Capítulo 20 ( Continuação)

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POV CHRISTIAN

Não vou descrever o capítulo 17 (continuação) novamente, algumas coisas vão ficar repetidas. Mais acho que precisamos descrever as coisas da maneira do Christian, o que acham?

- Ao escutar o nome de Helena eu sinto o ar sumir dos meus pulmões. Ana percebeu meu desconforto no baile e o jeito da Helena, e agora? Preciso de força meu Deus pra continuar contando.

- Minha respiração está ofegante e passo as mãos pelos cabelos exasperado. Ana Fala um tanto alterada para que eu continue:

- Contei para Ana toda a sujeira do meu passado até hoje, sem omitir nenhum detalhe, apesar de está com medo da sua reação, me sinto aliviado e falando sobre isso, vejo o quanto é horrível. Estou com vergonha. Abaixo a cabeça e não tenho mais forças para dizer nada, espero Ana me xingar, expulsar de sua casa e nada. Eu não aguento seu silêncio, está me torturando. Suplico para que ela fale alguma coisa, me xinga, expulsa da sua vida...

- Eu deito no tapete e cubro meu rosto com as mãos, eu desabo em lagrimas por este passado sujo e o amor da minha vida me desprezar. De repente Ana sai correndo da sala. Ela fugiu de mim, eu choro como uma criança, minha cabeça manda eu ir embora, mais meu corpo não obedece, não tenho forças, meu coração espera que ela volte.

- Pego uma garrafa de Whisky que está guardada e fechada, acredito que ela guarde para visitas. Encho o copo e tomo em um único gole, volto para o tapete e continuo bebendo e chorando, Ana não vai voltar, eu preciso deixar ela ser feliz, não mereço está mulher. Eu não consigo ir embora, deito no tapete após tomar vários copos de Whisky, estou tonto. Me sinto vulnerável como se tivesse quatro anos, me encolho e ela não volta.

"Estou com fome. Ela está muito magra, pálida e com hematomas. Falo que minha barriga dói Ela chora, sai e me deixa sozinho, eu fico sentando no chão brincando com meu carrinho. Ela não demora muito a voltar, em suas mãos tem uma sacola. Ela abre uma lata de feijão e me dá, passa as mãos no meu cabelo e vai para o quarto, ela parece gripada. Quando retorna para a pequena sala, está tonta e então deita no sofá. Eu continuo brincando e quebro algo que vai trazer muitos problemas, Ela me olha e chora, mais não tem forças pra fazer ou falar nada. Vou até Ela e passo minhas mãozinhas no seu rosto, peço desculpas, não foi por querer, Ela pisca os olhos dando entender que sabe que eu não fiz por querer.
Escuto passos e me escondo, ele procura pelo que eu quebrei e não acha. Começa a xingar Ela, até que acha um pedaço do objeto perto do carrinho e começa a me procurar e xingar. Ele me encontra, eu estou com medo. Me puxa pelo cabelo e me bate. Acende um cigarro e encosta no meu peito, até apagar, arde tanto eu choro. Assim ele faz por três vezes, Ela se levanta e me tira dali. Ele bate muito nela que fica no chão e dorme, eu chamo Ela e não acorda. Ela tá gelada e eu pego meu cobertorzinho e cubro Ela, estou com tanta fome, acho um pão duro e como, depois deito ao seu lado no chão. e adormeço. Aquela senhora bonita e cheirosa, veio me ver, ela chama. Mais não tenho forças pra levantar e Ela também não. A senhora entra e corre em nossa direção, me pega e põe a mão na minha mãe e fica triste, eu não entendo. A senhora fala que vai me levar no médico e que minha mãe não pode ir, eu não posso deixa la, ele vai voltar e machucar Ela.

De repente me vejo adolescente, porque amiga da minha mãe pisca pra mim? E agora passou sua perna na minha, é bobagem preciso esquecer estou vendo coisas. Estou trabalhando em sua casa, essa mulher me bateu e fez eu transar com ela. Não é assim, já fiquei com colegas de escola e isso não é normal, mais eu não consigo sair, eu sou um fodido filho da mãe, é isso que mereço.

E este anjo de cabelos castanhos e olhos azuis, ela veio me salvar. Não, Não ela está indo embora, tá escuro, ela se foi. Escuto uma voz doce falando pra eu me acalmar, que não nunca vai me deixar. Eu te amo, está voz é do meu anjo, ela voltou e não vai me deixar. Sinto uma paz e um calor aconchegante e enfim consigo relaxar".

Cinquenta tons da vidaWhere stories live. Discover now