CONTINUAÇÃO DO PRÓLOGO

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                                                                                NINA MENDES

Caracas -Venezuela (384 km de Aruba)

Chupo uma rodela de limão e melo os dedos de açúcar, segurando firme a minha dose de tequila enquanto faço os movimentos seguidos pelo coro dos meus camaradas.

- Arriba, abajo, delante, detrás, dentro (acima, abaixo, á frente, atrás, dentro...)

Bebo mais um shot em um gole só, batendo com o copo na mesa. Porra! essa desceu rascante. Suarez, Diego, Pablo e Santiago, meus amigos do Departamento de Polícia oferecem-me mais uma dose e eu nego olhando os oito copinhos de shots na mesa. Ai, Ai, Ai, peguei pesado...

- Nina, beba mais uma com a gente, porra cara, a gente vai sentir saudades de você, você é foda. – Disse Santiago dando-me um soco no braço.

- Cara é o caralho, cabron, trate-me com doçura, está vendo algum pau em minhas pernas, eu sou uma menina, uma menina, porra! – Respondi fazendo beicinho, dando uma piscadela pra ele.

- Não força Nina. Você? Doce? Só se for doce de pimenta e daquelas bem ardidas. – Retrucou Suarez, mandando-me um beijinho e recebendo o meu dedo médio em riste como resposta.

Levanto-me sorrindo e ajeito a minha pistola por detrás da jaqueta de couro indo em direção ao salão para colocar um som no jukebox.

Debruço-me sobre a máquina e escolho El Cuarto de Tula, uma salsa do Buena Vista social clube, uma big band de música cubana... E a mágica da música se faz, os meus quadris remexem sem que eu possa segurá-los ganhando vida própria.

Vou para o meio da pista, pouco me fodendo se estes babacas ao meu redor observam-me com o olhar curioso, surpreso. Eu sou assim: uma mulher livre, faço o que bem quero e na hora que me dá na telha. Se eu quero dançar então que o mundo inteiro se foda, vamos a bailar, azúcar!!!!

Fecho os olhos e os movimentos dessa salsa poderosa fluem dos meus pés, dos meus seios que sacodem livres pela falta de sutiã, dos meus quadris, enchendo o meu corpo de calor, de vida.

Continuo dançando, sem querer dar atenção á um babaca todo tatuado, com pinta de motoqueiro bad boy que se aproxima.

Ele tenta puxar uma mecha dos meus cabelos e eu olho-o de cara feia.

- Cai fora parceiro. – Digo por entre os dentes.

- Nossa, veja esses peitos redondinhos balançando, mais que brava gatita!

Eu quero só curtir essa noite sem me meter em confusão, mas como um bom filho de uma puta que é o cara não se dá por vencido... Prostra-se como um poste em minhas costas, roçando a pequena pinça que ele chama de pau em mim, enchendo a mão com a minha bunda.

- Por que você não mexe assim gostoso na minha cama, cabritinha saborosa, vem comigo que eu vou arregaçar a sua boceta, putinha gostosa.

Viro sem que ele espere e encaro-o lambendo os lábios, desço a mão por sua barriga redonda até o seu pau, apertando-o e apertando-o, ,espremendo-o cada vez mais forte em minhas mãos até fazê-lo dobrar-se em minha frente de tanta dor.

- Sua cadela, eu vou te matar – diz o cara segurando as bolas com uma mão e sacando com a outra mão uma faca da panturrilha.

Dois amigos do cara se aproximam e Pablo levanta-se, mas eu grito mandando que ele permaneça em seu lugar.

A ILHA - LIVRO 2 MAGIAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora