Prólogo

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Os flocos de neve tocavam o chão cinza e logo se desmanchavam. Tão brancos e bonitos enquanto caíam; tão sujos e desinteressantes quando caíam. De qualquer forma, o anúncio da neve que chegaria dentro de dois dias era algo maravilhoso para ser observado. Não que houvesse muitas pessoas com tempo livre no qual pudessem parar por um minuto e olhar para o céu, sentir a sensação gostosa dos tais flocos derretendo em seus rostos antes de voltarem à correria do dia-a-dia.

Manhattan não parava; jamais.

Mesmo num sábado de dezembro, véspera de Natal, às oito horas da manhã, Manhattan não parava. Tempo é dinheiro, e nem um segundo-centavo pode ser desperdiçado. É assim que a maioria - grandessíssima maioria - vive e pensa em New York; inclusive a família McCoy.

George McCoy era dono da maior companhia de empresas no ramo de construção dos Estados Unidos e uma das que mais se destacava no mundo, tinha sua matriz na famosa Times Square e filiais espalhadas em quase todos os estados norte-americanos, além de uma filial em Paris, outra em Londres e uma terceira exterior em Tóquio. Foi eleito o homem do ano na conceituada revista Business. Ganhou o título de Big Boss no seu ramo, isso porque - por trás dos panos - todas as outras empresas de construção mantinham contrato com a McCoy Enterprise para cuidarem de construções médias ou pequenas.

Mas nada disso era mais importante que a família, para ele. Aos quarenta anos ele casou-se com a viúva Trisha Malik, que lhe foi apresentada por seu melhor amigo, sócio, vice-presidente e padrinho do seu futuro enteado, Brian Lohan. George considerava Trisha um presente da vida, Zayn veio como o laço do embrulho; tão bonito e importante quanto o presente. Zayn virou seu filho, seu pequeno, seu protegido, sua prioridade. Sentia-se feliz todas as noites, quando antes de descansar corpo e mente, ele lembrava de que estava oferecendo o melhor para as duas pessoas mais importantes de sua vida.

Zayn era um filho muito amável, tanto para a mãe quanto para o pai, o fato de George não ser seu pai consanguíneo não era algo que chegou a lhe preocupar um dia. As más línguas - que atendem pelo nome de Emene e Joile - diziam que o dinheiro do padrasto compensava qualquer DNA incompatível. Más e tolas línguas, pois Zayn realmente amava seu pai, George. Deveria sentir saudade de seu falecido pai, mas a verdade é que ele nem lembrava-se de como este era.

Mas Zayn não era tão amável com o resto do mundo; nem um pouco.


***


Prólogo meia boca, eu sei, mas garanto que a história vale a pena.

Mais uma fanfic pra vocês, um romance policial desta vez, cliché eu sei, mas espero que gostem c:

Qualquer coisa podem vir falar comigo por aqui ou no tt.

(O próximo capítulo postarei mais tarde!)

All the love, J xx

Protect Me » ziamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora