Capítulo 11

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Pedro somente gritava. Não tinha movimentos, nem mais contotrole sobre mim. Os sons cada vez ficavam mais distantes. Minha visão estava turva e esbranquiçada.

Pedro

A Meg está caída no chão, não sei o porquê, nem como, ela só me gritou. Ela não pode morrer, gosto muito dela, reaprendi a amar de verdade.
Seguro-a em meus braços e levo-a ao elevador. Encontro Alberto, não é possível, até aqui!! Adoro essa vida, só que não!!

-Meu Deus, ela está desmaiada Pedro!! Quer que eu te ajude???

Pensei em negar, mas realmente precisava de ajuda.

-Por favor Alberto, ela desmaiou do nada, eu não sei, ela operou um tumor na cabeça. Estou preocupado demais!!!
-Calma Pedro, tudo vai dar certo!! Coitadinha, tão jovem...

Eu sinto que ele tem culpa no cartório, mas deixo para lá.
Chegando no hospital, Meg já é logo atendida e medicada, ela ainda está inconsciente. Estou com medo, estou chorando, eu a amo.

Ligo para sua mãe, e ela vem desesperada ao hospital.

-Boa tarde, é a dona Leila?
-Sim, quem gostaria?
-Sou Pedro, amigo da faculdade de Megan, ela passou mal em meu apartamento, e estou com ela no hospital Santa Rita.
-Meu Deus, Minha filha!!! Mas nós não temos convênio para esse hospital caro. Já estou indo para aí!!
-Pode deixar que eu arco com todas as dívidas do hospital, pode ficar tranquila!!
-Muito obrigada meu filho, Deus te abençoe!!
-Amém, Dona Leila!!

Fico andando pelo corredor de um lado para o outro, enquanto era examinada.
Após 40 minutos, sua mãe chega e começa se lamentar.
Leila somente orava pela filha, e me deu um grande abraço me agradecendo por se preocupar com a Meg.

-Muito obrigada Pedro, minha filha passa por tantas dificuldades que você nem sabe.
Não queria que fosse com ela, poderia ser comigo..

Ela somente chorava, um choro angustiado, ela sentia essa pressão mais do que sua filha.

-Não importa o que aconteça, vou proteger-la, pode contar comigo. Considero demais sua filha.

Alberto chega próximo a Leila, e a abraça. Dona Leila soluçava de tanto chorar.

O médico nos chamou para vermos a Meg, mas ela ainda está inconsciente.
O Médico foi bem franco conosco.

-A paciente teve um traumatismo craniano, sabemos que não foi um impacto do corpo dela contra o chão, somente uma força mais intensa poderia ter resultado isso. Uma força humana!!!
Temos que acionar a polícia, quem fez isso com ela será penalizado, e caso a paciente venha ao óbito, o Pedro estará sendo o principal suspeito!!
-Não pode ser!!! Minha filha!! Não posso perder-la!!
-Eu não posso ser culpado por uma coisa que não fiz. Eu não fiz nada!!!

O semblante de Alberto muda completamente, ele engole a seco todas essas informações mutuamente.
Vejo uma lágrima saindo dos olhos de Alberto, uma lágrima falsa, repugnante ao mesmo tempo de algo que tenha se arrependido de alguma coisa que tenha feito

Fico a sós com Meg naquela maca, cheia de tubos em seu corpo.
Converso com ela, sei que não esta consciente, mas eu a amo tanto que pareço que não existo mais sem ela.

-Meu anjo, queria tanto que me escutasse, queria tanto de pegar em meus braços e te amar. Eu sinto muito!!

Vou para casa, sua mãe fica no hospital com ela, Alberto se foi.
Estou sozinho novamente.
Dirijo com uma dor em mim tão que quase cheguei a bater em outro carro.
Chego em meu apê desolado, sem perspectiva para nada.
Faço minha higiene e fico lembrando de tudo o que nós passamos.
Nosso primeiro beijo, foi um flashback.
Ela não queria, mas eu sim, queria muito poder estar com ela cada vez mais.
Sei que ela me observava, seu corpo é divino, seus olhos brilhavam com os meus, suas mãos entre meu pescoço, sabia que poderíamos ser felizes de novo.
Meu coração se escurece novamente, as angústias retomaram meu caminho.
Estou só!

Segredos ObscurosWhere stories live. Discover now