Uma Surpresa e Tanto

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— Meninas...

— Gostoso! Muito gostoso não Berta?

— Esse meu macho é tesudo!

Segurei o pulso de Berta com firmeza. Ela compreendeu o meu olhar. Tantos anos juntos às vezes servem para algo.

— Ti minha linda, importa-se de esperar cinco minutos aqui? Lembrei que preciso dar uma palavrinha com Istvan.

— Não mesmo. Mas não demorem. — beijando-me na boca caminhando para a vidraça onde se colocou admirando a noite no embalo da música.

Levei Berta para meu escritório. Fechei a porta ainda calado.

— O que foi amor? Ah vai dizer que não gostou da minha surpresinha?

— Não devia ter pegado meu celular.

— Foi sem querer.

— Não devia ter lido minhas mensagens.

— Não li todas só a Tifany. Gostei dela sabia? É bonitinha sim.

— Berta... O que está fazendo?

— Só falta você me falar que está desapontado com minha surpresa.

— Não. Não estou. Eu adorei. Mas quero ter certeza que você sabe o que está propondo aqui.

— Um casamento aberto. Um poliamor. Ménage a trois. Muitos nomes para o mesmo sentido.

— Está afirmando que ao trazer Tifany para dentro da nossa casa para nossa relação você está disposta viver uma relação aberta comigo?

— Estou disposta a qualquer coisa para não perdê-lo Istvan! É isso que quero que entenda e de uma vez por todas! Não precisa me trair. Diga com quem quer se divertir e ela ou elas entrarão pela porta principal dessa casa. Eu só não quero é perder você!

— Berta... Eu não sei se isso vai dar certo a longo prazo.

— O que tem a perder? Se alguém estivesse perdendo algo seria eu. Se eu fosse uma esposinha tradicional que se arruma impecavelmente para o maridinho para o jantar vestida num longo vestido, maquiagem, um perfume e a última joia que ele lhe deu.

— Mas essa sempre foi você Berta.

— Estou rompendo barreiras. Por você! Só por você!

— Tem certeza disso?

— Você não tem? Vamos deixar a Tifany esperando por quanto tempo?

Quando aquela porta do escritório foi aberta por sua mão eu vi que de fato Berta estava disposta a romper barreiras para manter nossa relação. Eu prossegui. Não contei a ela minha compulsão sexual. Parti do princípio que ela tivesse observado isso e estivesse do seu jeito tentando lidar com a situação e me ajudar. É o que uma esposa faria. Por isso aceitei.

Quando voltamos a sala eu já era outro homem. Meu lado selvagem podia ser colocado para fora sem reservas. Adorei o modo como sorriram para mim ao me ver arrancar minha camisa sem respeitar os botões deixando que se espatifassem contra o piso de mármore causando um sinfonia inesquecível.

Fui até o bar servindo-me do mesmo vinho que elas. Resolvi entrar no ritmo daquela brincadeira. Aproximei-me secando as duas com meu olhar.

— As duas vêm sempre aqui? — mais risinhos graciosos. Entenderam a brincadeira.

— Não muito e você?

— Só quando quero.

Deixando que seus olhares vissem o gole da bebida percorrendo por minha garganta imaginando qual seria o meu gosto e o que seria estar na minha língua naquela noite.

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⏰ Last updated: Sep 15, 2017 ⏰

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Entre Quatro Paredes e Nada Mais LIVRO (Degustação)Where stories live. Discover now