Istvan é um homem atormentado por uma tragédia em sua vida. Na tentativa de continuar existindo de algum modo ele se joga nos braços de prostitutas nas noites das quintas-feiras. Até que em uma madrugada tudo muda. Onde havia trevas surgiu à luz. On...
Bem ciganas, chegamos ao fim dessa degustação. Outubro espero vê-las no Amazon! Muito Obrigada!
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Istvan
As luzes da casa estavam apagadas e na guarita apenas os seguranças. Estranho. Depois que reatamos em virtude da partida de Lorenza, eu e Berta decidimos viver em outra propriedade que eu tinha. Uma mansão linda, mas com um toque acolhedor e sem lembranças de nossa filha, isso para mim era o detalhe mais especial.
Deixei o carro na garagem passando pela passagem interna que me levaria direto a sala principal. A escuridão foi ficando cada vez mais intensa e novos detalhes foram surgindo. Cheiros. Risadinhas. Música lenta. Quando enfim cheguei à sala deparei-me com uma cena muito inusitada.
— Atrapalho alguma coisa?
— De modo algum meu amor. Eu e Tifany esperávamos por você.
Lembro-me de fechar os olhos, sacudir o dedo indicador voltando meu olhar por onde tinha saído para ter certeza de que não se tratava de nenhum devaneio masculino de minha parte.
— O que foi amorzinho?
A voz melosa de Tifany me trouxe outra vez para aquela cena. Elas estavam vestidas somente com uma gravata cada uma e eram minhas. Minha esposa e uma das minhas garotas das quintas. Que porra eu tinha tomado mesmo naquele bar de um dos meus cassinos antes de chegar em casa? Cocei os olhos ainda espantado embora excitado por vê-las ali.
— Não gosta do que vê?
A pergunta de Berta me fez entender a razão do meu celular ter desaparecido e porque razão Tifany estava sentada ao seu lado no sofá da nossa casa.
— Adoro.
As duas se entreolharam e depois como se tivessem ensaiado levantaram juntas abandonando suas taças de vinho tinto vindo em minha direção. Era uma visão enlouquecedora. Quando suas mãos começaram a passear pelo meu corpo fosse por sobre a camisa social ou pela braguilha procurando meu pau eu comecei a suspirar mais e mais forte. Nessas horas não se pensa em ética, mas eu conhecia Berta o suficiente para prever uma tempestade vinda em minha direção e foi isso que me fez ter um segundo de lucidez.
