

— E você? Como se sente agora? — perguntei deitando de frente para ele que também ficou na mesma posição que eu estava.

— Eu me sinto bem, levemente emocionado e contente por ter assistido um filme. — comentou e sorri.

Ele levantou sua mão e passou a ponta dos dedos pela minha bochecha, contornando meu sorriso.

— Eu também me sinto bem. — sussurrei.

— Hoje... Você realmente me salvou de uma noite ruim e depressiva.

— Não pode deixar que elas façam isso. — sussurrei fechando os olhos quando seus dedos passaram pelas minhas pálpebras e desceram novamente para a minha bochecha, arrastando até os meus lábios.

— Eu acho que apenas aceitei. — sussurrou e abri meus olhos, passando meus dedos pela sua bochecha.

— Por favor, Harry. Não aceite.

dark greens ❀ {lwt+hes+mpreg}Where stories live. Discover now